Dólar sobe e opera a R$ 3,31 com risco político após denúncia contra Temer
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subia e trabalhava no nível de 3,31 reais nesta terça-feira em reação à denúncia criminal apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, alimentando temores de que o andamento das reformas no Congresso Nacional será afetado.
Às 11:54, o dólar avançava 0,45 por cento, a 3,3165 reais na venda, depois de marcar a máxima a 3,3291 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,50 por cento.
"O fatiamento (da denúncia) é ruim porque pode atrasar ainda mais as votações das reformas", afirmou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.
Janot ofereceu denúncia contra Temer e o ex-assessor presidencial e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo crime de corrupção passiva a partir da delação dos executivos da JBS. É a primeira vez que um presidente é denunciado criminalmente pela PGR no exercício do cargo.
Além disso, o chefe do Ministério Público Federal decidiu fatiar as acusações contra o presidente, sendo essa a primeira. Temer também foi investigado por crime de obstrução de Justiça e organização criminosa.
Em meio a uma esperada sucessão de denúncias, o governo pode passar mais tempo se defendendo politicamente, deixando em segundo plano os esforços para aprovar as reformas no Legislativo, sobretudo a da Previdência.
"A tendência é de desvalorização do real, já que a chance de passar a reforma da Previdência é cada vez menor", afirmou Gonin.
O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em julho. Com isso, já rolou 6,150 bilhões de dólares do total de 6,939 bilhões de dólares que vence no mês que vem.
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