"Lula sabia da negociata e participou pessoalmente", diz Procuradora Geral da República

Publicado em 30/04/2018 20:44
Denúncia baseada nas delações da Odebrecht. R$ 40 milhões em propina por aumento de linha de crédito à exportação para Angola (em O Antagonista)... Bom dia, Lula!, É Angola que o acorda para mais um dia de luta...

Na nova denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro, a PGR diz que Lula sabia das negociações ilícitas e participou pessoalmente delas.

Segundo Raquel Dodge, o ex-presidente “teve papel preponderante” para garantir à Odebrecht a linha de US$ 1 bilhão do BNDES para Angola.

Lula atendeu a pedido do próprio Emílio Odebrecht, seu amigão.

 

 

Moro quer provas de palestras de Lula

Sérgio Moro determinou à defesa de Lula que demonstre a origem lícita dos cerca de R$ 9 milhões que estão bloqueados em fundos de previdência.

Essa é a condição para que o juiz libere os recursos, como querem os advogados. O dinheiro aplicado seria parte dos ganhos do ex-presidente com palestras.

Entraram na conta da LILS Palestras cerca de R$ 27 milhões. Desse total, R$ 9,5 milhões foram repassados pelas grandes empreiteiras do petrolão: Odebrecht (R$ 3 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 2,1 milhões), Camargo Corrêa (R$ 2 milhões), Queiroz Galvão (R$ 1,2 milhão) e OAS (R$ 1,1 milhão).

Gleisi, Lula, Palocci e Paulo Bernardo denunciados pela Procuradoria Geral da República

Raquel Dodge acaba de denunciar ao STF o ex-presidente Lula, o ex-ministro Antonio Palocci e a senadora Gleisi Hoffmann, além de seu marido Paulo Bernardo, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Também foi denunciado Leones Dall Adnol, chefe de gabinete da petista.

A denúncia foi feita a partir de delação da Odebrecht sobre a alocação para o PT de US$ 40 milhões, em troca de decisões de interesse do grupo, como o aumento da linha de crédito à exportação para Angola.

A medida foi viabilizada pela assinatura, em junho de 2010, do Protocolo de Entendimento entre Brasil e Angola. Posteriormente, o termo foi referendado pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão que tinha Paulo Bernardo entre os integrantes.

Na condição de exportadora de serviços, a Odebrecht recebeu do governo angolano parte dos valores conseguidos com financiamentos liberados pelo banco estatal brasileiro. O país africano teve o limite de crédito ampliado para R$ 1 bilhão, graças à interferência dos envolvidos.

Delações, como a de Emílio Odebrecht, foram corroboradas com planilhas, e-mails e quebras de sigilo telefônico dos investigados.

O núcleo político do esquema

Ao especificar a participação de cada um dos cinco denunciados, a PGR enfatizou que o caso reproduz o modelo de outros apurados na Lava Jato, com a existência de quatro núcleos específicos.

O núcleo político formado por Lula, Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo e Antônio Palocci; o econômico, comandado por Marcelo Odebrecht; o administrativo, por Leones Dall’Agnol; e o financeiro, movimentado por doleiros responsáveis pela coleta e distribuição do dinheiro.

Os integrantes do núcleo político já foram, conforme mencionado na atual peça de acusação, denunciados por organização criminosa por envolvimento no esquema articulação pela Construtora Odebrecht.

PGR: GLEISI USOU LARANJAS PARA DISSIMULAR PROPINA

Na denúncia apresentada agora há pouco ao STF, Raquel Dodge detalha como parte do dinheiro repassado pela Odebrecht foi parar no caixa 2 da campanha de Gleisi Hoffmann, a musa do acampamento de Curitiba.

Com base em provas obtidas no inquérito, a PGR mostra como Gleisi e o maridão PB ajustaram o recebimento da grana, por meio de Benedicto Júnior, da Odebrecht, e Leones Dall’Agnol, chefe de gabinete da petista.

