Trump age antes que os aiatolás transformem o Irã numa "nova" Coréia do Norte

Publicado em 08/05/2018 18:00
EM ATITUDE CORAJOSA DE ESTADISTA FOCADO NO LONGO PRAZO, TRUMP RETIRA EUA DE ACORDO IRANIANO -- por Rodrigo Constantino, na Gazeta do Povo

Israel declara alerta sobre ações iranianas na Síria

JERUSALÉM (Reuters) - Israel instruiu as autoridades locais na região israelense das colinas de Golã a "destrancar e preparar abrigos (antibombas)" depois de identificar o que o Exército descreveu como "atividade irregular de forças iranianas na Síria".
O comunicado militar disse ainda que seus sistemas de defesa foram implantados "e as tropas da IDF (Força de Defesa de Israel) estão em alerta máximo para um ataque".

Mídia estatal síria diz que Israel realizou ataque pouco após EUA abandonarem acordo com Irã

JERUSALÉM/BEIRUTE (Reuters) - A mídia estatal da Síria acusou Israel de lançar mísseis contra um alvo perto de Damasco nesta terça-feira, pouco depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado que abandonaria o acordo nuclear iraniano, o que levou Israel a ficar sob alerta máximo.

O Exército israelense disse que, após identificar "atividades irregulares" por parte das forças iranianas na Síria, instruiu as autoridades civis nas colinas de Golã a preparar abrigos antibombas e mobilizou novas defesas e algumas forças reservistas.

O principal general de Israel, Gadi Eizenkott, cancelou uma aparição marcada em uma conferência anual de segurança e estava conversando com o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, e outros chefes de segurança nacional, disseram autoridades.

O duro golpe de Trump contra o acordo nuclear, apesar de saudado por Israel, despertou temores de uma possível explosão regional.

Duas horas após o anúncio da Casa Branca, a agência de notícias estatal síria Sana relatou explosões em Kisweh, ao sul de Damasco. As defesas aéreas sírias dispararam contra dois mísseis israelenses, destruindo ambos, informou a Sana.

Um comandante da aliança regional que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, disse à Reuters que a força aérea de Israel havia atingido uma base do Exército em Kisweh, sem causar vítimas.

Perguntada sobre essas declarações, uma porta-voz militar israelense disse: "Nós não respondemos a tais relatos estrangeiros".

O Irã e o Hezbollah, do Líbano, têm ajudado o presidente sírio a derrotar uma rebelião de sete anos. Israel realizou repetidos ataques aéreos contra eles, na esperança de impedir a formação de uma frente libanesa-síria ao norte.

Um ataque em 9 de abril matou sete militares iranianos em uma base aérea da Síria. O Irã culpou Israel e disse que iria retaliar.

A mídia israelense disse que a ordem desta terça-feira para preparar abrigos antibombas em Golã foi sem precedentes durante a guerra civil na Síria. Israel capturou Golã da Síria na guerra do Oriente Médio de 1967 e anexou-a em um movimento não reconhecido internacionalmente.

EM ATITUDE CORAJOSA DE ESTADISTA FOCADO NO LONGO PRAZO, TRUMP RETIRA EUA DE ACORDO IRANIANO -- por Rodrigo Constantino

O presidente americano Donald Trump não foi convencido por aqueles que tentavam salvar o acordo de pai para filho costurado por Obama com a teocracia iraniana, e decidiu retirar os Estados Unidos do pacote. A choradeira da imprensa, quase toda de esquerda e fã do “pacifista” Obama, será inevitável, mas Trump agiu com coragem e focando no longo prazo, como devem fazer os estadistas.

Afinal, o acordo não havia impedido o avanço iraniano rumo ao projeto nuclear, conforme acusações israelenses mostraram. Trump, décadas atrás, alertava para a postura negligente em relação ao regime da Coreia do Norte, um alerta que se mostrou profético. O ditador se armou nuclearmente, e ficou mais difícil lidar com ele.

Não obstante, Trump subiu o tom, pressionou a China, ameaçou com mais sanções e até ação militar, e com isso conseguiu colocar o ditador diante do presidente da Coreia do Sul, num acordo histórico. Trump compreende aquilo que a esquerda obamista, no jardim de infância dos sonhos românticos, não entende: que a geopolítica precisa contar com a tática do “good cop/bad cop”, com a estratégia do “stick & carrots”, ou seja, diálogo sustentado por ameaça militar crível.

Com o Irã, Trump seguiu a mesma lógica, antes que fosse tarde demais. O presidente americano chamou o acordo de desastroso e de embaraço para os americanos, afirmando que ele não impediu o Irã de continuar seu programa nuclear.

“O regime iraniano patrocina o terrorismo e exporta mísseis para grupos como Hamas, Hezbollah e al-Qaeda”, disse Trump ao justificar a sua decisão. “Deixei claro que o acordo deveria ser renegociado ou os EUA não permaneceriam. Está claro para mim que não temos como evitar uma bomba nuclear iraniana com este acordo”, acrescentou.

