Senado concede aposentadoria a Aloizio Mercadante (na VEJA)

Publicado em 14/07/2016 17:06
Por: Severino Motta, NO radar on line (veja.com.br)

O Senado concedeu aposentadoria proporcional ao ex-senador petista Aloizio Mercadante. Ele receberá 15 400 reais mensais.

Mercadante tem 62 anos e foi senador pelo estado de São Paulo de 2003 a 2011.

(Atualização – A assessoria de Mercadante entrou em contato com o Radar e disse que ele também computou seu tempo como professor e deputado federal para obter a aposentadoria).

Mercadante: barrado de novo

E o salário ó...

 

Boulos quer esquerdas nas ruas em 31 de julho, mesmo dia de protesto pró-impeachment

Na condição de defensor do impeachment de Dilma, de critico severo das esquerdas, de apoiador de uma agenda liberal, de entusiasta das privatizações, quero aqui fazer um agradecimento público a Guilherme Boulos, o chefão do MTST.

Mais do que isso! Anuncio: “Estamos juntos, companheiro! Conto com você para levar às ruas milhares de pessoas que pensam como eu. Sem a inestimável colaboração das esquerdas e sua contribuição milionária — ou melhor: bilionária — para todos os erros, não teríamos ido tão longe. Não fossem vocês, é pouco provável que conseguíssemos nos livrar de Eduardo Cunha e Dilma Rousseff a um só tempo”.

Por que isso tudo? Já explico. Antes, algumas considerações.

Grupos que fizeram a defesa do impeachment de Dilma — como MBL (Movimento Brasil Livre), Vem Pra Rua e Nas Ruas — marcaram um protesto, que eu diria propositivo, para o dia 31 de julho, que é, como de hábito com gente ocupada, um domingo.

Chamo de protesto propositivo porque, com efeito, estarão nas ruas para reforçar o seu apoio ao impeachment, mas também para apresentar reivindicações ao governo Temer. O MBL quer, entre outras coisas, que o Planalto encampe a defesa do fim do foro especial por prerrogativa de função — tese que não aprovo, diga-se —, a privatização dos Correios e da Petrobras e a expulsão da Venezuela do Mercosul. Apoio e aplaudo.

O Vem Pra Rua vai marchar em defesa da Lava Jato e em apoio às 10 Medidas Contra a Corrupção propostas pelo Ministério Público — noto: algumas são boas; outras são fascistoides. Mas não entro agora no mérito das minhas divergências com os movimentos.

O fato é que eles são, sim, defensores do impeachment e de sua legalidade e legitimidade. Vão às ruas para deixar claro ao Senado que estão vigilantes — afinal, sabem que não é tarefa trivial conquistar ali pelos menos 54 votos —, mas também cobrar avanços na agenda que saiu vitoriosa nas ruas — já que Dilma destruiu aquela que venceu nas urnas.

É claro que as ruas estão um tantinho frias, não é? Vivemos um mês de férias escolares. Poucos acreditam que Dilma possa voltar, e o governo Temer, dada a sua natureza, não é do tipo estridente, que convoca manifestações passionais — nem contrárias, é bom notar.

Eu estava até um pouco temeroso, sabem?, de que a manifestação pudesse ser meio acanhada, a despeito do esforço valoroso desses grupos. Mas tudo mudou.

Fico sabendo que Gilherme Boulos e seus amiguinhos de esquerda decidiram, ora vejam!, do alto de sua conhecida irresponsabilidade, convocar uma manifestação para o mesmo dia 31. Lembrando seus tempos de burguesinho birrento, preferido das tias, Boulos raciocina:
“Ninguém é dono da rua. Nós temos direito de manifestação e vamos exercê-lo. Espero que a polícia nos trate da mesma forma que trata a turma de verde e amarelo na Paulista”.

É uma provocação barata. A manifestação dos movimentos pró-impeachment está marcada há mais de um mês. O Senado julgará Dilma no fim de agosto. Se Boulos agora decidiu dar tarefa a seus desocupados também num domingo — as esquerdas costumam protestar só em dias úteis, para infernizar a vida de terceiros —, há outros a escolher no calendário.

