Trump diz que o Irã vai negociar ou "algo vai acontecer" (REUTERS)

Publicado em 09/05/2018 13:21

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que, após anunciar que os EUA irão se retirar do acordo nuclear com o Irã e impor novas sanções, Teerã vai negociar ou "algo vai acontecer".

Não ficou imediatamente claro quais ações ele estava sugerindo que ocorreriam.

EUA e aliados continuarão trabalhando para impedir Irã de construir bomba nuclear, diz Mattis

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos continuarão trabalhando com seus aliados para garantir que o Irã não construa uma arma nuclear, disse nesta quarta-feira o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, um dia após o presidente Donald Trump se retirar do acordo nuclear internacional com Teerã.

"Continuaremos trabalhando ao lado de nossos aliados e parceiros para garantir que o Irã nunca possa adquirir uma arma nuclear e trabalharemos com outras pessoas para lidar com o alcance da influência maligna do Irã", disse Mattis em audiência num comitê do Senado dos EUA.

"Esta administração continua comprometida em colocar a segurança, os interesses e o bem-estar dos nossos cidadãos em primeiro lugar", disse Mattis.

Na véspera, Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, aumentando o risco de conflito no Oriente Médio, desapontando os aliados europeus e lançando incertezas sobre o fornecimento global de petróleo.

Arábia Saudita pode aumentar produção de petróleo após EUA saírem de acordo com Irã

DUBAI (Reuters) - A Arábia Saudita indicou nesta quarta-feira que poderá elevar sua produção de petróleo para compensar qualquer potencial escassez de oferta, como resultado das novas sanções contra o Irã, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Washington está se retirando do acordo nuclear com Teerã.

Os preços do petróleo foram sustentados pelas expectativas de que o Trump desistiria do acordo, que poderia atingir as exportações iranianas de petróleo e alimentar as tensões geopolíticas no Oriente Médio, que abriga um terço do suprimento diário de petróleo do mundo.

Trump disse na terça-feira que os Estados Unidos estavam reimpondo o "nível mais alto de sanções econômicas" ao Irã, mas ele não forneceu detalhes. O acordo original de 2015 havia suspendido as sanções em troca de Teerã limitar seu programa nuclear.

A Arábia Saudita "vai trabalhar com grandes produtores e consumidores dentro e fora da Opep para limitar o impacto de qualquer escassez de oferta", disse uma autoridade saudita do Ministério da Energia nesta quarta-feira, segundo a agência estatal de notícias SPA.

Discurso de Trump é "tolo e superficial", diz líder supremo do Irã

BEIRUTE (Reuters) - O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que vai retirar o país do acordo nuclear de 2015 com o Irã é "tolo e superficial", disse nesta quarta-feira o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, segundo seu site oficial.

"Vocês ouviram ontem à noite que o presidente da América fez alguns comentários tolos e superficiais", disse Khamenei. "Ele disse mais de 10 mentiras em sua declaração. Ele ameaçou o regime e as pessoas, dizendo que eu farei isso e aquilo. Sr. Trump, eu lhe digo em nome do povo iraniano: você cometeu um erro".

Khamenei, a mais alta autoridade do Irã, havia apoiado relutantemente o acordo nuclear fechado pela República Islâmica com potências internacionais, e frequentemente criticava os EUA publicamente por não cumprir sua contraparte sob o acordo.

Trump diz que China tem sido de muita ajuda com Coreia do Norte

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que a China tem auxiliado os esforços com a Coreia do Norte, horas depois de Trump anunciar que Pyongyang libertou três norte-americanos detidos.

Trump, que deverá se encontrar com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, no final de maio ou início de junho, tem se apoiado em Pequim em meio a tensões entre Pyongyang e Washington.

Trump anuncia que Pompeo embarcou para os EUA com 3 americanos soltos pela Coreia do Norte

WASHINGTON/SEUL (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que três americanos que eram mantidos presos pela Coreia do Norte foram soltos e estão a caminho de casa acompanhados do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.

"Tenho o prazer de informá-los que o secretário de Estado Mike Pompeo está no ar e voltando da Coreia do Norte com 3 senhores maravilhosos que todos estão muito ansiosos em encontrar. Eles parecem estar em bom estado de saúde", escreveu Trump em mensagem no Twitter.

