Bovespa recua acompanhando movimento externo e com noticiário corporativo no radar
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice acionário da B3 operava em território negativo nesta quarta-feira, com investidores adotando cautela em meio a um cenário externo de mais aversão a risco, em sessão marcada ainda por noticiário corporativo movimentado.
Às 11:10, o Ibovespa caía 0,49 por cento, a 83.395 pontos. Na mínima da sessão até o momento, o índice recuou 1,1 por cento e foi abaixo de 82 mil pontos. O giro financeiro era de 1,6 bilhão de reais.
A cautela com o exterior se deve à volta das preocupações com o aumento do protencionismo e com a possibilidade de uma guerra comercial, após os Estados Unidos sobretaxaram as importações de aço e alumínio.
"Políticas do governo (do presidente dos EUA, Donald) Trump... têm feito preço em setores sensíveis", escreveram os analistas da corretora Guide Investimentos, em nota a clientes, acrescentando que o setor tecnologia, devido à sua característica mais volátil, é um deles. "O receio de que Trump continue a colocar a 'América Primeiro' e aumente o protecionismo é algo que manterá os mercados internacionais voláteis."
DESTAQUES
- PETROBRAS PN recuava 1,49 por cento e PETROBRAS ON caía 1,16 por cento em dia negativo para os preços do petróleo no mercado internacional. A estatal anunciou nesta quarta-feira que fez hedge de parte de sua produção de petróleo prevista para este ano e que pretende concluir a hibernação das fábricas de fertilizantes em Sergipe e Bahia até 31 de outubro.
- VALE ON perdia 0,83 por cento, em sessão de baixa para o minério de ferro à vista na China.
- BRADESCO PN recuava 0,84 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN tinha baixa de 0,30 por cento, ajudando a pressionar o índice devido ao peso desses papéis em sua composição.
- SABESP ON caía 2,09 por cento após divulgar seu resultado do quarto trimestre, com números que segundo analistas vieram abaixo do esperado. A empresa reportou lucro líquido de 612,6 milhões de reais no período, queda de 35,3 por cento na comparação anual.
- MARFRIG ON avançava 1,07 por cento, tendo no radar o resultado do quarto trimestre, que mostrou o menor prejuízo líquido desde 2015 e alta de 24 por cento no resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).
- CPFL ENERGIA ON subia 1,31 por cento, liderando a ponta positiva do índice, após resultado do quarto trimestre que mostrou lucro líquido de 498 milhões, alta de 262,6 por cento na comparação anual.
(Por Flavia Bohone)
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