China anuncia corte em tarifas de importação de diversos produtos

Publicado em 30/09/2018 18:20

PEQUIM (Reuters) - A China irá reduzir de 11,5 para 8,4 por cento as tarifas de importação de produtos têxteis e metais, incluindo produtos siderúrgicos, sendo que a medida entrará em vigor a partir de 1º de novembro, informou neste domingo o Ministério de Finanças.

Pequim prometeu tomar medidas para aumentar as importações este ano, em meio ao aumento da tensão com alguns de seus maiores parceiros comerciais, como os Estados Unidos.

No início de julho, a China reduziu as tarifas de importação para uma série de itens de consumo, incluindo roupas, cosméticos, eletrodomésticos e produtos de condicionamento físico, para cumprir as promessas de abrir ainda mais seu mercado consumidor.

As tarifas de importação de produtos de madeira e papel, minerais e pedras preciosas serão reduzidas de 6,6 para 5,4 por cento, afirmou o ministério, em comunicado.

As tarifas médias de importação de mais de mil e quinhentos produtos serão reduzidas para 7,8 por cento, de 10,5 por cento, disse o ministério.

"Reduzir as tarifas é propício para promover o desenvolvimento equilibrado do comércio exterior e um maior nível de abertura para o mundo exterior", disse o ministério.

O gabinete chinês anunciou planos para reduzir as tarifas de máquinas, equipamentos elétricos e produtos têxteis a partir de 1º de novembro, enquanto o país se prepara para uma guerra comercial crescente com os Estados Unidos.

Como resultado, a média geral tarifária será reduzida de 9,8 por cento em 2017 para 7,5 por cento em 2018, segundo o gabinete.

Indústria da China perde fôlego em setembro diante de disputa comercial

Por Kevin Yao e Lusha Zhang

PEQUIM (Reuters) - O crescimento do setor industrial da China enfraqueceu em setembro à medida que as demandas interna e externa perderam fôlego, duas pesquisas mostraram neste domingo, elevando a pressão sobre os formuladores de políticas, já que as tarifas norte-americanas estão pressionando a economia chinesa.

Uma pesquisa privada mostrou que o crescimento no setor industrial parou após 15 meses de expansão, com os pedidos de exportação caindo mais rapidamente, enquanto uma pesquisa oficial confirmou mais um enfraquecimento da produção.

Em conjunto, os indicadores de atividade comercial --as primeiras grandes leituras sobre a economia da China em setembro-- confirmam consensos de que a segunda maior economia do mundo continua "esfriando", o que provavelmente levará os políticos chineses a implementar mais medidas de apoio ao crescimento nos próximos meses.

Algum colchão para a desaceleração da economia pode vir do segmento de serviços, que responde por mais da metade da economia da China. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) não industrial, divulgado pelo Departamento Nacional de Estatísticas neste domingo, mostrou que os serviços expandiram em um ritmo mais rápido em setembro.

Para a manufatura, contudo, o índice oficial caiu para uma mínima de sete meses, a 50,8 em setembro, de 51,3 em agosto e abaixo de uma previsão de uma pesquisa da Reuters de 51,2.

Mas o PMI do Caixin/Markit caiu mais do que o esperado, de 50,6 em agosto para 50,0. Economistas consultados pela Reuters previam 50,5, em média.

Os dados oficiais abrangem um número muito maior de empresas, enquanto a pesquisa privada se concentra mais nas pequenas e médias empresas, que são vitais para a criação de empregos na China.

As autoridades chinesas prometeram evitar perdas de empregos extensas à medida que os riscos comerciais aumentam.

É provável que a China coloque maiores esperanças em seu setor de serviços, com salários crescentes. O índice oficial do PMI para setembro colocou os serviços em 54,9, o nível mais alto desde junho, de 54,2 em agosto.

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Fonte:
Reuters

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