Bovespa fecha em alta com ações da Vale, mas exterior limita ganho
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira, com as ações da Vale entre as maiores altas, enquanto o cenário externo sem direção definida limitou uma recuperação mais forte no pregão brasileiro.
O Ibovespa subiu 0,42 por cento, a 57.059 pontos. O volume financeiro somou 6,78 bilhões de reais, ajudado pelo vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa.
Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de 3 por cento, na mínima em mais de um mês, pressionado por um movimento de aversão a risco global que também derrubou bolsas e commodities no exterior.
No exterior, os preços do petróleo recuaram, em meio a preocupações sobre a demanda, com o aumento acima do esperado nos estoques de derivados nos Estados Unidos ofuscando a queda inesperada nas reservas de petróleo.
Wall Street fechou com o S&P 500 com variação negativa de 0,06 por cento, abandonando ganhos verificados em boa parte da sessão, conforme o petróleo pressionou as ações de energia, enquanto o Nasdaq subiu 0,36 por cento.
Também no radar esteve a decisão do Ministério Público Federal de denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outras pessoas, por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
DESTAQUES
- VALE avançou 2,24 por cento nas preferenciais e 2,27 por cento nas ordinárias, apesar da queda nos preços do minério de ferro à vista na China, corrigindo parte do declínio verificado pelas ações da mineradora na terça-feira.
- CIELO subiu 2,03 por cento, recuperando-se da perda de 2 por cento da véspera. A associação das empresas de meios eletrônicos de pagamento, a Abecs, mostrou alta de 7,2 por cento no valor transacionado com cartões de crédito e débito no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2015.
- PETROBRAS fechou em alta de 0,77 por cento nas ações preferenciais e de 0,88 por cento nas ordinárias, também ajustando-se a fortes perdas na véspera, apesar da fraqueza dos preços do petróleo.
- JBS cedeu 0,17 por cento, após sessão volátil. O grupo J&F, dono da companhia de alimentos, aceitou apresentar garantia à Justiça de 1,518 bilhão de reais para liberar os irmãos Joesley e Wesley Batista para comandar empresas do grupo.
- KROTON caiu 1,41 por cento, pesando no Ibovespa. A companhia de ensino está em processo de fusão com a rival ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES, que recuou 0,77 por cento.
- HYPERMARCAS encerrou estável, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar, mediante condições, a operação de venda da divisão de preservativos da fabricante de fármacos e produtos de consumo para o grupo britânico Reckitt Benckiser.
- OI, que não faz parte do Ibovespa, fechou em queda de 3,25 por cento nas ordinárias e de 0,68 por cento nas preferenciais, após sessão volátil, depois de acordo entre Pharol e Société Mondiale para encerrar disputas sobre o futuro do grupo. As ações não estão no Ibovespa.
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