Sem reforma da Previdência, teremos de cortar gastos, inclusive emenda parlamentar, diz Meirelles

Publicado em 14/12/2017 10:49

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira que a reforma da Previdência precisa ser aprovada para evitar que o governo tenha de fazer mais cortes de gastos, incluindo para emendas parlamentares, claro sinal à ala do Congresso Nacional que resiste a dar apoio à matéria.

"Isso (não aprovação da reforma) vai evidentemente restringir de uma forma gravíssima investimentos em educação, em segurança, saúde etc. E emendas parlamentares também", afirmou ele a jornalistas.

O governo do presidente Michel Temer tem usado com força a máquina pública para tentar garantir votos favoráveis suficientes à reforma da Previdência, inclusive liberando mais recursos a parlamentares. Mas não tem tido sucesso na empreitada, após usar recentemente boa parte de sua rede política para barrar denúncias contra ele no Congresso Nacional.

Meirelles votou a afirmar que o governo continuava trabalhando para que a reforma seja aprovado na próxima semana na Câmara dos Deputados, mas que, se isso não ocorrer, esperava que a votação acontecesse no início de 2018.

Na véspera, o Palácio do Planalto, a equipe econômica e seus principais interlocutores no Congresso precisaram montar uma operação de redução de danos para tentar mostrar que ainda não havia definição sobre a votação da reforma da Previdência, após o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ter dito no final da tarde que a apreciação da proposta vai ficar para fevereiro de 2018.

Os mercados financeiros têm reagido com pessimismo a esse cenário, com o dólar em alta e encostando no patamar de 3,35 reais e bolsa de valores em queda.

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Adario da mata Frutal - MG

    Que tal cortar pela metade os salários dos deputados, senadores, ministros, eliminar todos auxílios isto e aquilo, pois o Brasil real ( trabalhadores e pagadores de impostos) não tem nenhum auxílio, além de nós nos sustentarmos, ainda pagamos altos impostos...

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Cortar salario não pode,, mas podem taxar de outra forma so' para corrigir essas enormes diferenças com o setor privado

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