Leandro Ruschel comentou sobre a decisão com tom de aprovação: “Trump acaba de anunciar que os EUA estão se retirando do acordo nuclear iraniano e que aplicarão sanções ao ‘maior promotor de terrorismo do planeta’ e a qualquer país ou empresa que ajudá-lo a desenvolver armas nucleares”.

Alexandre Borges foi ainda mais enfático: “O fim do colaboracismo americano arquitetado pelo Partido Democrata com o Irã foi anunciado hoje, 8 de maio, Dia da Vitória. Mais simbólico, impossível. Trump impedindo o erro brutal de Clinton em 94 com a Coréia do Norte se repetir com o Irã. O mundo vai dormir mais seguro esta noite, apesar da extrema-imprensa”.

Já Victor Grinbaum desabafou sobre o viés da grande imprensa, sempre contra Trump e Israel, e dando um jeito de enaltecer Obama e palestinos:

Ontem liguei a TV na GloboNews para tentar puxar o sono. Eu sempre me arrependo quando faço isso, mas sei lá que força estranha é essa que me faz repetir inúmeras vezes tal comportamento de risco.

Ia terminando a “Edição da Meia-Noite”, e o assunto era… Donald Trump.

O que seria da mídia mainstrean sem Donald Trump?

“Donald Trump anunciou a retirada dos Estado Unidos do acordo nuclear com o Irã. Trump vai destruir uma costura política que envolveu outros países e que o ex-presidente Barack Obama levou meses para construir”.

Nenhuma palavra sobre todas as provas que o Mossad recolheu de dentro das usinas iranianas de que o país nunca obedeceu aos termos do acordo.

Trump “destruiu” o que Obama “construiu”.

Cinco minutos depois acaba a “Edição da Meia-Noite” com uma sequência de imagens do dia: erupção vulcânica no Havaí, umas amenidades daqui e dali… e um cara que chora copiosamente numa quina de parede.

Na legenda: “Jovem chora a morte de seu irmão assassinado por israelenses na Faixa de Gaza”.

Nenhuma palavra sobre a série de ataques terroristas que o Hamas vem promovendo há semanas na fronteira de Gaza com Israel, que incluem bombas incendiárias contra bosques e plantações próximas e tentativas de invasão do território de Israel por homens armados.

Perdi o pouco sono que tinha.

De fato, é difícil não perder o sono com essa mídia torcedora de esquerda. Mas ao menos podemos dormir mais tranquilos, pois no comando da América, xerife do mundo civilizado, há um presidente que não liga a mínima para essa imprensa, e toma as decisões difíceis que precisam ser tomadas, se quisermos um futuro melhor e mais seguro.

Rodrigo Constantino.

Trump retira EUA de acordo nuclear com Irã e promete retomar sanções

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira que retomará sanções econômicas contra o Irã e retirará seu país do acordo internacional concebido para impedir Teerã de obter uma bomba nuclear.

A decisão deve aumentar o risco de um conflito no Oriente Médio, frustrar os aliados europeus dos EUA e prejudicar os suprimentos globais de petróleo.

"Estou anunciando hoje que os Estados Unidos se retirarão do acordo nuclear com o Irã", disse Trump na Casa Branca. "Em alguns momentos assinarei um memorando presidencial para começar a restaurar sanções econômicas dos EUA contra o regime iraniano. Instituiremos o nível mais alto de sanções econômicas."

O pacto de 2015, negociado pelos EUA, cinco potências mundiais e o Irã, amenizou sanções impostas a Teerã em troca da limitação do programa nuclear iraniano.

Trump afirma que o acordo, a principal conquista de política externa de seu antecessor, Barack Obama, não aborda a questão dos mísseis balísticos do Irã, suas atividades nucleares depois de 2025 nem seu papel nos conflitos da Síria e do Iêmen.

Teerã descartou renegociar o pacto e ameaçou retaliar, embora não tenha dito exatamente como, se Washington o rompesse.

A renovação das sanções tornará muito mais difícil para o regime vender seu petróleo no exterior ou utilizar o sistema bancário internacional.

Presidente do Irã diz que país permanecerá em acordo nuclear

ANCARA (Reuters) - O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse nesta terça-feira que o Irã continuará comprometido com um acordo nuclear multinacional após a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do acordo de 2015 que visa negar a Teerã a capacidade de construir armas nucleares.

"Se alcançarmos as metas do acordo em cooperação com outros integrantes do acordo, ele permanecerá em vigor... Ao sair do acordo, a América oficialmente minou seu compromisso com um tratado internacional", disse Rouhani em discurso televisionado.

