Índices acionários da China avançam com promessas de Pequim de abertura do setor financeiro

Publicado em 11/04/2018 07:38

XANGAI (Reuters) - Os mercados acionários da China avançaram nesta quarta-feira, com o mercado recebendo bem a promessa de Pequim de abrir mais o setor financeiro do país a investidores estrangeiros, e com as preocupações sobre uma guerra comercial com os Estados Unidos mostrando sinais de abrandamento.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,29 por cento, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,56 por cento.

Os ganhos foram liderados pelas empresas dos setores bancário e imobiliário.

A China estabeleceu um cronograma mais claro nesta quarta-feira para abrir seu setor financeiro a mais investimentos estrangeiros até o final de 2018, conforme Pequim parece se defender das crescentes críticas dos Estados Unidos e de outros países de que limita injustamente a concorrência.

Isso aconteceu um dia depois de o presidente chinês, Xi Jinping, prometer abrir mais a economia para os investidores estrangeiros e reduzir tarifas de importação de produtos, incluindo carros, o que ajudou a acalmar os temores com a crescente disputa comercial com os Estados Unidos.

As agências globais de classificação de risco Moody's Investors Service e Fitch Ratings disseram nesta quarta-feira que as tarifas propostas pelos EUA terão impacto direto limitado sobre a economia chinesa e que uma solução negociada é mais provável.

No restante da região, a cautela com os laços comerciais entre China e EUA e o aumento das tensões na Síria marcou a sessão. Os EUA e seus aliados do Ocidente estaria discutindo uma possível ação militar devido um suposto ataque com gás venenoso na Síria, o que pode provocar uma resposta da Rússia.

O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha variação positiva de 0,05 por cento às 7:27(horário de Brasília).

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,49 por cento, a 21.687 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,55 por cento, a 30.897 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,56 por cento, a 3.208 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,29 por cento, a 3.938 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,27 por cento, a 2.444 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,43 por cento, a 10.974 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,39 por cento, a 3.479 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,48 por cento, a 5.828 pontos.

Inflação ao produtor e ao consumidor na China desacelera em março em sinal de enfraquecimento da economia

PEQUIM (Reuters) - A inflação ao produtor na China desacelerou para a mínima em 17 meses em março, provavelmente indicando enfraquecimento da demanda e sustentando as expectativas de arrefecimento do crescimento econômico este ano conforme as autoridades ampliam as restrições aos riscos financeiros.

A inflação ao consumidor também desacelerou com força uma vez que os efeitos da demanda forte devido ao feriado do Ano Novo Lunar em fevereiro acabaram, mostraram dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.

Os dados saem em meio a preocupações de que a disputa comercial entre a China e os Estados Unidos pode levar a pressões de preços nos próximos meses, embora muitos analistas acreditem que qualquer impacto sobre os preços ao consumidor seja limitado.

O índice de preços ao produtor subiu 3,1 por cento em março sobre o ano anterior, contra 3,7 por cento em fevereiro, informou a Agência Nacional de Estatísticas, refletindo em parte um efeito base alto do ano passado.

Com isso a inflação no portão das fábricas desacelera pelo quinto mês seguido, sustentando a visão de que o enfraquecimento da segunda maior economia do mundo é inevitável, diante do aumento dos custos de empréstimo e fraqueza do mercado imobiliário.

Analistas consultados pela Reuters esperavam uma inflação ao produtor em março de 3,2 por cento. Na comparação mensal, o índice caiu 0,2 por cento contra recuo de 0,1 por cento em fevereiro.

O índice de preços ao consumidor avançou 2,1 por cento sobre o ano anterior, bem abaixo das expectativas de alta de 2,6 por cento e ante 2,9 por cento em fevereiro, devido a quedas sazonais nos preços de alimentos, transporte e turismo.

Na base mensal, os preços ao consumidor recuaram 1,1 por cento, de alta de 1,2 por cento em fevereiro.

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Fonte:
Reuters

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