Em nova investida para fugir da cassação, Cunha pressiona para emplacar aliado na CCJ

Publicado em 28/04/2016 16:20

O roteiro de manobras desenhado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para fugir da cassação tem como principal aposta a anulação de todos os procedimentos adotados desde novembro pelo Conselho de Ética, órgão que o investiga por quebra de decoro. Para isso, o peemedebista apresentou uma série de recursos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e agora pressiona para emplacar um aliado no comando do colegiado - e, dessa forma, ver sua estratégia sair bem sucedida. A negociação é vista como um instrumento de barganha para evitar uma nova destituição do líder Leonardo Picciani (RJ).

O esforço de Cunha em ver um aliado na principal comissão da Câmara dos Deputados é antigo. Como cabe ao líder do PMDB indicar o presidente dos colegiados - e a CCJ sempre é prioridade -, ele lançou, em janeiro deste ano, o seu braço-direito Hugo Motta (PMDB-PB) na disputa pela liderança da bancada. Motta foi derrotado por Leonardo Picciani, que, em seguida, anunciou para presidir a comissão um deputado pouco próximo a Cunha: o mineiro Rodrigo Pacheco, que não demonstrou a intenção de facilitar a vida de seu colega de partido.

Desde então, conforme mostrou reportagem do site de VEJA em março, Cunha e seus aliados trabalham para emplacar o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) no comando da CCJ, ameaçando, inclusive, lançarem uma candidatura avulsa, o que não costuma acontecer com nomes do mesmo partido. Serraglio ganhou notoriedade em 2005, ao ocupar a relatoria da CPI dos Correios e, mesmo estando na base do governo, defender a cassação de figurões do PT, como a do ex-ministro José Dirceu. Em seu quinto mandato, o peemedebista tem perfil discreto, bom trânsito e respeito entre os parlamentares e é titular da CCJ desde que chegou à Câmara, em 1999. Mas, além do currículo, Serraglio é próximo a Cunha. Nos corredores do Congresso, ele é tido como a principal esperança para evitar que o processo contra o presidente da Câmara chegue ao plenário, onde, por meio do voto aberto, avalia-se que o peemedebista não teria escapatória.

Leia a matéria no site da Veja

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Fonte:
Veja

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