É claro que coisas assim são desaconselháveis. O protesto contra Dilma e em favor de uma pauta para o governo Temer está marcado para a Paulista. As esquerdas pretendem se encontrar no Largo da Batata, subir a Rebouças e descer a Consolação, passando a poucos metros de distância de sus antípodas. Mais: é grande a chance de grupos de um lado e de outro cruzarem suas bandeiras em ônibus e metrôs.

Esquerdistas são treinados em arruaça e em confronto. A conversa mole de Lula de que se deve abordar um “coxinha”, como ele disse, com carinho é pura ironia troglodita. Ele sabe que as coisas não funcionam desse modo. Se os militantes de Boulos não obtiverem autorização para subir a Rebouças e descer a Consolação, as forças de segurança do Estado estarão apenas cumprindo o seu dever. São Paulo não é o gramado do Congresso.

Mas esperem: este era e continua a ser um texto de agradecimento a Boulos. Faltava um elemento a mais que pudesse dar ânimo aos militantes pró-impeachment. Agora já temos. Esse rapaz vem nos lembrar de que “os urubus continuam passeando entre os girassóis”. E que é mais necessário do que nunca combatê-los e vencê-los.

Dentro da lei e em ordem. Uma defesa que eles, obviamente, não podem fazer porque isso é coisa de coxinha. Felizmente!

Ah, sim: Kim Kataguiri, um dos coordenadores do MBL, explica à Folha a natureza do dia 31: “Nossas manifestações, de nenhuma maneira, foram uma espécie de ‘Vai lá, Temer, tome o poder’. O Temer é uma consequência constitucional [do processo de impeachment]. O ato será para pressionar por reforma”.

É isso. Sem pressão, amiguinhos, não acontece nada!

Congresso aprova PL que pode gerar despesas de quase R$100 milhões

Preocupação com o precedente

PL vai para sanção do presidente

O Congresso aprovou em plenário o projeto de lei nº 38/2016 que autoriza a lotação dos servidores da antiga Controladoria-Geral da União, atual Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, no Departamento Nacional de Saúde, garantindo aos servidores de lá as mesmas atribuições que analistas financeiros. O documento vai agora para sanção do presidente.

O processo pode ser judicializado à medida que os analistas desempenharem as mesmas atribuições dos servidores lotados no departamento de Saúde. O pedido de equiparação salarial por equivalência de atividades pode gerar um impacto financeiro estimado em 95 400 000 de reais.

 

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O PL é polêmico, pois elimina uma etapa de controle dos gastos, na medida que retira alguma autonomia do SUS.

Lula critica PF e MPF durante sua viagem pelo Nordeste (REINALDO AZEVEDO)

O ex-presidente disse que, se alguém do MP ou da PF quiser mudar a República, "é melhor deixar o cargo e se candidatar a deputado ou senador e fazer política"

A viagem por busca de apoio popular a Dilma que o ex-presidente Lula fez pelo Nordeste terminou ontem à noite em Recife, capital pernambucana. Em discurso inflamado a militantes petistas, pessoas ligadas a sindicatos e membros dos ditos movimentos sociais, Lula criticou duramente a atuação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal na Operação Lava Jato. Segundo ele, se alguém do MP ou da PF quiser mudar a República, “é melhor deixar o cargo e se candidatar a deputado ou senador e fazer política”. O ex-presidente voltou a falar em criminalização do PT. Na avaliação dele, essa tendência é uma represália de outros políticos, pois foi seu partido o maior responsável pelas investigações de corrupção no país. Abre aspas: “Foi o PT quem tirou o tapete que encobria a corrupção nesse país. Foi o PT que investiu na Polícia Federal. Foi no governo do PT que o presidente deixou de escolher o procurador-geral da República, dando autonomia. É isso que eles não aceitam”.

Sempre falando a plateias simpáticas e militantes, Lula estava em viagem desde segunda-feira e visitou Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, Carpina, Caruaru e Recife, em Pernambuco. 

