Dólar recua ante real de olho em cena eleitoral, com Jair na frente

Publicado em 08/08/2018 11:48
Ao contrário do Ibope que, em pesquisa na semana passada, mostrava Geraldo Alckmin à frente de Jair Bolsonaro, a pesquisa da CNT divulgada nesta manhã posiciona o candidato do PSL na 1a. posição.

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar era negociado em baixa ante o real nesta quarta-feira, após ter saltado quase 1 por cento na véspera e com os investidores de olho na cena eleitoral após divulgação de mais uma pesquisa de intenção de voto.

Às 12:12, o dólar recuava 0,65 por cento, a 3,7426 reais na venda, depois de subir 0,98 por cento na última sessão. O dólar futuro recuava cerca de 0,30 por cento.

Nesta manhã, foi divulgada pesquisa CNT/MDA mostrando que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tem 18,9 por cento das intenções de voto no Estado de São Paulo em cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à frente de Geraldo Alckmin (PSDB), que aparece com 15,0 por cento.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, os dois presidenciáveis estão em empate técnico.

"O mercado viu que os dois (candidatos) estão próximos e que ainda é cedo, é preciso começar a campanha de fato", afirmou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Semana passada, pesquisa do Ibope também realizada apenas no Estado de São Paulo mostrou que Alckmin, ex-governador paulista, havia passado à frente do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, embora também estivessem em empate técnico.

O tucano é o candidato que mais agrada ao mercado por enxergar nele o perfil reformista que considera necessário para a economia. Há expectativas entre os investidores de que Alckmin ganhará tração após fechar acordo com partidos do blocão, garantindo maior tempo na campanha televisiva, e escolher a senadora Ana Amélia (PP) como sua vice.

O mercado também monitorava o cenário internacional, onde o dólar tinha pequena baixa ante uma cesta de moedas e leves variações sobre algumas divisas de países emergentes.

O noticiário sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China continuava a ser abastecido. Nesta quarta-feira, Pequim anunciou que vai impor tarifas adicionais de importação de 25 por cento sobre 16 bilhões de dólares em produtos norte-americanos, como resposta à mesma medida tomada pelos EUA na véspera.

"Deve-se ponderar que investidores seguem cada vez mais resilientes a essa situação, indicando maior maturidade e paciência no que tange ao tema, dado que o desfecho e futuros impactos dessa disputa ainda são de delicada análise", escreveu a H.Commcor Corretora.

Mais cedo, saíram os dados da balança comercial chinesa, que superaram as previsões, boas notícias para as autoridades que buscam amenizar o impacto da disputa comercial com os Estados Unidos.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,44 bilhão de dólares do total de 5,255 bilhões de dólares que vence em setembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

 

Sem Lula, Alckmin fica em 2º em São Paulo

A pesquisa CNT/MDA divulgada nesta quarta, 8, mostra Jair Bolsonaro (18,9%) e Geraldo Alckmin (15%) na frente entre os eleitores de São Paulo, no cenário estimulado com Fernando Haddad na chapa do PT em vez de Lula. Quando o ex-presidente aparece entre as opções, sai na frente com 21,8% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro com 18,4% e Alckmin com 14%.

Haddad empata com Marina em SP

Fernando Haddad aparece com 8,3% das intenções de voto em São Paulo no cenário estimulado da nova pesquisa CNT/MTA, divulgada nesta quarta, 8. No entanto, os eleitores paulistas não o colocariam no segundo turno. Na disputa contra Haddad, Jair Bolsonaro vem na frente, com 18,% das intenções de voto. Geraldo Alckmin fica em segundo, com 15%. Marina Silva é a próxima da lista, empatada com Haddad com a preferência de 8,4% dos entrevistados.

Os pesquisadores ouviram 2.002 entrevistados, distribuídos em 75 municípios de todas as regiões do Estado. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Os registros da pesquisa são, no TSE: BR-05911/2018, e no TRE/SP: SP-04729/2018.