Rouhani acrescentou que o Irã está pronto para retomar suas atividades nucleares após consultas com outras potências mundiais que fazem parte do acordo.

Aliados europeus lamentam rompimento de Trump com acordo do Irã; Israel e sauditas comemoram

BRUXELAS (Reuters) - Israel aprovou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar seu país do acordo nuclear com o Irã, mas os aliados europeus de Washington lamentaram a medida e disseram que tentarão manter o pacto vivo.

"A União Europeia está determinada a preservá-lo", disse a chefe de política externa do bloco, Federica Mogherini, sobre o acordo de potências mundiais firmado em 2015 com Teerã. "Juntamente com o resto da comunidade internacional, preservaremos este acordo nuclear."

    "Estou particularmente preocupada com o anúncio de novas sanções desta noite (local)", acrescentou.

    O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que lamenta a decisão e que trabalhará para um acordo mais abrangente que contemple a atividade nuclear iraniana, seu programa de mísseis balísticos e sua atuação regional.

    Mas o anúncio de Trump foi saudado pelos principais parceiros norte-americanos no Oriente Médio: Israel e Arábia Saudita.

O acordo era "uma receita para o desastre, um desastre para nossa região, um desastre para a paz do mundo", disse o primeiro-ministro israelense, Benajmin Netanyahu, opositor enfático do pacto há tempos, elogiando a medida de Trump.

    A Arábia Saudita, potência muçulmana sunita que considera o Irã xiita seu maior inimigo regional, também louvou a decisão do líder norte-americano: "O Irã usou ganhos econômicos da suspensão de sanções para continuar suas atividades para desestabilizar a região, particularmente ao desenvolver mísseis balísticos e apoiar grupos terroristas na região", disse um comunicado veiculado pela televisão estatal Al Arabiya.

O premiê belga, Charles Michel, disse que descartar o pacto com Teerã significa mais instabilidade no Oriente Médio e que "lamenta profundamente" o anúncio de Trump: "A UE e seus parceiros internacionais devem continuar comprometidos, e o Irã deve continuar a cumprir suas obrigações".

    Donald Tusk, que presidiu as conversas dos líderes europeus, disse que a postura de Trump quanto ao Irã e ao comércio internacional "se deparará com uma abordagem europeia unida" e que todos os 28 líderes da UE debaterão a questão quando se encontrarem na capital da Bulgária na próxima quarta-feira.

    Manfred Weber, membro proeminente do Parlamento Europeu e vice-líder do partido bávaro aliado da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, classificou a decisão de Trump como um "erro estratégico".

"Continuaremos com nossa abordagem equilibrada com o Irã sem fazer vista grossa às questões que ainda são problemáticas".

Trump diz que secretário de Estado está a caminho da Coreia do Norte e cita esperança sobre presos dos EUA


WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, estava a caminho de Pyongyang para preparar a cúpula entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e que seria uma "ótima coisa" se os três presos norte-americanos também fossem liberados.

Trump disse que Pompeo, que visita a Coreia do Norte pela segunda vez em menos de seis semanas, deveria chegar "muito em breve" e que os dois países já concordaram sobre uma data e local para o encontro inédito.

"Neste exato momento, o secretário Pompeo está a caminho da Coreia do Norte em preparação para a minha reunião com Kim Jong Un", disse Trump durante comentários que estavam também focados em sua decisão de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã de 2015.

"Planos estão sendo feitos, relacionamentos sendo construídos", disse Trump. "Com sorte, um acordo acontecerá. E com a ajuda da China, Coreia do Sul e Japão, um futuro de grande prosperidade e segurança poderá ser alcançado para todos."

Pompeo fez uma visita secreta à Coreia do Norte no fim de semana da Páscoa, tornando-se a primeira autoridade dos EUA a reconhecidamente se reunir com Kim, para preparar o território para o encontro. A reunião ocorreu antes que a nomeação de Pompeo como secretário de Estado fosse confirmada.

Questionado se os três norte-americanos detidos na Coreia do Norte seriam soltos, Trump disse a repórteres: "Todos descobriremos em breve. Logo saberemos. Seria ótimo se eles fossem."

A visita de Pompeo aumentou as perspectivas de que os três presos coreano-americanos --Kim Hak-song, Tony Kim e Kim Dong-chul-- fossem liberados a ele.

Sua soltura poderia sinalizar um esforço de Kim para estabelecer um tom mais positivo para o encontro após sua recente promessa de suspender testes de mísseis e fechar o local de testes nucleares de Pyongyang.

Enquanto Kim poderia abrir mão dos últimos de seus presos norte-americanos, que a Coreia do Norte tem frequentemente usado no passado como moedas de barganha com os EUA, sua libertação também poderia estar direcionada para pressionar Trump a fazer suas próprias concessões em sua tentativa de fazer Pyongyang abandonar seu arsenal nuclear.

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Gazeta do Povo/Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário