Na FOLHA: Renan chama anulação de 'brincadeira com a democracia' e mantém rito

Publicado em 09/05/2016 18:35
FOLHA DE S. PAULO

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou em plenário sua decisão de ignorar oato do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular nesta segunda (9) o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Renan classificou de "brincadeira com a democracia" a decisão de Maranhão. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar comprometido com o atraso do processo. Não cabe ao presidente do Senado dizer que um processo é justo ou injusto", afirmou o senador.

Com a decisão do peemedebista, o Senado mantém a previsão de votação da abertura do processo de impeachment para quarta-feira (11).

"Já houve leitura de autorização no plenário, instalação da comissão especial, que fez nove reuniões, totalizando quase 70 horas de trabalho", ressaltou o presidente do Senado.

"Como todos sabemos a palavra do parlamentar proferida do parlamentar é livre. Não caberia a mim interferir no discurso dos parlamentares", destacou o senador, em relação a um dos argumentos usados por Maranhão para anular a votação ocorrida na Câmara dia 17 de abril.

Renan ainda rebateu outros pontos da decisão de Maranhão, como suposta irregularidade no tipo de comunicação feita pela Câmara ao Senado sobre a votação por parte dos deputados.

A comissão especial que analisa o caso aprovou na sexta (6) parecer pela admissibilidade do processo.

Logo que soube da deliberação de Maranhão, Renan convocou uma reunião com os líderes partidários em sua residência oficial para ouvi-los antes de tomar uma decisão.

Ao deixar a reunião, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), afirmou que, pela conversa que os parlamentares tiveram com Renan, ele está "do lado da lógica".

Senadores governistas, no entanto, prometeram apresentar diversas questões de ordem ao longo da sessão desta segunda para impedir que Renan consiga realizar a leitura do documento. "Nossa opinião é que ele não deveria ler no plenário. Sinto que não há uma decisão tomada", disse Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Se esta etapa for adiada, a presidente Dilma Rousseff pode ganhar, pelo menos, uma semana de sobrevida já que a votação em plenário do seu afastamento pode, pelas regras regimentais e prazos a serem cumpridos, ficar para a semana que vem.

Até o momento, a votação está prevista para acontecer na quarta (11). Se a Casa referendar a decisão, por maioria simples, Dilma Rousseff será afastada por 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assumirá o comando do país neste período. Enquanto isso, a comissão especial procederá com a investigação que poderá levar à saída definitiva da petista da função.

 

Desespero de Dilma ultrapassa limite

ANÁLISE DA FOLHA - por IGOR GIELOW, DA SUCURSAL DA FOLHA EM BRASÍLIA

Se vende a imagem de que sairia "lutando" e "com dignidade", conforme seus assessores espalharam à medida em que seu afastamento se tornou inexorável, Dilma Rousseff apelou a uma farsa perigosa em sua última tentativa de manter-se na cadeira.

Usar o inacreditável Waldir Maranhão como marionete de uma artimanha jurídica que parece ter curtíssima validade e alto poder de disrupção demonstra que o desespero da petista ultrapassou o limite do direito ao esperneio.

O dólar disparou e a Bolsa de Valores despencou, para ficar nos sinais mais evidentes e superficiais da confusão armada. Mas o que fica é algo pior para a imagem do país: o flerte com a baderna institucional.

Pelas informações iniciais da Mesa da Câmara, parece não haver como um recurso desses prosperar, por soberano o plenário.

Fora o óbvio: dizer que 367 deputados votaram contra Dilma com um cabresto imposto pela orientação partidária é despropositado. Há muito a criticar no comportamento dos parlamentares naquele dia 17 de abril, mas certamente ninguém votou com uma arma na cabeça.

Como agravante, Dilma se fez de desentendida em discurso no começo da tarde. Se há alguma tentativa de golpe no país, como choramingam os petistas, ele passa por esse tipo de ação contra a normalidade institucional.

Por estarmos numa República que insiste em sua vocação bananeira, tudo parece possível, e novamente o Supremo Tribunal Federal deverá ser instado a imiscuir-se em questões de outro Poder - desta vez por culpa de um terceiro, o Executivo.

Nessas horas ganha atualidade a famosa frase de um embaixador brasileiro em Paris que é atribuída incorretamente ao presidente francês Charles de Gaulle: o Brasil não é um país sério. 

