Minoria promete obstrução na Câmara contra Previdência e garante que governo não tem votos
BRASÍLIA (Reuters) - O líder da Minoria na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), prometeu nesta segunda-feira, pouco antes da abertura dos trabalhos do Legislativo, uma dura obstrução às votações na Casa até que a PEC da reforma da Previdência seja definitivamente retirada de pauta e garantiu que o governo está longe de obter os votos necessários para aprová-la.
O líder adiantou ainda que as centrais sindicais devem promover um ato contra a proposta na terça-feira e planejam mobilização nacional no dia 19 de fevereiro, data a partir da qual está prevista a votação da reforma.
“Temos trabalhado com as lideranças, com as dissidências... posso assegurar para o país que o governo não tem sequer 250 votos”, disse o líder a jornalistas. “Não é bravata.”
Segundo Guimarães, a oposição também deve ser reunir na terça-feira, para definir uma estratégia contra a reforma e contra outras pautas das quais discorda, caso do projeto sobre a privatização da Eletrobras e da matéria que trata do contingenciamento de recursos.
“A ideia é aumentar o tom”, avisou. “Vamos fazer o enterro simbólico da PEC no dia 19.”
O Congresso inicia nesta segunda-feira seus trabalhos, tendo como pano de fundo a expectativa em torno da reforma da Previdência, com votação prevista para a semana do dia 19 de fevereiro.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência precisa do voto favorável de pelo menos 308 entre os 513 deputados, em dois turnos de votação. Depois, também precisa ser analisada pelo Senado.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, em nota, que não pretende retirar a reforma da pauta da Casa antes do dia 20 de fevereiro, uma terça-feira, mas deixou em aberto a possibilidade de retirada após essa data.
A nota foi divulgada em resposta a uma reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual o presidente da Câmara pretende retirar a PEC de pauta diante da insuficiência de votos favoráveis. A ideia, diz a reportagem, seria transferir o fracasso pela não aprovação da medida ao Palácio do Planalto.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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