Coligação de Bolsonaro entra com ação para ter acesso à sala-cofre no TSE

Publicado em 26/10/2018 18:15

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A coligação do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) entrou nesta sexta-feira com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ter acesso junto com o PT à sala-cofre da corte, por onde passam os dados sigilosos da apuração de uma eleição, disse nesta sexta-feira o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que antecipou que se o pedido for negado haverá recurso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Onyx, que foi indicado como futuro ministro da Casa Civil caso Bolsonaro seja eleito, na lei brasileira eleitoral não há nada que impeça o acesso e considera que a presença dos “fiscais” será importante para a lisura do processo.

Desde antes do primeiro turno, Bolsonaro e seus apoiadores vêm questionando a votação eletrônica no país e defendendo a necessidade de se implantar o voto impresso no Brasil.

Supostas falhas em urnas eletrônicas foram denunciadas na votação de primeiro turno pelo partido, rejeitadas pela Justiça Eleitoral.

“O TSE tomou uma decisão que não está suportada por nenhuma lei que foi criar uma sala-cofre.... Ali ficam ministros do TSE e convidados para acompanhar os números na tela e ninguém sabe se são corretos ou não”, disse ele a jornalistas.

“Em nome da transparência que se permita que cinco da nossa coligação e do oponente possam adentrar na sala-cofre”, acrescentou.

Onyx disse que se a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, não acatar o pedido a coligação vai recorrer ao STF para conseguir o acesso.

O pedido feito pela coligação teve como base um super especialista em TI e um corpo jurídico.

“Que medo se tem da transparência?”, questionou.

O disse ainda que realmente, por questão de segurança, se chegou a cogitar que Bolsonaro não fosse votar no domingo, mas se concluiu que a presença dele no domingo tem “um simbolismo muito grande“.

MINISTÉRIOS

Lorenzoni disse ainda que ainda há estudos sobre a possibilidade de fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, apesar de um possível recuo sinalizado por Bolsonaro.

O deputado revelou que o martelo sobre os ministérios ainda não foi batido e que a tendência é de que sejam entre 14 e 16.

“Pedi para ele (Bolsonaro) que a definição dos nomes saia em dezembro... para dar tempo de amadurecer tudo, ajustar e tomar pé das coisas”, finalizou.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

 

Onyx se reúne com Padilha e começa a tratar de transição de governo

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado como futuro ministro da Casa Civil por Jair Bolsonaro se o presidenciável do PSL for eleito, começou a tratar da transição de governo e se reuniu na quinta-feira com o atual titular da pasta e coordenador do tema pela administração do presidente Michel Temer, ministro Eliseu Padilha.

Onyx, que está à frente das tratativas da transição do lado de Bolsonaro, acrescentou que nesta sexta-feira foram dados telefonemas para tratar do assunto e da equipe que irá a Brasília na semana que vem para atuar diretamente nisso.

“Tive um primeiro contato com o ministro da Casa Civil e trouxe as informações para ele (Bolsonaro). Até quarta-feira o Bolsonaro vai definir a equipe de transição“, disse Onyx.

“Falamos conceitualmente e foi uma conversa em que orientou o Bebianno e a mim como deve ser o processo”, acrescentou o deputado a jornalistas após sair da casa de Bolsonaro.

As informações sobre a estrutura e o funcionamento do Governo já foram disponibilizados nesta sexta.

Bolsonaro pretende ir também a Brasília na próxima semana, caso seja eleito, mas Onyx chegou a recomendar que não fosse para tratar da saúde e dar continuidade à preparação para a cirurgia de retirada da colostomia, prevista, segundo ele, para dezembro.

PAÍS UNIDO

Onyx minimizou ainda as últimas pesquisas que mostram uma vantagem menor de Bolsonaro sobre o petista Fernando Haddad e chamou os institutos Ibope e DataFolha de “lixo puro“. Pesquisa do Datafolha divulgada na noite de quinta-feira mostrou uma redução na vantagem de Bolsonaro de 18 para 12 pontos percentuais.

"Bolsonaro está muito confiante e muito seguro e ele é à esperança do Brasil decente“, disse o deputado do DEM.

Onyx disse não ver semelhanças com a eleição de 2014, quando a petista Dilma Rousseff foi reeleita derrotando o senador Aécio Neves (PSDB) por estreita margem e o país saiu dividido das urnas.

“De jeito nenhum isso vai acontecer. Isso é um grande equívoco. O Brasil se unirá e mesmo aqueles que têm posições antagonistas... vão ver que um presidente honesto, decente faz a diferente na vida deles", ressaltou. “Bolsonaro vai governar a todos e em sintonia com todos.“

Ele também minimizou a nova denúncia do Ministério Público Federal contra o economista Paulo Guedes, já anunciado como futuro superministro da Economia de Bolsonaro.

Onyx disse que a acusação faz “parte do jogo” e que Guedes tem uma “ belíssima história de sucesso pessoal e profissional.

“Abrir uma investigação hoje, dois dias antes (da eleição?), por que não abriu antes?“, questionou.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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Fonte:
Reuters

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