Mercado vê preços administrados mais altos em 2017 e corte de 0,75 p.p. nos juros esta semana

Publicado em 23/10/2017 08:12

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SÃO PAULO (Reuters) - A perspectiva de economistas para a alta dos preços administrados neste ano subiu com força e levou as projeções de inflação de volta à meta do governo, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central nesta segunda-feira, com o mercado batendo o martelo na redução do ritmo de cortes da Selic nesta semana.

A projeção de alta do IPCA em 2017 foi a 3,06 por cento, contra 3 por cento anteriormente, terceira semana seguida de aumento e que levou a estimativa de volta à meta. As contas para os preços administrados subiram a 6,82 por cento, sobre 6,66 por cento antes, reflexo dos ajustes recentes nos preços dos combustíveis e da energia elétrica como consequência da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha nível 2.

Para 2018, os economistas consultados mantiveram a perspectiva de alta do IPCA de 4,02 por cento, com os preços administrados subindo 4,8 por cento. A meta de inflação para ambos os anos é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O IPCA-15 acumulou nos 12 meses até outubro alta de 2,71 por cento, voltando a acelerar após dois meses de fraqueza contínua. Na comparação mensal, o índice subiu 0,34 por cento, pressionado pelos preços de combustíveis e gás de botijão.

Para a política monetária, o Focus manteve a projeção de corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros na reunião desta semana do BC. Após quatro cortes de 1 ponto percentual e com um BC que indica encerramento gradual da flexibilização monetária, a Selic está atualmente em 8,25 por cento. Para este ano e o próximo, a expectativa é de que a taxa terminará a 7 por cento.

Essa continua sendo também a expectativa do Top-5, grupo que mais acerta as previsões no Focus.

Para a economia, a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 foi ajustada para cima em 0,01 ponto percentual, a 0,73 por cento, enquanto que para 2018 foi mantida em 2,5 por cento.

(Por Camila Moreira)

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Fonte:
Reuters

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