Financiamento via Plano Safra cresce 9,2% no acumulado na temporada 17/18 até março

Publicado em 26/04/2018 21:32

SÃO PAULO (Reuters) - Médios e grandes produtores rurais contrataram entre julho de 2017 e março deste ano 101,92 bilhões de reais em financiamentos ofertados pelo Plano Safra 2017/18, aumento 9,2 por cento em relação a igual período do ano anterior, informou o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira.

O montante representa 54,1 por cento do crédito disponibilizado pelo governo federal por meio do plano.

As instituições financeiras liberaram para operações de custeio, comercialização e industrialização 80,5 bilhões de reais e 21,4 bilhões de reais para investimentos.

As contratações feitas pela fonte Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) aumentaram 34,4 por cento, atingindo 15,6 bilhões de reais.

BC regulamenta fintechs de crédito e define limite de R$ 15 mil para novo modelo de empréstimo

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central regulamentou nesta quinta-feira as fintechs de crédito, que poderão atuar crédito, que poderão atuar como Sociedades de Crédito Direto (SCDs), realizando operações com recursos próprios, ou como Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP), que conectam investidores a tomadores de recursos.

Nessa segunda categoria, uma nova modalidade de empréstimo conhecida no mercado como "peer-to-peer lending", o financiamento terá limite de 15 mil reais de cada credor para devedor específico.

Isso não impede que determinada pessoa física contrate empréstimos superiores a esse montante, mas para tanto deverá necessariamente buscar outros credores, explicou o diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso.

A princípio, o limite com o qual o BC trabalhava no âmbito de consulta pública sobre o tema era de 50 mil reais. Segundo Damaso, a redução do valor partiu do pressuposto de que, nesse primeiro momento, o BC acha mais prudente "ir testando".

Tanto num modelo de fintech quanto em outro as instituições deverão atender a requisitos operacionais e prudenciais proporcionais compatíveis com o seu porte e perfil. Mas a expectativa do BC é que todas entrem a princípio no segmento de regras prudenciais mais simples, o chamado S5, para o qual vale o limite mínimo de capital de 1 milhão de reais.

"O que é muito comum é que (elas) começam com produtos de constituição simples e, conforme vão crescendo, vão demandando fazer outros tipos de operações que só vão ser permitidas nos segmentos 4 ou 3", disse Damaso.

O BC ressaltou ainda que o novo arcabouço para fintechs tem aplicação imediata.

"A gente com esse movimento tem expectativa de estar fomentando a inovação e a constituição de novas empresas no mercado de concessão de crédito no Brasil, o que a gente vê com bons olhos", acrescentou o diretor.

O BC já havia colocado em audiência pública no ano passado uma proposta de regulamentação para operações de crédito feitas por meio dessas plataformas financeiras independentes.

A iniciativa ocorre em meio à rápida expansão das fintechs, que buscam ofertar crédito mais barato do que na setor bancário usando modelos matemáticos que medem com maior assertividade o grau de risco dos clientes.

Segundo Damaso, de 10 a 30 empresas seriam contempladas num primeiro momento com essa regulação.

Concorrência de verdade no crédito vai começar, dizem fintechs após regulação do BC

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A regulamentação das fintechs de crédito aprovada nesta quinta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) deve intensificar a oferta de empréstimos com taxas menores, ampliando a concorrência com os grandes bancos, disseram executivos das plataformas de serviços financeiros.

“O volume movimentado pelo setor ainda é insignificante, mas isso deve começar a mudar”, disse à Reuters Bruno Poljkan, diretor da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), que tem 20 sócias. A entidade estima que, juntas, essas instituições geram algo em torno de 2 bilhões de reais em crédito por ano.

Uma consequência provável da regulação, segundo o sócio e presidente da Creditas, Sergio Furio, é que várias fintechs se preparem para ter uma atuação totalmente autônoma. Atualmente, para operarem, essas plataformas precisam de uma parceira com uma instituição financeira autorizada a operar pelo Banco Central.

Com a regulação, fintechs que tenham ao menos 1 milhão de reais em capital poderão buscar uma licença no BC para atuar como instituição financeira com regras mais simplificadas.

“As fintechs possam tomar a decisão entre manter as parcerias com instituições tradicionais ou alçar voos sozinhas”, afirmou Furio.

Outra consequência da regulação é que os volumes que as fintechs devem receber de grandes investidores internacionais, como fundos de private equity, tendem a crescer, segundo os empreendedores do setor.

“Os volumes de investimentos certamente devem crescer agora, porque o investidor fica mais seguro com um marco regulatório definido”, disse Poljkan é também diretor da Just, fintech de crédito do portal de finanças pessoais Guia Bolso, que recebeu 125 milhões de reais de investidores capitaneados pelo fundo sueco Vostok Emerging Finance, em outubro passado.

“A regulação deve ampliar o mercado de fintechs, uma vez que elas terão maior liberdade e o respaldo legal”, emenda Sandro Reiss, fundador e presidente da fintech de crédito pessoal Geru.

BC muda regras para rotativo e pagamento mínimo do cartão de crédito, juros médios devem cair

BRASÍLIA (Reuters) - O Conselho Monetário Nacional (CMN) editou resolução nesta quinta-feira para deixar a cargo dos bancos a definição do pagamento mínimo no cartão de crédito e disciplinar a cobrança de encargos, medida que terá como consequência prática a unificação das taxas do rotativo, com provável barateamento nos juros médios cobrados na modalidade.

Todas as mudanças entram em vigor em 1º de junho.

Hoje, os bancos cobram taxas variadas no caso de atraso no pagamento das faturas de cartão de crédito, como taxa de inadimplência ou taxa de saque, além da taxa do rotativo, acrescida de multa e de juros de mora.

Com a nova regra divulgada pelo Banco Central, essa cobrança será limitada apenas à taxa do rotativo, mais multa e juros de mora.

Ao mesmo tempo, o BC aboliu o percentual de pagamento mínimo da fatura, que antes era estabelecido por norma em 15 por cento. Esse patamar passará a ser estabelecido por cada instituição em função de sua política de crédito.

Segundo o diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso, não haverá com isso a distinção regulatória hoje existente entre o rotativo regular (quando é pago o valor mínimo da fatura) e o não regular (para quem não arca com este valor).

"O que vai vir diferente na nossa expectativa é que a taxa do rotativo não regular vai migrar para a taxa do rotativo regular", resumiu ele, reconhecendo que, com isso, deverá haver uma diminuição dos juros gerais para o cartão de crédito.

Em nota sobre o mercado de crédito divulgada mais cedo nesta quinta-feira, o BC apontou que a taxa média de juros do rotativo regular chegou em março a 243,5 por cento ao ano, ao passo que no rotativo não regular foi a 397,6 por cento ao ano.

O rotativo total, com isso, apresentou taxa média de 334,5 por cento ao ano.

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Fonte:
Reuters

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