UE pressiona China sobre comércio dizendo que país poderia abrir economia se quisesse
Por Christian Shepherd e Michael Martina
PEQUIM (Reuters) - A China poderia abrir sua economia se quisesse, disse nesta segunda feira o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, com a União Europeia pedindo aos países que evitem uma guerra comercial mesmo com o aumento da pressão sobre Pequim devido a suas políticas industriais.
Como anfitrião de Juncker e do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, enfatizou a necessidade de manter o livre comércio e o multilateralismo no momento em que os Estados Unidos e a China estão cada vez mais envolvidos em uma disputa comercial, sem nenhum sinal de negociações à vista.
O presidente dos EUA, Donald Trump, alertou que pode impor tarifas sobre mais de 500 bilhões de dólares em produtos chineses - quase o total de importações norte-americanas da China no ano passado - para combater o que os EUA dizem ser abusos comerciais de Pequim.
A China prometeu retaliar a cada passo.
Há muito acusada de táticas protecionistas que a tornam um lugar difícil para empresas estrangeiras, a China está tentando reverter essa narrativa em meio à crescente guerra comercial aprovando enormes investimentos, como um projeto petroquímico de 10 bilhões de dólares da alemã BASF.
Em coletiva de imprensa conjunta com Li e Tusk no Grande Salão do Povo, em Pequim, Juncker disse que a medida mostra que "se a China deseja se abrir, ela pode fazer isso. Ela sabe como se abrir".
Mais tarde, em um fórum de negócios, ele disse: "Precisamos de regras multilaterais justas. A UE está aberta, mas não é ingênua".
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