“Dos cinco milhões, Gleisi Helena Hoffmann, Paulo Bernardo e Leones Dall’Agnol comprovadamente receberam, em parte por interpostas pessoas, pelo menos três milhões de reais em pagamentos de quinhentos mil reais cada, a título de vantagem indevida, entre outubro e novembro de 2014.”

Para disfarçar, Gleisi declarou à Justiça Eleitoral despesas inexistentes de R$ 1,8 milhão. Os pagamentos, segundo a PGR, foram feitos a empresas que serviram de laranjas para escoar os recursos e dissimular sua origem.

PGR QUER 150 MILHÕES DE LULA, PALOCCI E PAULO BERNARDO

Na denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro, a PGR cobra de Lula, Paulo Bernardo e Antonio Palocci o pagamento dos US$ 40 milhões em propina recebidos da Odebrecht e mais R$ 10 milhões a título de reparação de danos coletivos.

Na cotação de hoje, o valor total chega a quase R$ 150 milhões.

Raquel Dodge também cobra de Gleisi Hoffman, do marido Paulo Bernardo e do chefe de gabinete outros R$ 3 milhões de ressarcimento pelo dano causado ao cofres públicos.

PGR DESTACA PAPEL DE GLEISI EM ESQUEMA QUE RENDEU 1,5 BI PARA O PT

Na nova denúncia contra Lula, Gleisi e o marido PB, além de Antonio Palocci, a PGR fez questão de ressaltar que há “prova de materialidade e indícios suficientes” de que o PT embolsou pelo menos R$ 1,48 bilhão em propinas.

Os quatro citados, entre outros, “concertaram ações criminosas para a arrecadação de valores ilícitos por meio da lesão ao patrimônio e à moral administrativa de diversos entes e órgãos públicos, tais como Petrobras, BNDES e Ministério do Planejamento”.

Segundo Raquel Dodge, Gleisi e o maridão “assumiram protagonismo” no esquema criminoso e a petista “foi uma das mais beneficiadas” dos desvios na Petrobras, no BNDES e nas parcerias com a Odebrecht e a J&F.

Faz sentido todo o empenho da petista para livrar Lula.

Ex-presidente Dilma é intimada a depor como testemunha de Lula (em O GLOBO)

Ela deverá falar a Moro no processo sobre o sítio de Atibaia

A ex-presidente Dilma Rousseff foi intimada nesta segunda-feira para depor no processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por obras feitas no sítio de Atibaia pelas construtoras Odebrecht, OAS e pelo pecuarista José Carlos Bumlai. A intimação foi feita por um oficial de justiça do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e o depoimento está marcado para 25 de junho, às 14h, por viodeoconferência. A ex-presidente Dilma e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foram arrolados como testemunhas pela defesa de Lula.

Na semana passada, com a decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal de retirar das mãos do juiz Sergio Moro delações da Odebrecht — entre eles o empresário Emílio Odebrecht e o executivo Alexandrino Alencar, que falaram sobre o sítio de Atibaia — a defesa de Lula pediu que o processo fosse encaminhado para a Justiça paulista. Moro negou e decidiu que o pedido deve ser conduzido em recurso separado do processo.

O pedido já tinha sido feito há oito meses pela defesa de Lula, mas Moro não havia dado andamento, argumentando excesso de trabalho. Agora, Moro deu encaminhamento ao pleito, com abertura de prazo para manifestação da defesa e da acusação. O juiz ainda não se manifestou sobre o mesmo pedido — de transferência para a Justiça de São Paulo —- do processo que envolve vantagens pagas pela Odebrecht, como a compra de um prédio para o Instituto Lula, que nunca foi usado, e de uma cobertura vizinha à do ex-presidente, que Lula alega alugar de Glaucos Costamarques, primo de Bumlai.

