Dólar passa a operar com leves oscilações com fluxo
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar passou a registrar leves oscilações ante o real nesta segunda-feira, com profissionais apontando para fluxo de ingresso de recursos influenciando os preços em dia de volume um pouco mais fraco e agenda doméstica esvaziada.
Às 12:35, o dólar avançava 0,05 por cento, a 3,2352 reais na venda, depois de acumular perdas de 2,44 por cento na semana passada, anulando a alta de 1,99 por cento vista em 2017 todo.
Na máxima, a moeda foi a 3,2462 reais e, na mínima, a 3,2315 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,2 por cento.
"O mercado também pode estar antecipando o ingresso de recursos para alguma captação", acrescentou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado ao destacar que "o investidor não quer pagar muito caro pelo dólar, de olho no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
No próximo dia 24, o ex-presidente terá um recurso julgado em segunda instância na ação do tríplex no Guarujá que foi condenado em primeira instância. Se o recurso for negado, ele pode eventualmente ficar de fora das eleições à Presidência no final do ano.
O mercado avalia que Lula seria um candidato menos comprometido com o controle das contas públicas.
Até então, o dólar trabalhava sob influência do exterior, onde a moeda operava em alta ante uma cesta de moedas e também sobre divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
A moeda norte-americana também avançava sobre o euro, com os investidores realizando lucros após recente alta, embora os mercados permanecessem otimistas em relação às perspectivas para moeda única após dados fracos sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Também ajudavam no movimento externo as declarações à Reuters do presidente do Federal Reserve de São Francisco, John Williams, de que o banco central norte-americano deveria elevar as taxas de juros três vezes neste ano uma vez que a economia já forte receberá novo impulso a partir de cortes de impostos, podendo levar a instituição a agir de maneira mais ou menos agressiva, se necessário.
"Seguimos surfando o humor externo enquanto observamos a questão política versus ajuste fiscal por aqui", trouxe a corretora H.Commcor em relatório mais cedo.
Internamente, o mercado continuava atento aos esforços do governo para aprovar a reforma da Previdência em fevereiro na Câmara dos Deputados.
Na semana passada, o ministro da Secretaria de governo, Carlos Marun, disse que faltavam pelo menos 50 votos para o governo chegar ao mínimo necessário para a aprovação na Câmara dos Deputados.
"Internamente, o recesso no Congresso, que dura este mês inteiro, mantém os principais ativos com volatilidade limitada", trouxe a Correparti Corretora em relatório ao destacar o noticiário mais tranquilo nesta sessão.
(Edição de Patrícia Duarte)
0 comentário
Ações fecham em baixa e Nasdaq confirma correção com mais temores de recessão nos EUA
Após se aproximar de R$5,80, dólar perde força com exterior e fecha em baixa
Ibovespa flerta com 128 mil pontos, mas fecha em queda com receios sobre economia dos EUA
Conselho Eleitoral da Venezuela ratifica vitória de Maduro; oposição mantém solicitação de atas
Taxas futuras de juros desabam em sintonia com Treasuries e refletindo chance menor de alta da Selic
Kamala alcança número necessário de delegados para se tornar candidata presidencial democrata