Na Veja: Lava-Jato rastreia dinheiro para senadores do PMDB

Publicado em 11/11/2016 16:09

Enquanto o Congresso tenta, em várias frentes, estancar a sangria desatada pelo escândalo do petrolão, a Operação Lava-Jato avança em direção à alta cúpula do PMDB no Senado. Investigadores rastrearam operações financeiras suspeitas de um lobista influente em Brasília que podem atingir em cheio lideranças peemedebistas. Documentos sigilosos da Procuradoria-Geral da República, obtidos por VEJA, revelam que foram coletados “diversos elementos de prova da atuação de Milton de Oliveira Lyra Filho, diretamente ou por meio de pessoas jurídicas, como intermediário de propina e lavagem de dinheiro para senadores do PMDB, nomeadamente Eunício Oliveira, Renan Calheiros,  Romero Jucá, Valdir Raupp e Edison Lobão”.

De acordo com procuradores da Lava-Jato, há indícios de que esse grupo de senadores do PMDB tenha se beneficiado de desvios de dinheiro da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e de fraudes nos investimentos realizados pelo Postalis, fundo de pensão dos trabalhadores dos Correios. Os elo entre um esquema e outro, segundo os investigadores, é o empresário Milton Lyra, apontado como o operador do presidente do Congresso Renan Calheiros (PMDB-AL) e lobista com bom trânsito entre senadores peemdebistas.

Dono de uma rede de empresas em Brasília, Lyra realizou diversas movimentações financeiras atípicas com companhias enroladas na teia da Lava-Jato. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de inteligência ligado ao Ministério da Fazenda, revela que a Credpag Serviços Financeiros, controlada pelo lobista, recebeu diversos recursos suspeitos. Uma parte deles foi transferida pela DM Web Technology, ligada a Rodrigo Brito, filho de Fernando Brito, que foi sócio da AP Energy. De acordo com a delação de dois executivos da construtora Camargo Corrêa, a AP Energy, sediada num endereço que abriga dezenas de companhias num escritório de fachada, foi utilizada pela empreiteira para repassar propinas da construção da usina de Belo Monte para o senador Edison Lobão (PMDB-MA). Além do ex-ministro de Minas e Energia, Renan, Romero Jucá (PMDB-RR), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Valdir Raupp (PMDB-RO) também estão sendo investigados por suspeitas de corrupção na obra de Belo Monte.

Leia a notícia na íntegra no site da Veja

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Veja

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    A democracia no Brasil é tão boa, que os criminosos tem poder de votar leis que vão beneficiar unica e exclusivamente a eles mesmos. Esses aí são os que estão querendo a lei do "abuso de autoridade", querem a manutenção do "foro privilegiado", e o fim das delações premiadas. O Brasil é uma tirania há muito tempo e os brasileiros continuam fingindo que não.

    0
    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Esqueci do projeto que anistia o crime de caixa dois...http://radiovox.org/2016/11/07/marcelo-odebrecht-diz-que-jose-serra-recebeu-r-23-milhoes-via-caixa-dois/

      0
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sei que novos investimentos estão proibidos, mas seria de grande valia construir um presidio de segurança máxima com mais de MIL vagas para abrigar essa quadrilha que o STF julgou que não era no "mensalão". TEM QUE PRENDER DE MAMANDO A CADUCANDO !!!... Quando digo isso falo dos cargos hierárquicos que os meliantes ocupam...

      0
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Ah! ... Exigir dos advogados que os representam, os valores cobrados e qual é a fonte pagadora... O DINHEIRO DO CRIME DEVE SER TODO CONFISCADO !!!

      0