PF vê indícios de corrupção passiva de Temer e pede mais prazo para conclusão
SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal devolveu parte do inquérito contra o presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF), e pediu ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na corte, mais prazo para concluir a investigação.
Fachin havia dado prazo até o domingo para a PF concluir o inquérito em que Temer é investigado por suspeita de corrupção passiva, participação em organização criminosa e obstrução da Justiça. O caso é um desdobramento da delação premiada de executivos da J&F, holding que controla a JBS.
Esse prazo havia sido dado pelo ministro na semana passada. Uma das principais peças da investigação é uma perícia em um áudio entregue pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, no qual gravou uma conversa com Temer.
No diálogo, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, Temer teria dado aval a Joesley Batista para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e também indicado seu ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) como intermediário dos interesses do grupo empresarial junto ao governo.
Loures está preso após ser alvo de ação controlada da PF na qual foi filmado carregando uma mala com 500 mil reais entregues por Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais da J&F.
Caberá a Fachin decidir se prorroga o prazo para que a PF conclua o inquérito.
(Reportagem de Eduardo Simões)
0 comentário
Ações sobem após dados de inflação, mas acumulam queda na semana
Dólar cai após BC vender US$7 bi e Senado aprovar pacote fiscal
Taxas futuras de juros voltam a ceder com aprovação do pacote fiscal e comentários de Lula
Transição com Galípolo mostra que BC técnico permanece, diz Campos Neto
Ações europeias têm pior semana em mais de três meses, com queda no setor de saúde
Presidente do Fed de NY diz que BC dos EUA segue no caminho certo para cortes de juros