Maia diz que se ampliar prazo para votação da reforma da Previdência, proposta não será votada nunca
Por Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que a votação da reforma da Previdência vai ocorrer neste mês, acrescentado se o prazo para isso for ampliado, a proposta não será votada nunca.
"Fevereiro, fevereiro (é o prazo final), se a gente ampliar o prazo, não vota nada. Fevereiro e ponto final, acho que tem tempo e todo mundo tem clareza do seu problema fiscal", disse Maia, em entrevista coletiva após a cerimônia que marcou a abertura do ano Legislativo.
Para Maia, a semana será de "solução", uma vez que o texto da reforma não está pronto. O governo avalia fazer novas concessões para garantir os votos necessários para aprovar a proposta.
O presidente da Câmara defendeu que se construa uma solução até a semana do 19 de fevereiro, dia agendado para iniciar a votação da proposta, e sugeriu trazer os governadores para esta solução.
Ele repetiu que "não havia os 308 votos" para aprovar a reforma, mas destacou que com diálogo poderá se construir um caminho.
Antes da cerimônia, Maia reuniu-se com 10 governadores que cobraram sugestões para melhorar as contas públicas. Ele disse que está sendo elaborado pelo economista Raul Velloso e por técnicos da Câmara uma proposta de criação de um fundo para ajudar em despesas previdenciárias.
"Acho importante que está acontecendo o diálogo, o tempo é curto, pode-se construir algum caminho para se avançar no lado das despesas para que a gente não conviva todo o ano com o mesmo problema, todo ano acaba governadores e prefeitos vindo à Brasília atrás de recursos", disse.
Questionado se houve o compromisso de os governadores apoiarem a reforma da Previdência, Maia disse apenas que está havendo diálogo. "(Você) está mais ansioso que eu (risos). Precisa ter paciência, eles têm interesse em resolver alguns temas", respondeu ele, a uma pergunta feita.
"Eles sabem que a questão previdenciária está fora de controle, para eles e para a União. Claro que a União tem a vantagem que pode emitir dívida, emitir dinheiro", acrescentou.
0 comentário
Dólar zera ganhos ante o real em sintonia com exterior
Índice de ações STOXX 600 toca nível mais baixo em 6 meses na Europa com temor de recessão nos EUA
Preço do diesel fecha julho em alta e alcança o maior preço médio do ano, aponta Edenred Ticket Log
BC da China pede que instituições informem diariamente detenção de títulos de longo prazo, dizem fontes
Wall Street afunda com crescentes temores sobre recessão nos EUA
Ibovespa recua 2% na abertura com aversão global a risco; Bradesco sobe após resultado