Durante seus discursos, abusou do populismo e da tática de jogar o Nordeste contra o resto do país:

“A coisa mais importante que fiz no governo foi lembrar a este país que o Nordeste faz parte do Brasil. E lembrar às autoridades que para resolver problema do Nordeste é preciso incluir a região no Orçamento”, disse em um desses eventos. Em Juazeiro, onde foi agraciado com o título de cidadão honorário, tascou: “Vou levar lá para São Bernardo do Campo. Não sei se Polícia Federal vai fazer busca e apreensão e querer levar como prova. Mas acho que um diploma de Juazeiro vai impor respeito lá”. Em diversas ocasiões, afirmou que uma candidatura sua à Presidência da República não está descartada.
 

Buscando se salvar do impeachment, Dilma elogia Meirelles e equipe econômica de Temer

Apesar das chances remotas, presidente afastada tem sinalizado que, se retornasse ao poder, manteria a equipe econômica de Temer
A presidente afastada Dilma Rousseff intensificou, nos últimos dias, esforços para retomar o cargo. A coluna Painel, da Folha, informa que a petista começou a dizer, nos bastidores, que, se voltar, manterá a equipe econômica de Michel Temer. Em entrevista à rádio Capital, há dois dias, ela já havia rasgado elogios ao ministro Henrique Meirelles, que, segundo ela, é a melhor coisa da gestão interina e uma pessoa muito “competente”. De acordo com o jornal, a estratégia tem endereço certo: o senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, que ainda está indeciso sobre seu voto no impeachment, mas que já declarou querer ver a atual equipe econômica mantida, e é claro que os demais senadores indecisos ou que não declaram posição em relação a seu afastamento definitivo.
 

Resultado da votação derruba mitos como “Super-Cunha” e “Centrão”

Já escrevi aqui que o grande eleitor de Rodrigo Maia (DEM-RJ) se chama Eduardo Cunha. A votação surpreendente que ele obteve foi, parece evidente, uma manifestação de repúdio ao deputado peemedebista. As coisas passaram do limite. E, como se nota, a sua influência na Câmara, hoje, é muito menor do que se pensava.

Há muito tenho insistido aqui que ele não passa de um cadáver adiado da política. E, é bem provável, de um presidiário adiado também. Os 285 votos obtidos por Maia, fiquem certos, são 285 votos contra Cunha. Para cassá-lo, são necessários 257.

Mas parece que outra, vamos dizer, “entidade” igualmente cara ao jornalismo, e odiada, pode entrar na categoria de “mito”: o tal “Centrão”, aquela gente terrível que tudo controlaria. Na contabilidade da imprensa, eram pelo menos 217 deputados. Pois é… Rogério Rosso, o dito nome do “Centrão”, obteve apenas 170 votos. Considerando que parlamentares que não pertencem a tal suposto grupo também votaram nele, temos de concluir que ou a turma se desfez ou ela é mais fama do que proveito.

 

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Eis mais uma razão por que não acredito que a disputa deixará sequelas na base de apoio do governo, que atuou de modo correto no certame, evitando tentar passar o rolo compressor para apoiar este ou aquele nomes. Com uma simpatia inicial — e não mais do que isso — pela candidatura de Rosso —, o Planalto percebeu a ascensão de Rodrigo Maia, ancorado, inicialmente, no seu próprio partido, o DEM, e no PSDB, com apoio do PPS. Quando o PSB decidiu se juntar, sua passagem para o segundo turno estava assegurada.

Maia já tinha mantido conversações com as esquerdas. Ou, para ser mais exato, PT e PCdoB, partido saudado por ele no primeiro discurso como presidente eleito, na figura de Aldo Rebelo. A proximidade foi vista com suspeição pelo Planalto. Até porque ela contava com as bênçãos de Lula. Mas setores da própria esquerda estrilaram.

Foi então que o petismo tirou Marcelo Castro (PMDB-PI) da cartola. Obteve 70 votos, parte deles, é evidente, despejada depois na candidatura de Maia, que continuou a se apresentar como o homem do diálogo. Na entrevista que concedeu depois de eleito, voltou a se referir aos esquerdistas da Casa: “Sem a esquerda, eu não venceria essa eleição e, por isso, batiam tanto nos votos que a esquerda ia me dar. Todos nós, juntos, temos condições de construir uma agenda de consenso, onde o diálogo possa prevalecer, aprovando em conjunto medidas para o Brasil”.

