Petróleo cai mais de 3% nesta 4ª feira e baixas pesam sobre as agrícolas

Publicado em 19/04/2017 15:38

Nesta quarta-feira (19), os futuros do petróleo no mercado internacional chegaram a perder mais de 4%, caindo para suas mínimas em duas semanas. A pressão severa sobre as cotações chegou junto de um relatório que mostrou um aumento nos estoques de gasolina dos Estados Unidos pela primeira vez em nove semanas, diante de um crescimento da produção de petróleo. 

Por volta das 15h30 (Brasília), o WTI perdia 3,87% em Nova York para US$ 50,38 por barril, enquanto o Brent, negociado em Londres, cedia 3,68% para US$ 52,87. 

Na semana passada, os estoques de gasolina subiram 1,54 milhão de barris, surpreendendo os analistas pesquisados pela agência internacional de notícias Bloomberg, os quais projetavam uma queda de 2 milhões de barris pela Administração de Informação de Energia (EIA) do país. 

No mesmo período, porém, os estoques de petróleo caíram 1,03 milhão de barris na última semana, para 532,3 milhões, ainda de acordo com os dados da agência reportados nesta quarta. A produção norte-americana alcançou seu nível máximo desde agosto de 2015. 

Ainda segundo analistas ouvidos pela Bloomberg, os preços ampliaram suas baixas frente também à alta do dólar na sessão de hoje, e o movimento da moeda americana e mais o do petróleo respingaram em outras commodities, inclusive algumas das agrícolas. Por volta das 15h20 (horário de Brasília), os futuros do trigo perdiam quase 1% em Chicago, enquanto os do café arábica em Nova York perdiam mais de 3% na posição julho/17 e o açúcar, mais de 2% no maio/17. O cacau, também negociado em Nova York, caía mais de 4%. 

"O petróleo se relaciona com o preço do açúcar porque está ligado ao preço da gasolina, que interfere na competitividade do consumo do etanol", explica o professor Marcos Fava Neves, da Faculdade de Economia e Administração da USP, em entrevista ao Notícias Agrícolas. 

Entretanto, Fava Neves explica que, no caso do açúcar, esses preços do açúcar não refletem de fato uma tendência, mas um comportamento pontual com esse impacto mais severo das baixas intensas do petróleo nesta quarta-feira. 

"Tivemos essa queda, mas acho que o preço médio este ano deve ficar entre 16,50 a 18 cents de dólar por libra-peso, porque vamos ter um problema que a safra brasileira de cana tem expectativas que começaram a cair, provavelmente não chegaremos a 600 milhões de toneladas. Então, eu não veria com pânico esses preços, acredito que isso é, mais ou menos, um piso", diz.

Com informações da Bloomberg. 

Leia mais:

>> Petróleo perto de mínima de 2 semanas com queda nos estoques

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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