Mercados dos EUA desabam 5% e acionam "circuit-break", Ásia despenca e índice do medo avança 42% com vitória de Trump

Publicado em 09/11/2016 06:30

SÃO PAULO - Os mercados entraram em pânico durante a madrugada  e a manhã desta quarta-feira (9) com a disputa apertada nos EUA, registrando perdas ainda maiores e um cenário de verdadeiro caos após a notícia de que o republicano Donald Trump conseguiu o número de votos necessários e é o novo presidente dos EUA.

Trump teve vitórias surpreendentes sobre Hillary em estados-chave, o que abalou os mercados globais que contavam com uma vitória da democrata. Segundo a CNN, Hilary ligou para Trump para admitir a derrota e parabenizá-lo pela vitória. De acordo com as projeções do canal, Trump já tem garantidos 288 votos no colégio eleitoral, contra 215 de Hillary Clinton. O canal projetou vitórias do republicano no Arizona, em Wisconsin e na Pensilvânia.

Os índices futuros americanos do S&P 500 e do Nasdaq chegaram à variação máxima de queda de 5% da CME, que confirmou que os índices não podem negociar abaixo desse porcentual até às 12h30 (horário de Brasília), quando abrem as bolsas nos EUA: o Dow Jones futuro tinha baixa de 3,54%. Já o contrato futuro do VIX (VIXX6), considerado o "índice do medo", disparava 42,35%, a 22,70. O VIX negocia a volatilidade das 500 ações mais negociadas na Bolsa de Nova York e tende a disparar em momentos de turbulência nos mercados financeiros. 

Leia a notícia na íntegra no site Infomoney.

Mercados chineses fecham em baixa com preocupação por eleição nos EUA

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XANGAI (Reuters) - As bolsas da China fecharam em baixa nesta quarta-feira diante das preocupações com uma vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos.

As bolsas fecharam antes da confirmação da vitória do republicano, mas ainda assim o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,52 por cento e o índice de Xangai teve queda de 0,61 por cento, para 3.128 pontos.

Os mercados globais apostaram na vitória de Hillary Clinton, mas cada nova pesquisa de boca de urna nos Estados Unidos mostrava como a corrida estava apertada, levando os investidores para ativos seguros.

Mas as quedas nas ações da China --tipicamente protegidas da volatilidade do mercado global por fortes controles de capital-- foram mais fracas, em meio a dados mostrando recuperação nos preços ao produtor do país.

Nesta manhã, o republicano Donald Trump surpreendeu o mundo ao derrotar a favorita Hillary Clinton na eleição presidencial dos Estados Unidos, encerrando oito anos de governos democratas e colocando os EUA em um novo e incerto caminho.

Ativos de emergentes recuam com vitória de Trump nos EUA

LONDRES (Reuters) - Os ativos de mercados emergentes caíam de forma generalizada nesta quarta-feira, com as ações atingindo mínimas de três anos e os spreads de títulos crescendo após o republicano Donald Trump vencer a eleição presidencial nos Estados Unidos.

O índice acionário de emergentes do MSCI chegou a recuar 3,25 por cento, atingindo o nível mais baixo em pouco mais de três meses.

O peso mexicano, considerado um termômetro do mercado sobre a Presidência de Trump, enfraqueceu mais de 13 por cento e chegou à mínima recorde de 20,77 pesos por dólar, antes de reduzir as perdas e ser negociado com queda de cerca de 9,3 por cento, a 20,015 pesos por dólar.

(Reportagem de Karin Strohecker)

Agência Brasil: Bolsas europeias abrem em forte baixa após eleição de Trump

A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos está tendo forte impacto nos mercados de todo o mundo nesta quarta-feira (9). A Bolsa de Valores de Milão abriu em forte baixa de 3,47%, batendo apenas 16.230 pontos, com uma grande queda nas ações de bancos, como o MPS, que caiu 11,4%.

O mesmo acontece nos mercados de Paris, com queda de 2,8%, Londres, com queda de 1,6%, e Frankfurt, com baixa de 2,9%, na abertura dos negócios. A maior baixa é sentida em Madri, com a bolsa despencando 3,82%. Segundo analistas, a previsão é que o mercado se mantenha no vermelho durante todo o dia.
   
Mesmo fechando antes do resultado eleitoral, mas com base nas projeções que já apontavam Trump como eleito para a Casa Branca, os mercados da Ásia também fecharam em forte queda.

O índice Nikkei, no Japão, fechou no vermelho em 5,36%, sendo o pior número desde que os britânicos optaram por deixar a União Europeia, no dia 24 de junho. Já na China, a Bolsa de Xangai fechou em -0,7%, de Hong Kong em -2,3% e em Sidney -2,4%.

Reuters: Peso mexicano desaba com preocupações por vitória de Trump

Por Michael O'Boyle e Noe Torres

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O peso mexicano desabou após o republicano Donald Trump ter desafiado as previsões e derrotado a democrata Hillary Clinton na disputa pela Presidência dos Estados Unidos, em uma vitória que abalou os mercados globais nesta quarta-feira.

As ameaças de Trump de acabar com um acordo de livre comércio com o México e taxar o dinheiro enviado pelos imigrantes para pagar pela construção de um muro na fronteira entre os países tornaram o peso particularmente reativo aos acontecimentos na disputa pela Casa Branca.

O peso enfraqueceu mais de 13 por cento no after-market do México, ultrapassando a barreira dos 20 pesos por dólar, maior queda desde a Crise da Tequila em 1994.

A moeda mexicana reduziu as perdas e caiu cerca de 8,5 por cento, a 19,875 por dólar no início da quarta-feira, depois que Hillary admitiu a vitória de Trump em uma ligação telefônica.

O banco central do México convocou uma entrevista à imprensa conjunta com o Ministério das Finanças para as 11:00 (horário de Brasília).

"Há muito pânico no mercado, é definitivamente um resultado que não se estava esperando", disse o estrategista do Banorte-IXE, Juan Carlos Alderete. "Os movimentos são muito fortes, o mercado está mostrando maior aversão ao risco em busca de ativos seguros."

Três economistas disseram à Reuters que esperam que o banco central mexicano eleve a taxa de juros nesta quarta-feira com a vitória de Trump, enquanto um deles disse que o banco pode optar por um swap com o Federal 

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Fonte:
Reuters + Infomoney

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