Moro também deu andamento a outros sete depoimentos de parlamentares no processo do sítio, todos a pedido da defesa de Lula. As audiências estão sendo marcadas entre os dias 9 de maio e 20 de junho. Devem depor, entre outros, os senadores Lindbergh Farias e Humberto Costa e os deputados Carlos Zarattini e Arlindo Chinaglia Júnior.

Dodge denuncia Lula, Gleisi, Palocci e Marcelo Odebrecht na Lava Jato (Poder360)

Acusados de corrupção e lavagem de dinheiro; Gleisi recebeu recursos para campanha de 2014. 

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou, nesta 2ª feira (30.abr.2018), a cúpula do PT e o empresário Marcelo Odebrecht por corrupção passiva e ativa e por lavagem de dinheiro. Foram denunciados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e os ex-ministros dos governos petistas Antonio Palocci e Paulo Bernardo. 
O coordenador geral da campanha de Gleisi em 2014, Leones Dall’Agnol, também é alvo. 

Lula e Gleisi foram denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Segundo a denúncia (leia a íntegra), os crimes aconteceram nas eleições de 2010, quando a Odebrecht teria prometido ao então presidente Lula a doação de US$ 40 milhões em troca de decisões políticas que beneficiassem o grupo. 

A investigação aponta que a soma disponibilizada ao PT chegaria a R$ 64 milhões e teria sido utilizada por Gleisi em 2014, quando a senadora concorreu ao governo do Paraná. 

A denúncia foi feita no âmbito da operação Lava Jato com base nas delações dos executivos da Odebrecht. A peça afirma ter provas dos crimes baseadas em documentos apreendidos por ordem judicial, e fruto de quebra de sigilos telefônicos. 

A peça afirma que entre as contrapartidas realizadas pelo PT estavam o aumento da linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a Angola, realizada em junho de 2010. 

A Angola teve seu limite de crédito ampliado para R$ 1 bilhão, favorecendo a Odebrecht que atuava como exportadora de serviços. 

OUTRO LADO 

A defesa do ex-minsitro Antonio Palocci afirmou que “só se manifestará quanto ao teor dessa nova acusação após estudar o conteúdo da denúncia”. 

A senadora Gleisi Hoffmann falou sobre a acusação no Twitter: Mais uma denúncia baseada em delações, sem provas, envolvendo fatos sem relacionamento. Lamento a irresponsabilidade da PGR em agir com esse denuncismo. Além de falsas, as acusações são incongruentes, pois tentam ligar decisões de 2010 a uma campanha minha de 2014A denúncia irresponsável da PGR vem no momento em que o ex-presidente Lula, mesmo preso ilegalmente, lidera todas as pesquisas para ser eleito o próximo presidente pela vontade do povo brasileiro 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os outros citados na investigação ainda não se manifestaram sobre a denúncia apresentada.

A denúncia de Raquel Dodge, leia...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paulo Bernardo chamava propina de “combustível”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na nova denúncia da PGR contra Lula, Gleisi Hoffmann, PB e Antonio Palocci, a equipe de Raquel Dodge anexa e-mails entregues por Marcelo Odebrecht com as tratativas sobre o pagamento da propina de US$ 40 milhões.

O delator conta que Paulo Bernardo pediu US$ 50 milhões para liberar o limite de US$ 1 bilhão em crédito à exportação de serviços da Odebrecht para Angola. Marcelo topou dar US$ 40 milhões, oferta aceita pelo maridão de Gleisi.

“Disse que, como estava tudo esclarecido, estava precisando de combustível urgente.” A definição não poderia ser melhor. O combustível do PT é propina.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gebran encaminha delação de Palocci ao Ministério Público

O relator da Lava Jato no TRF-4, Gebran Neto, recebeu hoje o acordo de colaboração de Antonio Palocci, e o encaminhou à PRR-4.

Depois de manifestação do Ministério Público, a delação do ‘italiano’ voltará para análise do desembargador, que decidirá sobre a homologação.

A delação não foi encaminhada a Sergio Moro, porque Palocci tem condenação com recurso pendente no TRF-4.

