Para Meirelles, crise política não afeta economia
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira que a crise política, agravada com os pedidos de prisão de caciques do PMDB, não afeta a situação econômica do país. Ele cobrou do Congresso Nacional que aprove logo medidas para salvar a economia, para permitir que o país volte a crescer.
— A crise econômica foi gerada pela questão fiscal e será resolvida pela questão fiscal. Nós vamos prosseguir o nosso trabalho normalmente. E acredito que se, as medidas forem aprovadas no devido tempo, e acreditamos que será, pelo Congresso, certamente o Brasil vai voltar a crescer dentro do potencial que ele merece e que tem para crescer e voltar a criar emprego — afirmou Meirelles.
O ministro não quis dizer quando o país voltará a crescer, mas garantiu que isso vai acontecer em breve:
— Estamos trabalhando duro para que seja o mais rápido possível a previsão. E o crescimento, o maior possível.
Meirelles defendeu que o Congresso limite as despesas públicas, para aumentar a confiança na economia. Somente depois que esse processo estiver consolidado, o governo começaria a aumentar a arrecadação de impostos.
— Existe um teto e, democraticamente, o Congresso Nacional vai decidir a alocação do orçamento. O que se exige apenas é o processo de limitar o aumento das despesas públicas que siga numa trajetória que seja sustentável ao país. Em resumo, um projeto para aumentar a confiança no país, aumentar a confiança na economia, voltar a crescer, criar emprego e, aí sim, aumentar a arrecadação e todo o processo entra num círculo virtuoso - resumiu.
As declarações foram dadas na porta do Supremo Tribunal Federal (STF), depois de um encontro com o presidente da corte, ministro Ricardo Lewandowski. Meirelles disse que explicou ao chefe do Poder Judiciário a nova meta para o déficit fiscal. Ele negou que se tenha falado do reajuste dos servidores. Segundo o ministro da Fazenda, esse assunto será tratado pelo presidente interino, Michel Temer.
Leia a notícia na íntegra no site O Globo.
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