Queda do dólar ameaça uma das poucas notícias boas na economia: o ajuste das contas externas

Publicado em 26/04/2016 07:55

A recente queda do dólar, provocada pela perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff, pode colocar em risco uma das poucas tendências positivas em curso na economia: o ajuste das contas externas do país.

Depois de atingir mais de 4% do PIB no ano passado, o deficit externo vem encolhendo, principalmente devido ao recuo das importações.

A recessão derrubou a renda doméstica, o que deprime o consumo interno e as compras no exterior. A alta do dólar até perto de R$ 4 desencorajou despesas com importados. Assim, no mês passado, o deficit já havia recuado à metade (2,39% do PIB).

Por outro lado, o dólar mais caro animou exportadores. O maior volume embarcado compensou, ao menos parcialmente, a queda do preço dos produtos que o Brasil mais exporta (commodities).

Com isso, estima­se que a balança comercial chegue ao fim do ano com resultado positivo de US$ 48 bilhões. 

Essa história, porém, está ficando no retrovisor, com a recente descida do dólar. A projeção dos analistas para o fim do ano caiu de R$ 4,40, em fevereiro, para R$ 3,80.

A probabilidade de impeachment levou investidores a reverem estimativas e, não fosse a atuação do BC para segurar a queda, a cotação poderia estar ainda mais baixa. Para o exportador, isso significa perda da competitividade que havia sido readquirida em 2015.

Em setembro do ano passado, o indicador que mede esse ganho na capacidade de competir –a taxa de câmbio real efetiva– havia alcançado o mais elevado patamar desde outubro de 2004.

De lá para cá, porém, esse ganho encolheu quase 9%.

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

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Fonte:
Folha de S.Paulo

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