Dólar termina a 1a. semana do ano em queda ante o real; Poupança volta a captar forte

Publicado em 05/01/2018 17:43 e atualizado em 05/01/2018 18:42
Dólar reduz alta ante real após dados fracos de emprego nos EUA

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar reduziu a alta contra o real nesta sexta-feira após relatório sobre mercado de trabalho dos Estados Unidos mais fraco do que o esperado, em um dia de correção após quedas recentes.

Às 12:24, o dólar avançava 0,21 por cento, a 3,2408 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,2281 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,17 por cento.

Nos últimos três dias a moeda norte-americana acumulou queda de 2,43 por cento contra o real, o que abre espaço para alguma correção neste pregão, em linha com o avanço da moeda no exterior.

"O relatório (de emprego nos EUA) enfraquece a possibilidade de altas adicionais de juros nos Estados Unidos (além do que já está precificado)", explicou o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.

Em dezembro, a economia dos EUA abriu 148 mil vagas fora do setor agrícola, abaixo das 190 mil esperadas por economistas. Mas uma aceleração no aumento salarial indicou força do mercado de trabalho que pode abrir caminho para o Federal Reserve elevar a taxa de juros em março.

Após os dados, operadores mantiveram as apostas de que o banco central dos EUA vai elevar os juros duas vezes neste ano.[L1N1P00PI]

O dólar subia ante uma cesta de moedas após o relatório, embora com menos vigor, e avançava ante divisas de países emergentes, como o peso chileno e o rand sul-africano.

Internamente, os investidores continuavam monitorando as articulações do governo para aprovar a reforma da Previdência, cuja votação está marcada para meados de fevereiro na Câmara dos Deputados.

Na véspera, o ministro da secretaria de Governo, Carlos Marun, disse à Reuters que ainda faltavam 50 votos para aprovar a matéria.

Temer veta Refis para micro e pequenas empresas mas negocia retomada do projeto com Congresso

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer vetou integralmente o projeto que permitia o parcelamento das dívidas das pequenas e micro empresas, chamado de Refis do setor, sob a alegação de que a proposta fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, informou o Palácio do Planalto.

De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos --que chegara a pedir pelo projeto em uma cerimônia com o presidente no Palácio do Planalto--, Temer explicou que faltava ao projeto a previsão da renúncia fiscal e da compensação das receitas, o que faria com que fosse inconstitucional.

Chamado por Temer a seu escritório para ouvir a explicação sobre do veto, Afif diz que o presidente explicou que pedirá à equipe econômica que faça na próxima semana os cálculos necessários para serem incluídos no Orçamento, para que então o veto possa ser derrubado pelo Congresso.

"Para sancionar ficou um problema de uma inconstitucionalidade, de ser incurso na Lei de Responsabilidade Fiscal. O que vai acontecer é que na segunda ele vai chamar o ministro da Fazenda para fazer esse cálculo das perdas e fazer uma combinação com o Congresso para resolver", disse Afif.

O projeto que permitia o parcelamento das dívidas foi aprovado em dezembro pelo Congresso. O texto aprovado permitia que as empresas parcelassem as dívidas com o Simples Nacional em até 180 parcelas com desconto de até 90 por cento de juros e multas, uma cópia do Refis para grandes empresas.

A renúncia fiscal prevista, de acordo com a Receita Federal, seria próxima a 8 bilhões de reais em 10 anos.

"Mas esses números a Receita larga e ninguém consegue comprovar", questionou Afif. Segundo o presidente do Sebrae, mais de 400 mil micro e pequenas empresas foram notificadas para renegociar suas dívidas --em condições piores que as aprovadas pelo Congresso-- até o final deste mês, ou teriam que ser fechadas.

No final de novembro, depois de uma reunião no Planalto, o presidente do Sebrae afirmou à imprensa que Temer havia se comprometido a sancionar o projeto.

Poupança tem captação líquida de R$17,127 bi em 2017, maior desde 2014, diz BC

BRASÍLIA (Reuters) - A caderneta de poupança registrou entrada líquida de 19,373 bilhões de reais em dezembro, fechando 2017 com ingresso de 17,127 bilhões de reais, o melhor dado anual em três anos, divulgou o Banco Central nesta sexta-feira.

Com isso, a poupança voltou ao campo positivo após ter registrado fortes saídas em 2016 e 2015. Em 2014, o ingresso havia sido de 24,034 bilhões de reais.

No ano passado, houve entrada de 14,775 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e de 2,352 bilhões de reais na poupança rural. Isso ocorreu na esteira da gradual recuperação da economia após dois anos de profunda recessão.

Além disso, iniciativas como a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a liberação do PIS/Pasep para idosos ajudaram a aumentar os recursos disponíveis para os trabalhadores, em ano marcado por inflação baixa e juros também menores.

Segundo a Caixa Econômica Federal, os saques das contas inativas do FGTS somaram sozinhos cerca de 44 bilhões de reais em 2017.

O dado de dezembro foi o melhor para o mês da história. Até então, o maior resultado havia sido obtido em dezembro de 2013, quando os depósitos superaram os saques em 11,202 bilhões de reais.

No último mês do ano, a entrada foi de 14,958 bilhões de reais no SBPE, enquanto na poupança rural o resultado ficou no azul em 4,415 bilhões de reais.

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Fonte:
Reuters

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