O presidente disse que receberá Pompeo e os três norte-americanos quando eles pousaram na base da Força Aérea dos EUA em Andrews, nos arredores de Washington, na madrugada de quinta-feira.

Pompeo desembarcara em Pyongyang mais cedo nesta quarta-feira oriundo do Japão. O principal diplomata norte-americano e autoridades que o acompanham foram recebidos para um almoço por Kim Yong Chol, ex-chefe de espionagem e atualmente diretor do Departamento da Frente Unida, responsável pelas relações intercoreanas.

Ao anunciar anteriormente a ida de seu secretário de Estado para uma segunda visita à Coreia do Norte em menos de seis semanas, Trump informou que os dois países combinaram uma data e um local para a cúpula entre ele e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, mas não divulgou detalhes.

No almoço desta quarta-feira, Pompeo disse que os EUA estão comprometidos a trabalhar com a Coreia do Norte para alcançar a paz na península coreana.

O ex-chefe da espionagem norte-coreana , cujas declarações constaram de um informe coletivo, disse ter "muita esperança de que os Estados Unidos desempenharão um papel muito grande no estabelecimento da paz na península coreana".

Em resposta, Pompeo disse que o grupo que o acompanha está "igualmente comprometido a trabalhar com vocês para alcançar exatamente" isso.

"Durante décadas fomos adversários. Agora temos esperança de que poderemos trabalhar juntos para resolver este conflito, afastar as ameaças ao mundo e fazer seu país ter todas as oportunidades que seu povo tanto merece", acrescentou o secretário de Estado.

Putin assiste a desfile de "armas invencíveis" da Rússia na Praça Vermelha

MOSCOU (Reuters) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acompanhou nesta quarta-feira o sobrevoo de caças avançados armados com um míssil hipersônico que afirmou serem invencíveis sobre a Praça Vermelha, em Moscou, dias depois de iniciar seu quarto mandato.

Durante o evento anual que marca a vitória da União Soviética sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial, Putin assistiu ao desfile de milhares de soldados e a colunas de tanques cruzando a famosa praça, em uma demonstração de poderio militar semelhante àquelas vistas durante a Guerra Fria.

Putin acompanhou o desfile de uma tribuna repleta de veteranos de guerra soviéticos, alguns dos quais exibindo medalhas de campanha e segurando rosas vermelhas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que está em Moscou para conversar sobre a Síria, também esteve presente, assim como o presidente sérvio, Aleksandar Vucic.

Com apoio da mídia estatal, as autoridades usaram o evento para insuflar o sentimento patriótico e mostrar ao mundo e a possíveis compradores de equipamento militar como um programa de modernização multibilionário está transformando o setor militar russo.

Putin, cujas relações com o Ocidente seguem uma trajetória hostil, disse não querer uma corrida armamentista, mas alertou possíveis inimigos que, por precaução, seu país desenvolveu uma nova geração de armas invencíveis para se proteger.

"Lembramos as tragédias das duas guerras mundiais, as lições da história que não nos permitem ficar cegos. Os mesmos sinais feios estão aparecendo, juntamente com novas ameaças: egoísmo, intolerância, nacionalismo agressivo e reivindicações de excepcionalidade", disse Putin ao se dirigir à parada.

"Entendemos a grande seriedade destas novas ameaças", acrescentou o líder russo, que se queixou do que afirmou serem tentativas inaceitáveis de reescrever a história ao mesmo tempo em que disse que a Rússia está disposta a conversar sobre a segurança global se isso ajudar a garantir a paz no mundo.

Entre as armas exibidas na Praça Vermelha estava o lançador móvel de mísseis nucleares intercontinentais Yars, seus lançadores de mísseis balísticos Iskander-M e seu sistema avançado de defesa antimíssil S-400, que Moscou vem usando na Síria para proteger suas forças.

Putin intensificou consideravelmente os gastos militares nos 18 anos que já passou no comando da política russa, concedeu a seus militares uma influência significativa na formulação de políticas e mobilizou suas forças na Ucrânia e na Síria, criando tensões com o Ocidente.

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Fonte:
Reuters

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