 

Temer decide cortar pelo menos nove ministérios

Confiante de que a decisão de anular a sessão do processo de impeachment na Câmara não tem amparo legal, o vice-presidente Michel Temer fechou nesta segunda-feira (9) com sua equipe uma proposta de reduzir de 32 para 23 o número de ministérios de seu futuro governo.

As novidades são a fusão dos ministérios das Comunicações com Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento Social com Desenvolvimento Agrário. Já o Ministério do Trabalho e da Previdência Social passa a cuidar apenas das questões trabalhistas. A área da Previdência será transferida para o Ministério da Fazenda, que será responsável por cuidar da reforma do setor.

Temer decidiu também voltar ao planejamento original de fundir as secretarias com status ministerial de Portos e Aviação Civil com o Ministério dos Transportes. O Ministério da Educação volta para sua configuração original e vai incorporar o Ministério da Cultura.

Perdem ainda status de ministério a AGU (Advocacia-Geral da União), Banco Central, Secretaria de Comunicação Social e Chefia de Gabinete da Presidência da República.

Dentro desta nova configuração, que assessores acreditam ser a definitiva, o vice-presidente vai fechar as negociações com os partidos aliados para escolha de sua futura equipe, que toma posse caso o Senado decida pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Já estão certos, na equipe, Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Henrique Meirelles (Fazenda).

 

Interino de Cunha converte a Câmara num circo (JOSIAS DE SOUZA, UOL)

As justificativas despejadas sobre o microfone na sessão de votação do impeachment já tinham revelado o talento da Câmara para os números circenses. Viu-se de tudo naquela sessão: engolidores de sapo, ilusionistas, trapezistas verbais, malabaristas ideológicos… Ao anular a tramitação do impeachment, o deputado Waldir Maranhão, interino de Eduardo Cunha, acrescentou ao espetáculo o que faltava: um animal amestrado. No caso de Waldir Maranhão, o domador é o Planalto.

A Câmara agora tornou-se um circo completo. O contribuinte, que já assegurava a bilheteria, foi convidado a desempenhar um novo papel. A decisão de Waldir Maranhão de que não valeu a votação do impeachment, se fosse mantida, transformaria todo brasileiro num palhaço instantâneo. Há, porém, um problema. Diferentemente do que se passa com os parlamentares, nem todo brasileiro tem vocação para o circo.

Difícil imaginar os patrícios que fazem o asfalto roncar desde 2013 saindo às ruas com perucas e narizes vermelhos, colarinhos folgados e sapatos grandes. Aoacionar o ministro José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) para cavalgar a precariedade intelectual de Waldir Maranhão, o govenro exagerou na esperteza. O monstro já havia parado de abanar o rabo. Cutucado pelo Planalto com o pé, vai acabar mordendo.

 

Desarmando a bomba-2

Por ELIANE CANTANHEDE, em  O ESTADO DE S. PAULO

Os líderes do Congresso agiram rapidamente e abortaram mais uma manobra governista para tumultuar o ambiente e tentar não verdadeiramente anular, mas sim adiar o impeachment de Dilma Rousseff. Em sucessivas reuniões, eles isolaram o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, o advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, e o governador do Maranhão, Flávio Dino.

No Senado, o presidente Renan Calheiros manteve para esta tarde a leitura do parecer do relator da Comissão Especial, senador Antônio Anastasia, e, portanto, todo o cronograma traçado pelo Supremo Tribunal Federal, que inclui a votação da admissibilidade para a próxima quarta-feira. Para Renan, questionando, ponto a ponto, a decisão de Maranhão foi uma “brincadeira” com a democracia.

No entendimento do comando, dos líderes e dos assessores jurídicos do Senado, a decisão da Câmara foi ato jurídico perfeito e, a partir do momento em que foi enviada ao Senado, não há mais possibilidade de anulação. Lembram, ainda, que a decisão da Câmara foi tomada por 367 votos e uma decisão monocrática do presidente interino não tem poder para derrubá-la.

Na Câmara, os líderes decidiram levar a questão para a Mesa Diretora, a quem caberá desqualificar a decisão estapafúrdia e intempestiva tomada por Waldir Maranhão, enquanto o Senado mantém o rito e o cronograma do processo de impeachment.

Esses líderes concluíram que tirar Maranhão da presidência interina é questão de absoluta urgência. Pretendem apresentar o quanto antes uma questão de ordem alegando que o afastamento de Eduardo Cunha é por tempo indeterminado e que é preciso eleger logo um presidente capaz de substituir o presidente da República em suas viagens, por exemplo.

