Se eleito, Bolsonaro cortará ministérios pela metade e defenderá Estado menor, diz coordenador

Publicado em 08/06/2018 18:28
Reuters

BRASÍLIA (Reuters) - O pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, cortará pela metade o número de ministérios e defenderá uma diminuição do Estado se eleito em outubro, afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), um dos coordenadores da campanha do postulante ao Palácio do Planalto à Reuters.

Segundo Onyx, Bolsonaro já tomou a decisão de reduzir dos atuais 29 para 15 os ministérios na Esplanada. O coordenador, entretanto, não quis informar quais pastas seriam cortadas no novo organograma, se o deputado do PSL for eleito.

Esses detalhes vão constar do programa de governo de Bolsonaro que, conforme o coordenador, está sendo elaborado por Onyx, o economista Paulo Guedes e uma equipe grande de acadêmicos e funcionários públicos. O programa de governo vai ser divulgado, segundo ele, na última semana de julho.

Onyx disse que também haverá um corte "muito intenso" nos cargos em comissão do governo federal. "O governo vai ser muito enxuto. O nosso conceito é buscar a eficiência", disse o coordenador. "O governo vai diminuir para que as pessoas possam avançar", reforçou.

O coordenador reafirmou a posição de Bolsonaro --apresentada em sabatina na quarta-feira no jornal Correio Braziliense-- de não elevar a carga tributária. "Antes de ser presidente, ele disse que não vai aumentar impostos. Vai sim é buscar a redução", disse.

BASE PARLAMENTAR

Segundo Onyx, Bolsonaro --líder das pesquisas de intenção de voto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso-- conta atualmente com uma base de 63 deputados de várias legendas. O coordenador disse que os apoiadores vão chegar a 100 até o fim de julho.

Ele confirmou que tem organizado encontros e participado de reuniões com parlamentares de outros partidos em apoio ao pré-candidato do PSL.

O senador Magno Malta (PR-ES) é um dos que tem participado desses encontros. Malta afirmou à Reuters que Bolsonaro convidou-o para ser vice na chapa presidencial, mas ele disse que ainda não se decidiu.

"Minha vida está nas mãos de Deus e não digo que dessa água eu não bebo", disse ele, evangélico que no momento disse que trabalha para se reeleger ao Senado.

Malta avalia que, se virar vice de Bolsonaro, a bancada do PR poderá até dobrar de tamanho na Câmara --atualmente ela conta com 41 deputados.

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou esta semana o arquivamento do inquérito contra Onyx sob suspeita de ter cometido crime de caixa 2 nas eleições de 2006 com base na delação do ex-executivo da Odebrecht Alexandrino de Alencar.

A acusação feita pelo delator era que Onyx teria recebido 175 mil reais naquela campanha, operação essa que teria sido registrada no sistema paralelo de contabilidade da Odebrecht.

Marina critica ‘polarização’ com Bolsonaro e, depois, polariza (em O Antagonista)

Marina Silva deu entrevista a jornalistas estrangeiros hoje e criticou a estratégia de centrar críticas em Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto, informa o Estadão.

“É um erro os partidos orientarem sua estratégia para combater o Bolsonaro. Temos um projeto para o Brasil e vamos debater com todos, sem polarizar. Queremos saber os projetos de todos sobre saúde, educação, segurança”, afirmou a pré-candidata da Rede.

Em seguida, porém, ela criticou a liberação do comércio de armas como solução para o problema da segurança pública, como defende Bolsonaro.

“Não é assim que se resolve, não adianta dar uma arma para cada cidadão. Isso só vai aumentar o problema. Não queremos uma arma como símbolo do Brasil.”

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Fonte:
Reuters/O Antagonista

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