O discurso é bonito, mas não sei o que significa na prática. Quem “batiam” nos votos que a esquerda lhe daria? Eu, por exemplo, bati no seu entendimento com o PT ainda na disputa do primeiro turno, o que continuo a achar uma sandice. No segundo, os critérios, obviamente, são outros.

É claro que não existe “agenda de consenso” como um norte a ser perseguido. Certos temas podem entrar nessa categoria; a maioria deles, no entanto, não. Querem ver? A renegociação da dívida dos Estados tende a juntar todo mundo, com um descontente ou outro episódicos. Mas não a reforma da Previdência ou o projeto que permite que a Petrobras não participe, se ela não puder, da exploração do pré-sal.

Um presidente da Câmara tem um imenso poder sobre o que entra ou não em votação. As esquerdas farão o diabo para tentar impedir o governo de levar adiante uma agenda de caráter, vamos dizer, liberalizante. O fato de muitos de seus representantes terem votado em Maia — para, afinal, derrotar aquele que julgavam ser o candidato de Cunha — não os torna doutores em democracia.

Esse negócio de agenda de consenso é conversa que serve para o discurso da vitória. De verdade mesmo, não quer dizer nada. Até porque será preciso enfrentar as esquerdas também nas ruas quando chegar a hora de bola ou bule, de isso ou aquilo, de sim ou não a reformas que são essenciais para o país.

E, como sabemos, as esquerdas ora saudadas por Maia atrapalham muito.

 
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Fonte:
vEJA.COM

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1 comentário

  • dejair minotti jaboticabal - SP

    O QUE ESTE SAPO BARBUDO ESTA FAZENDO FORA DA JAULA??!!,.. VENHA FAZER UM DISCURSO DESTE NO SEU BERÇO, SÃO BERNARDO..., SERIA O PRATO SAPO EM OMELETE, POIS OVOS NA SUA CARA NÃO FALTARÃO... PONHAM ESTE FARSANTE LOGO NA CADEIA... DEIXE DE ENGANAR OS NORDESTINOS, SEU CABRA DA PESTE.

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    • wellington almeida rodrigues Sucupira - TO

      Não tinha que aposentar esse vagabundo de forma alguma, minha mãe tem 60 anos, trabalhou igual um homem o tempo todo na zona rural de sol a sol , com as mãos e braços tudo arrebentados , desvio na coluna , bico de papagaio, esporão, joelho estourado, e até hoje não conseguiu aposentar, os vagabundos do INSS, disse que ela nunca contribuiu, durante todos seus 50 anos de trabalho, e esse vagabundo não fez nada , só roubou, aposenta com 15.400,00, tem base isso, é o Brasil...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      He! He! (risos). Sr. Wellington, só retificando a sua informação, pois o valor de R$ 15.400,00, não é exato. Veja o que foi veiculado no Diário do Poder: APOSENTADORIA ALOPRADA

      O presidente do Senado, Renan Calheiros, garantiu ao ex-ministro da Casa Civil de Dilma e ex-senador pelo PT-SP, Aloizio Mercadante, uma ótima boquinha pós-governo. Foi dada a Mercadante aposentadoria de senador: 16/35 dos subsídios ou R$18,8 mil por mês pelo resto da vida.

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    • wellington almeida rodrigues Sucupira - TO

      Obrigado sr Rensi por ter me atualizado nesses dados, fico estarrecido de tantas maracutaias que esses políticos malandros inventam cada dia, é um número diferente do outro é tanto dinheiro que eles se perdem dentro de tantas notas de 100, e minha pobre velhinha com 60 anos , nem se quer sabe o dia do seu aposento, fica só sonhando!!!

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Enquanto estivermos correndo atras das maracutaias, demonstra que a porteira está aberta para que elas continuem a serem realizadas. O que acha de começarmos a discutir em "FECHAR AS PORTEIRAS"... Um exemplo tipico é essa situação atual do país, estão trocando os artistas, mas as regras para se fazer o filme se mantem... Como podemos esperar mudanças? ... Lá na frente vamos voltar a dizer: ESSA NOVELA EU JÁ VI !!!

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