No meio da tarde, a expectativa é de que a manobra do Planalto, instrumentalizada pelo inexpressivo e errático Waldir Maranhão, tenha sido mais um tiro n’água de rápida duração. Rápida, mas com tempo suficiente para derrubar as Bolsas, disparar o dólar e levar o Brasil, mais uma vez, de forma constrangedora para a mídia internacional.

 

Brincadeira tem hora

Por  DORA KRAMER, em O ESTADO DE S. PAULO

Mais uma manobra do governo perde a eficácia no nascedouro e mostra a intenção clara de procrastinar uma decisão já devidamente tomada no que tange à convicção da maioria dos senadores. Consultados os líderes partidários, ouvidos mais uma vez os especialistas no regimento do Senado e nos passos do rito convalidado pelo Supremo Tribunal Federal, o presidente da Casa decidiu que o ato do presidente da Câmara em exercício, Waldir Maranhão, foi, além de extemporânea e legalmente insustentável, uma “brincadeira com a democracia”.

Ludibrio institucional já tentado, e fracassado, quando da tentativa de conferir foro especial de Justiça ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva nomeando-o chefe da Casa Civil. O governo que acusa a todos de golpe, recorre a atalhos a fim de adiar um desfecho que por sí teria o condão de criar um espaço de alívio à crise. A prova de que os estratagemas se prestam apenas ao exercício do adiamento, está na declaração de Lula sobre a decisão de Waldir Maranhão: “Ganhamos tempo para nos reorganizar”. Não entrou no mérito, ateve-se apenas ao efeito. Temporário e absolutamente ineficaz.

 

Maranhão tem de ser denunciado ao Conselho de Ética ainda hoje e cassado! Por quebra do decoro (por REINALDO AZEVEDO, de VEJA)

O senhor Waldir Maranhão, que exerce interinamente a Presidência da Câmara, infringiu de modo flagrante o Inciso IV do Artigo 4º do Código de Ética da Câmara dos Deputados e tem de ser denunciado ao Conselho de Ética por quebra do decoro parlamentar. Lá está escrito:
“Art. 4o Constitui procedimento incompatível com o decoro parlamentar, punível com a perda do mandato:

IV – fraudar, por qualquer meio ou forma, o regular andamento dos trabalhos legislativos para alterar o resultado de deliberação”.

Pois é precisamente o que o senhor Maranhão está tentando fazer. Recorre a alegações ridículas para tentar mudar uma clara deliberação tomada pela Câmara.

 

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E o faz por quê? Todos sabem que está atendendo à pressão do Palácio do Planalto e do governador do seu Estado, o senhor Flávio Dino (PCdoB).

Mais: o Código de Ética define, no Artigo 3º, os deveres fundamentais de um deputado, a saber:
I – promover a defesa do interesse público e da soberania nacional;
II – respeitar e cumprir a Constituição, as leis e as normas internas da Casa e do Congresso Nacional;
III – zelar pelo prestígio, aprimoramento e valorização das instituições democráticas e representativas e pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
IV – exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular, agindo com boa-fé, zelo e probidade.

Além de fraudar explicitamente o Inciso IV do Parágrafo 4º, é evidente que ele ele ignorou os deveres fundamentais expressos nesses quatro outros incisos do Artigo 3º.

Que as oposições cumpram o seu dever e denunciem este senhor ao Conselho de Ética já.

Ele não está lá para promover a defesa do interesse público ou zelar pelo prestígio das instituições: ele os desmoraliza.

'Caos profundo': imprensa internacional repercute anulação de sessão

Mídia internacional

A decisão de Waldir Maranhão (PP-MA), presidente interino da Câmara, de anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff foi destaque na imprensa internacional nesta segunda-feira.

Antes do posicionamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que rejeitou a determinação de Maranhão e afirmou que vai dar sequência ao processo, a rede americana CNNpublicou a manchete: "Brasil em caos profundo".

O site do jornal americano The New York Times e do francês Le Monde também classificaram a situação política do país como uma "confusão". Já o espanhol El País tratou o movimento de Maranhão como "inesperado".

Além de descrever a decisão como uma surpresa, o Times se referiu a Maranhão como um parlamentar "obscuro", afirmando que "muitos estão tentando decifrar suas motivações". A publicação citou ainda que ele enfrenta acusações de ter levado propina no esquema de corrupção na Petrobras.