Bovespa sobe com balanços e relativo alívio com cenário eleitoral

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa subia nesta quarta-feira, em meio a nova bateria de balanços, com Gerdau e CSN em destaque na ponta positiva após resultados sólidos no segundo trimestre, e com os agentes financeiros de olho em pesquisa eleitoral e na escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China.

Às 12:34, o principal índice de ações da B3 subia 0,15 por cento, a 80.463,31 pontos. O volume financeiro somava 3,65 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa de 0,87 por cento, contaminado por boatos relacionados ao processo eleitoral com potencial efeito negativo para o mercado.

Da cena eleitoral, pesquisa CNT/MDA mostrou o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, com 18,9 por cento das intenções de voto no Estado de São Paulo em cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à frente de Geraldo Alckmin (PSDB), com 15 por cento.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, os dois presidenciáveis estão em empate técnico.

Para o gestor Igor Lima, sócio da Galt Capital, o dia é de reversão do mau humor que se espalhou na véspera, conforme a pesquisa divulgada não confirmou evolução do candidato tucano mas, por outro lado, também não mostrou deterioração, que parecia ser o grande medo do mercado na terça-feira.

"Boatos sobre eventuais novas delações também não se confirmaram, enquanto os resultados de algumas empresas, como Gerdau, referendaram o momento de recuperação das companhias e ajudam na melhora", afirmou.

O panorama global trazia um aumento da tensão comercial entre Washington e Pequim, conforme a China afirmou que está aplicando tarifas adicionais de importação de 25 por cento sobre os 16 bilhões em mercadorias norte-americanas, respondendo em igual medida à nova rodada de tarifas dos EUA.

Em Wall Street, contudo, o índice acionário S&P 500 oscilava ao redor da estabilidade, ainda perto de máximas históricas, com resultados corporativos também sob atenção dos investidores.

DESTAQUES

- GERDAU PN subia 3,72 por cento, após resultado de segundo trimestre, que mostrou Ebitda ajustado de 1,756 bilhão de reais, o melhor resultado trimestral desde 2008 e alta de 56,8 por cento frente ao mesmo período do ano anterior, com a margem Ebitda subindo a 14,6 por cento.

- CSN tinha alta de 2,3 por cento, após reportar Ebitda ajustado de 1,42 bilhão de reais no período de abril a junho, alta de 58 por cento em relação ao segundo trimestre de 2017, com margem Ebitda de 24 por cento, enquanto a receita líquida subiu 32 por cento e a relação dívida líquida/Ebitda ajustado recuou para 5,34 vezes.

- SANEPAR UNIT valorizava-se 2 por cento, também entre as maiores altas do Ibovespa, após divulgar lucro líquido de 253,6 milhões de reais no segundo trimestre, um aumento de 28,9 por cento na comparação com igual etapa de 2017, com alta do Ebitda e da receita operacional.

- CIELO subia 6,93 por cento, experimentando uma trégua após fortes quedas recentes que levaram o papel a atingir mínima intradia desde junho de 2013 na terça-feira, a 13,04 reais. No ano, os papéis acumulam queda de quase 40 por cento.

- VIA VAREJO UNIT cedia 4,11 por cento, em sessão negativa para o setor de varejo e consumo, com MAGAZINE LUIZA cedendo 2,84 por cento e B2W em baixa de 0,69 por cento. No caso do Magazine Luiza, o Bradesco BBI cortou a recomendação para "neutra", com preço-alvo de 155 reais.

- PETROBRAS PN recuava 0,24 por cento, em meio a queda dos preços do petróleo Brent no exterior.

- VALE tinha elevação de 0,45 por cento, tendo de pano de fundo alta no preço do minério de ferro à vista na China e recuperação das importações de aço por aquele país em julho.

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,39 por cento e BRADESCO PN tinha acréscimo de 0,25 por cento.

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Fonte:
Reuters/Estadão

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