China diz não ter intenção de usar desvalorização cambial para sua vantagem
PEQUIM (Reuters) - A China afirmou nesta sexta-feira que não tem a intenção de usar a desvalorização cambial para sua vantagem no comércio, respondendo a uma afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o país é o "grande campeão" da manipulação cambial.
Trump afirmou em uma entrevista à Reuters na quinta-feira que não voltou atrás em sua avaliação de que a China manipula o iuan, horas depois de seu novo secretário do Tesouro ter prometido uma abordagem mais metódica ao analisar as práticas cambiais de Pequim.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse esperar que os EUA possam ver de "forma detalhada e correta" a questão do câmbio.
"A China não tem intenção de buscar vantagens comerciais através de uma desvalorização intencional do iuan. Não há base para a contínua desvalorização do iuan", disse ele em entrevista à imprensa.
"Se você coloca o rótulo de 'grande campeã' para a China, então acho que a China é uma grande campeã. Mas somos grandes campeões do desenvolvimento econômico", acrescentou.
O Ministério das Relações Exteriores não interfere na política cambial, mas é o único departamento do governo que realiza entrevista diária com repórteres estrangeiros.
O banco central da China não respondeu a um pedido para que comentasse o caso.
Trump tem frequentemente acusado a China de manter sua moeda artificialmente baixa contra o dólar para tornar as exportações chinesas mais baratas, "roubando" empregos da indústria norte-americana.
(Reportagem de Ben Blanchard)
0 comentário
Wall Street fecha em alta, enquanto Dow Jones e S&P 500 atingem picos em uma semana
Ibovespa fecha em queda com ceticismo do mercado sobre pacote fiscal
Putin diz que a guerra na Ucrânia está se tornando global
Dólar fecha em alta de 0,76% em meio à escalada do conflito Rússia-Ucrânia
Taxas futuras de juros caem em dia de movimentos técnicos no Brasil e alta de yields no exterior
Bolsonaro diz que "começa a luta" na PGR após ser indiciado por golpe de Estado