Na notícia publicada no site do jornal britânico The Guardian, a manchete também destacava o tumulto no país: "Votação de impeachment de Dilma Rousseff anulada, jogando a legislatura do Brasil no caos". O veículo escreveu em sua nota que a confusão política do país "se deteriorou em uma total crise constitucional".

(Da redação)

Renan Calheiros faz o certo e ignora "decisão" de Waldir Maranhão ( Por: Reinaldo Azevedo ) 

Presidente do Senado chama anulação da sessão de “brincadeira com a democracia” e ignora decisão de Waldir Maranhão (PP-MA), presidente interino da Casa. Ele que recorra ao Supremo se quiser. E vai perder. Tarefa número um agora é cassar o mandato deste senhor.

 

Relatório do impeachment é lido no plenário; sessão de afastamento de Dilma começa na quarta (na VEJA)

 

O 1º secretário do Senado Federal, Vicentinho Alves (PR-TO), leu na noite desta segunda-feira em plenário um resumo do relatório aprovado na comissão especial do impeachment na Casa, que é favorável à continuidade do processo contra a presidente Dilma Rousseff. A leitura marca o início da contagem do prazo de 48 horas para que o plenário leve à votação o teor do parecer e aprove o afastamento da petista por até 180 dias. Com a leitura de hoje, a sessão de discussão e votação do afastamento deve ocorrer na quarta-feira. Existe ampla maioria para que Dilma seja retirada temporariamente da chefia do Executivo.

No plenário, Vicentinho Alves listou as conclusões do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que na última semana considerou haver indícios suficientes de crime de responsabilidade por parte da presidente. A denúncia contra Dilma Rousseff por crime de responsabilidade leva em consideração o fato de a petista ter maquiado as contas públicas ao assinar decretos de liberação de crédito extraordinário, sem aval do Congresso, para garantir recursos e burlar a real situação de penúria dos cofres do governo, e de ter atrasado deliberadamente repasses para o Banco do Brasil enquanto a instituição financeira era obrigada a pagar incentivos agrícolas do Plano Safra 2015.

No trecho lido em plenário, o senador citou as avaliações de Anastasia de que o processo de impeachment não pode ser considerado um "golpe". "Nunca se viu golpe com direito a ampla defesa, contraditório, com reuniões às claras, transmitidas ao vivo, com direito à fala por membros de todos os matizes políticos, e com procedimento ditado pela Constituição e pelo STF", diz trecho do parecer. "Presidencialismo sem possibilidade de impeachment é monarquia absoluta, é ditadura, por isso que o mecanismo foi previsto em todas as nossas Constituições, e inclusive já utilizado sem traumas institucionais", afirmou o senador Vicentinho Alves ao ler o parecer da comissão especial.

Mais uma vez, senadores governistas tentaram questionar o processo de impeachment. Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu, por exemplo, que todas as 126 páginas do relatório da comissão especial. "É uma questão de processual e de rito. Não é possível que esse processo desde o início tenha essas falhas", protestou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ainda assim, com a leitura, começa a contar prazo para a sessão que julgará o afastamento de Dilma.

 

Cercado por governistas, Maranhão rebate Renan

Em rápido pronunciamento "aos brasileiros", o presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), rebateu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e negou que tenha tomado a decisão de anular o impeachment por "brincadeira" com a democracia, como afirmou o peemedebista no plenário. Renan ignorou a decisão monocrática de Maranhão e deu seguimento ao processo. Maranhão disse que tomou sua decisão com base na Constituição, falou sobre sua trajetória profissional e encerrou o pronunciamento sem responder perguntas de jornalistas. "Tenho consciência o quanto esse momento é delicado, momento em que nós temos o dever de salvar a democracia e o debate", afirmou. "O nosso país tem salvação pela democracia, pelo embate, pelo combate e o rigor das leis que dá ao cidadão as suas garantias individuais". Maranhão aproveitou para se apresentar ao país: disse que é "filho de pais humildes", que se graduou em veterinária e foi por duas vezes reitor universitário no Maranhão. "Os mais humildes não podem ser marginalizados", afirmou. Ele foi ciceroneado pelo líder do governo, José Guimarães (PT-CE) e deputados do PT e do PCdoB. Também estava ao lado de Maranhão o vice-líder do governo Silvio Costa (PTdoB-PE). Os governistas agora instam Maranhão e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo (PT), um dos artífices da decisão de Maranhão, a acionar o Supremo Tribunal Federal para tentar forçar o Senado a paralisar o andamento do impeachment. (Felipe Frazão, de Brasília). 

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Fonte:
Folha/UOL/estadão/veja

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