Barroso segue Fachin e vota a favor de STF decretar medidas cautelares sem aval do Congresso

Publicado em 11/10/2017 16:26

LOGO REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou a posição do relator Edson Fachin e votou nesta quarta-feira a favor da possibilidade de a corte adotar quaisquer medidas cautelares contra parlamentares, como o afastamento deles do mandato, sem a necessidade de qualquer autorização posterior da Câmara ou do Senado.

Para Barroso, deputados e senadores podem, sim, ser alvos de medidas cautelares. Ele destacou que esse tipo de restrição é diferente da decretação de uma prisão, que, pela Constituição, é proibida para parlamentares, exceto nos casos de cometimento de detenção em flagrante em crime inafiançável.

Segundo o ministro, há duas medidas cautelares aplicadas contra parlamentares que têm gerado incompreensões. Ele afirmou que uma delas é o afastamento cautelar das funções, uma medida "excepcionalíssima". A outra medida, disse, é o recolhimento noturno de um investigado.

"A ideia de que o poder Judiciário não pode exercer o seu poder cautelar para impedir o cometimento de um crime em curso é a negação do Estado de direito, significa dizer que o crime é permitido. Eu não quero viver num país assim", afirmou Barroso.

O placar do julgamento está em dois votos a um a favor de o STF decretar medidas cautelares sem necessidade de aval do poder Legislativo. A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, anunciou um novo intervalo no julgamento.

(Por Ricardo Brito)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário