Japão: Eleitores voltam a enfrentar filas em Nagoia; Tóquio e Hamamatsu têm votação rápida
Nagoia - O Consulado do Brasil em Nagoia (Aichi) iniciou o segundo turno da eleição presidencial com mais espaços para dividir as seções eleitorais e assim tentar diminuir o tempo de espera dos eleitores para votar.
Como se sabe, no primeiro turno na capital de Aichi, realizado na Universidade Chukyo, a maior reclamação dos eleitores foi a longa fila para votar, chegando a uma espera de mais de três horas.
Neste domingo, o tempo de espera diminuiu nos novos locais de votação, mas mesmo assim havia grandes filas e alguns eleitores levaram mais de duas horas para votar.
Em Hamamatsu e Tóquio, havia pouca fila até o meio-dia, em uma eleição aparentemente tranquila e sem problemas.
O cônsul em Nagoia, Nei Bitencourt, disse que além das salas do consulado no 2º andar do prédio onde o órgão está instalado, estão sendo usadas quatro salas no 5º andar, mais a sede de uma agência de viagens do outro lado da rua e ainda na agência do Banco do Brasil, a uma quadra distante.
“Os voluntários percorreram as filas para identificar as seções dos eleitores na sede do consulado”, disse Nei.
Como as seções foram divididas por cores para facilitar a triagem no saguão do prédio onde fica o consulado, os eleitores eram logo encaminhados para suas respectivas filas.
Sérgio Tadashi Hagio mora em Nagoia e mesmo assim chegou de madrugada, às 3h30, para pegar fila em frente ao consulado. “Tinha mais gente na minha frente”, contou ele, que levou poucos minutos para votar.
“Será que o Brasil vai mudar? Não sei. Os políticos prometem muitas coisas. Não dá para saber se tudo o que falam é verdade”, afirmou.
↑Luis Fuji
O eleitor Luis Fuji, também de Nagoia, não esperou muito para votar. Por ter 68 anos de idade, pegou a fila de prioridade e poucos minutos depois das 8h já estava indo para casa. “A tendência do Brasil é a reconstrução, para se tornar um país melhor”, comentou.
↑Marina Obo com a amiga Rosa Nakata e Giovana
Marina Obo veio de Ogaki (Gifu) e pegou seu lugar na fila às 2h. “É que eu saí de uma festa de aniversário e vim direto. E na minha frente já havia 11 pessoas”, disse.
Ela votou na agência de viagens que foi transformada em uma seção e às 8h10 já tinha cumprido seu dever. “Tenho fé que nosso Brasil melhore, porque a corrupção está demais. A indignação é total”, disse.
HAMAMATSU
Quem esperava filas dobrando o quarteirão se surpreendeu na manhã deste domingo, ao ir votar no Consulado-geral do Brasil em Hamamatsu, local de votação para os brasileiros residentes em Shizuoka.
Em frente à porta que dava para o elevador do prédio, funcionários e voluntários erguiam placas de sinalização aos eleitores. A votação está sendo conduzida no térreo, nos 7º e 8º andares e as poucas filas que se formam em frente ao elevador logo são desfeitas.
Luciano Mitsumori, que é funcionário do consulado e estava orientando os eleitores na entrada, explicou que a falta de filas não é um sinal de menor comparecimento, mas de mais experiência e organização.
"Os mesários já estão com a experiência do 1º turno, os eleitores já sabem onde devem votar e melhoramos a sinalização. Também fizemos algumas alterações, como descer mais uma seção para o térreo", explicou.
A voluntária Adriana Sugino, que atuou no 1º turno e compareceu novamente para orientar os eleitores nesta eleição, confirmou que o comparecimento está alto e a expectativa é de tranquilidade ao longo do dia.
"A fila começou às 4 horas da manhã, abrimos o prédio mais cedo desta vez e a votação teve início às 8h. Hoje os eleitores estão só elogiando", disse, animada.
↑Valmir Dias Shibata ficou surpreso com a falta de filas
Quem passou sufoco no 1º turno, terminou a obrigação com o país de origem mais cedo e sem dificuldades. Este é o caso de Valmir Dias Shibata, de 29 anos, que veio de Kikugawa para votar e ficou surpreso com a rapidez.
"No 1º turno fiquei pelo menos uma hora na fila, dessa vez acho que deu 20 minutos. A impressão que fica é de que tem menos gente", comentou. Quanto ao importante momento político que o país vive, Valmir se mostrou animado. "Votei no meu candidato com ânimo e estou confiante", disse ele.
↑Deise Regina Pereira veio de Kakegawa para votar
A brasileira Deise Regina Pereira, de 52 anos, também se mostrou animada depois de votar, enquanto esperava o marido deixar a urna. "Espero que ele possa ser um bom presidente. Eu já estava decidida desde o início da campanha", comentou. Deise veio de Kakegawa para votar e contou que não teve a experiência do 1º turno.
"Eu estava no Brasil e não pude votar. Não vi as filas da primeira votação, mas hoje foi rápido, acho que não esperei nem 10 minutos", contou.
Fotos: Antônio Carlos Bordin e Ana Paula Ramos/Alternativa.
Bolsonaro vence em Nagoia e Oizumi com mais de 90% dos votos válidos
Nagoia - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, venceu disparado no segundo turno da eleição em Nagoia (Aichi) e Oizumi (Gunma), segundo boletins divulgados pelos consulados logo após a votação neste domingo.
Bolsonaro obteve 91,5% dos votos válidos (6.482) nas seções eleitorais que funcionaram em Nagoia. O candidato Fernando Haddad (PT) somou 601 votos (8,5%). Os votos em branco totalizaram 329 e os nulos, 269.
Em Oizumi, o resultado foi parecido. Bolsonaro venceu com 91,6% dos votos válidos (4.798), enquanto Haddad obteve 440 votos (8,4%). Eleitores que votaram em branco somaram 298 e foram registrados 194 votos nulos.
Bolsonaro obtém 92,1% dos votos válidos em Hamamatsu
Hamamatsu - A grande maioria dos eleitores que votaram em Hamamatsu (Shizuoka) deu vitória ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que obteve 92,1% dos votos válidos (4.677), segundo boletins divulgados pelo consulado logo após a votação neste domingo.
O candidato do PT, Fernando Haddad, obteve 399 votos, ou 7,9% do total de votos válidos.
Os votos em branco somaram 225 e foram registrados 180 votos nulos.
Tóquio: fila de votação também serve para reencontrar amigos e fazer novas amizades
Tóquio - A fila de votação também é um lugar onde as pessoas podem reencontrar amigos e fazer novas amizades. Durante os 60 minutos de espera até chegar as urnas na zona eleitoral de Tóquio, as famílias Nishimura, Matsuyama e Sato acabaram se conhecendo neste domingo.
Marco Antonio Matsuyama, de Minami Alps (Yamanashi), apresentou aos novos amigos a sua plantação de abóbora. O casal Nishimura, de Misato (Saitama), ficou surpreso com a variedade.
Itamar Mitsuro, que votou pela primeira vez no Japão, também estava assustado com a fila.
Casado uma japonesa, ele vive há 27 anos no Japão. Nunca tinha votado na vida e nem mesmo participou do primeiro turno três semanas atrás porque estava trabalhando. Ficou empolgado por conhecer mais conterrâneos. A conversa só não avançou porque desta vez, no segundo turno, a fila andou bem mais rápido.
A professora Eunice Suenaga diz que sempre que precisou votar em Tóquio ela encontrou clima de tranquilidade, como está sendo agora no segundo turno. "Atípico foi o que ocorreu no primeiro turno, quando teve fila com até três horas de espera".
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