Crise economica na Argentina e longas filas nos postos na Venezuela

Publicado em 04/09/2018 20:12

Economistas projetam contração maior para Argentina, mostra pesquisa do banco central

BUENOS AIRES (Reuters) - Economistas esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina recue 1,9 por cento neste ano, comparado a uma estimativa anterior de contração de 0,3 por cento, segundo a mediana de previsões de uma pesquisa do banco central publicada nesta terça-feira.

A inflação em 2018 é vista agora com uma alta de 40,3 por cento, ante 31,8 por cento na pesquisa do mês passado. O peso deve desvalorizar para 41,9 por dólar no fim do ano, contra 30,5 previamente, mostrou a pesquisa de 41 economistas.

Nesta semana, o presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou medidas de austeridade com o objetivo de equilibrar o Orçamento do ano que vem para recuperar confiança na habilidade do país de pagar sua dívida.

Venezuelanos enfrentam longas filas para combustível por problemas com novo sistema de pagamentos

Por Anggy Polanco

UREÑA, Venezuela (Reuters) - Motoristas venezuelanos frustrados enfrentavam longas filas para gasolina em Estados fronteiriços nesta terça-feira, conforme o governo luta para implantar um novo sistema de pagamentos que o presidente Nicolás Maduro diz que irá reduzir contrabando de combustível altamente subsidiado.

Maduro diz que o sistema de pagamento irá abrir caminho para cobrança de preços internacionais pelo combustível – um aumento maciço, dado o baixo valor atual da gasolina – num momento em que seu governo busca reforçar os cofres públicos em meio a um colapso econômico.

Qualquer aumento irá marcar a primeira vez em 20 anos que o país membro da Opep aumenta significativamente preços domésticos de combustível, que têm sido um assunto sensível desde que manifestações violentas aconteceram em 1989 em resposta às medidas de austeridade que incluíam preços mais altos de gasolina.

O programa piloto que começou nesta terça-feira em oito Estados tinha objetivo de fornecer para postos de gasolina aparelhos sem fio que usam um documento de identificação endossado pelo Estado que realiza as transações de combustível.

    “Vejo muita desorganização porque eles não começaram a fazer isto funcionar ainda”, disse José Coronel, funcionário público de 26 anos, conforme aguardava em uma fila em posto de gasolina na cidade fronteiriça de Ureña. “Posso ver que é difícil controlar contrabando”.

    Em postos de gasolina ao longo da fronteira com a Colômbia, as novas máquinas ainda não estavam instaladas ou não funcionavam corretamente, de acordo com motoristas que abasteciam seus carros e dois frentistas em dois Estados diferentes.

    O novo sistema de pagamento irá fornecer um subsídio para motoristas com um cartão de identificação, reembolsando-os diretamente por compras de gasolina, assim que os aumentos no preço de combustível entrarem em vigor.

    Maduro diz que isto irá ajudar a aliviar o impacto de um aumento acentuado de preços.

    Motoristas na fronteira começaram a criar filas na tarde de segunda-feira por preocupações de que os aumentos no preço serão imediatos e que postos ficarão sem combustível.

    O Ministério da Informação não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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Fonte:
Reuters

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