Moro pede esclarecimentos sobre ganhos de empresa de Lula(em O Globo)

Nesta segunda-feira, o juiz Sergio Moro determinou que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstre a origem lícita dos recursos que ele mantém em fundos de previdência. Em despacho nesta segunda-feira, o juiz diz que a defesa atribuiu os valores - R$ 7,1 milhões em plano de previdência empresarial e R$ 1,8 milhão em plano de previdência individual - a ganhos da empresa de Lula "sem esclarecer a origem remota, o que seria oportuno".

LEIAJustiça nega visita de sindicalistas a Lula na prisão em Curitiba

Moro pediu explicações depois que Lula solicitou liberação de recursos bloqueados para que possa pagar os gastos relativos às suas despesas com a defesa em oito ações penais em curso na Justiça Federal de Curitiba e do Distrito Federal.

A empresa de Lula é a LILS Palestras, que, entre 2011 e 2014, recebeu R$ 9,5 milhões de empreiteiras do cartel da Petrobras - Odebrecht (R$ 3 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 2,1 milhões), Camargo Corrêa (R$ 2 milhões), Queiroz Galvão (R$ 1,2 milhão) e OAS (R$ 1,1 milhão).

Os pagamentos feitos pelas empreiteiras à LILS Palestras e as doações ao Instituto Lula são alvo de investigações da força-tarefa da Lava-Jato

Entre 2011 e 2014, o Instituto Lula recebeu R$ 15,1 milhões doados por quatro empreiteiras - Camargo Corrêa (R$ 4,7 milhões), Odebrecht (R$ 4,6 milhões), Queiroz Galvão (R$ 3 milhões), OAS (R$ 2,7 milhões) - e R$ 2,5 milhões do grupo J&F.

Alexandrino Alencar, executivo do Grupo Odebrecht, afirmou que o primeiro objetivo da empresa foi conseguir "um projeto que pudesses remunerar o ex-presidente Lula face ao que ele fez durante muitos anos para o grupo", de forma lícita a transparente. Segundo ele, o valor de US$ 200 mil foi estabelecido com base na quantia cobrada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.

Alencar disse que essa prática é comum e que, com o andamento das palestras, a empreiteira percebeu que a presença de Lula abria oportunidade de negócios para empresários brasileiros fora do Brasil. Segundo ele, Lula nunca falava da Odebrecht - o que mostrava postura política e não empresarial.

Ele negou que Lula interferisse por negócios da Odebrecht ao visitar mandatários de outros países.

Por decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, as delações da Odebrecht foram retiradas do juiz Sergio Moro por não terem vínculo direto com a Petrobras. Além dos fundos de previdência, foram bloqueados também R$ 606 milhões em contas bancárias do ex-presidente. A ação da 1ª Vara de Execução Fiscal de São Paulo determinou bloqueio de R$ 1,280 milhão de contas da LILS e R$ 24,1 mil do Instituto Lula.

A defesa de Lula pediu ainda a liberação de 50% dos valores, que pertencem à meação com dona Marisa Letícia, que faleceu no ano passado. Moro determinou que o espólio ingresse com embargos para demonstrar o direito dela sobre os bens bloqueados. Nos imóveis bloqueados Moro já havia ressalvado que o bloqueio valia apenas para 50% do valor.

Os bens de Lula foram também bloqueados, em março passado, pela 1ª Vara de Execuções Fiscais da Justiça Federal de São Paulo.

Conexão Brasil-Angola

O PT divulgou uma nota sobre a denúncia da PGR contra Lula e Gleisi Hoffmann, por recebimento de propina da Odebrecht, em troca de uma linha de crédito Brasil-Angola no BNDES.

O texto diz que “o Ministério Público tenta criminalizar ações de governo citando fatos sem conexão e de forma a atingir o PT e seus dirigentes”.

A conexão é Brasil-Angola.



 

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Fonte:
O Antagonista/Poder360/O Globo

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