Mais de 3 mil objetos da Presidência sumiram em 5 anos (Poder360)

Mais de 3 mil objetos da Presidência sumiram de 2010 a 2015. O dado consta de sindicância do Palácio do Planalto. Na investigação, que deve ser prorrogada mais uma vez nesta semana, o governo tenta responsabilizar culpados e pedir ressarcimentos. Como o Poder360 mostrou no último dia 13, as apurações completam 2 anos sem divulgar resultado.

A investigação abrange 3.326 bens móveis, que deveriam estar em 13 unidades patrimoniais da Presidência. É o caso dos palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu. O sumiço apurado vai de 2010 a 2015. Isto é, do último ano do 2ª mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao 1º ano do 2º mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. As informações são da Secretaria Geral, ministério responsável pelas buscas.

O governo tem negado acesso à sindicância via Lei de Acesso à Informação, alegando que ela ainda não terminou. Segundo a Secretaria Geral, faltam diligências “fundamentais” para embasar o relatório em relação aos “supostos extravios”. A pasta ainda ressalta que a apuração tem “extensa amplitude” e que deseja adotar providências para cada 1 dos 3.326 utensílios não encontrados. As medidas podem incluir sanções disciplinares e até ressarcimento financeiro.

A sindicância foi aberta no fim da gestão Dilma, em março de 2016. Dali a 2 meses o Senado autorizaria a abertura do processo de impeachment e a afastaria do cargo. Mas a investigação da Presidência do paradeiro das peças só foi tornada pública em 17 de agosto, no governo interino de Michel Temer. Foi quando 1 faxineiro encontrou o broche da faixa presidencial debaixo de um armário, na sala do cerimonial. A joia do broche é cravejada com 21 brilhantes.

Desde então, a cada mês, houve vários pedidos internos de prorrogação. O mais recente aconteceu em 31 de janeiro deste ano. A expectativa é que nesta semana haja outra solicitação de tempo extra para as apurações.