Ibovespa mostra fraqueza com exterior desfavorável e receios eleitorais; Suzano dispara

Publicado em 05/09/2018 11:50

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava fraqueza pelo terceiro pregão seguido nesta quarta-feira, variando perto da estabilidade, ainda afetado pelo viés negativo em praças acionárias no exterior e apreensões relacionadas ao cenário eleitoral no país, enquanto Suzano disparava mais de 6 por cento após notícias relacionadas ao processo de fusão com a Fibria.

Às 11:41, o principal índice de ações da B3 subia 0,04 por cento, a 74.739,11 pontos. O volume financeiro somava 2,27 bilhões de reais.

O Ibovespa já contabiliza queda de mais de 2,4 por cento nesta semana, considerando o desempenho deste pregão.

No exterior, o embate comercial envolvendo Estados Unidos e parceiros econômicos relevantes segue gerando desconforto entre investidores, assim como a situação de economias emergentes, particularmente Argentina e Turquia, sem mudanças relevantes no quadro recente.

Do lado doméstico, em meio a um ambiente eleitoral ainda bastante nebuloso, a equipe da corretora Mirae avaliou em nota a clientes que a não divulgação das pesquisas de intenções de votos pelo Ibope e Datafolha são fator de preocupação.

Na véspera, o Ibope deixou de divulgar uma pesquisa sobre a disputa presidencial prevista para a noite de terça-feira e fez uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após realizar uma "adequação" que retirou do levantamento o cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Datafolha também anunciou na terça-feira que cancelou o registro de uma pesquisa nacional que seria feita entre esta terça e a quinta-feira por conta da presença de Lula no questionário.

DESTAQUES

- SUZANO disparava 6,75 por cento, após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitar pedidos para interromper o prazo de convocação de um assembleia de acionistas da Fibria para avaliar, entre outras propostas, fusão entre as companhias. Na máxima, os papéis chegaram a 55 reais, recorde intradia. FIBRIA perdia 2,3 por cento.

- AMBEV tinha alta de 1,50 por cento, ensaiando uma recuperação após cair nos quatro pregões anteriores, período em que acumulou perda de 6,44 por cento.

- MAGAZINE LUIZA valorizava-se 2,15 por cento, também reagindo após apurar queda de mais de 9 por cento nos dois pregões anteriores, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, em sessão sem viés único para o setor de varejo. B2W subia 1,48 por cento, mas VIA VAREJO UNIT caía 2,19 por cento.

- SMILES cedia 4,33 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, pressionada por notícia de que a Latam decidiu não renovar contrato operacional com sua controlada Multiplos e fechar o capital da operadora de programas de fidelidades. MULTIPLUS, que não está no Ibovespa, subia 5,08 por cento.

- BANCO DO BRASIL subia 1,12 por cento, em sessão sem viés definido para os bancos, com ITAÚ UNIBANCO PN mostrando acréscimo de 0,51 por cento, BRADESCO PN com variação negativa de 0,07 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT em baixa de 0,54 por cento.

- PETROBRAS PN caía 1,77 por cento, em sessão de queda dos preços do petróleo no exterior.

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Fonte:
Reuters

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