Dólar cai ante o real com exterior e ausência do BC

Publicado em 19/04/2016 10:18

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava frente ao real nesta terça-feira, refletindo o bom humor no exterior com a alta dos preços do petróleo e a ausência do Banco Central do mercado, enquanto operadores aguardavam novos desdobramentos do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Às 10:16, o dólar recuava 0,65 por cento, a 3,5738 reais na venda, depois de saltar mais de 2 por cento na sessão passada. Na mínima deste pregão, chegou a 3,5529 reais.

O dólar futuro, que havia ampliado os ganhos sobre o real após o fechamento do mercado à vista na véspera, recuava 1,2 por cento.

"É um dia positivo no mundo todo e até agora, o BC não deu as caras", resumiu o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa.

Uma greve de trabalhadores no Kuweit praticamente reduziu pela metade a produção de petróleo no país, elevando os preços das commodities após o forte tombo da véspera.

O movimento alimentou a demanda por ativos que carregam maior risco nos mercados globais, levando o dólar a recuar contra moedas como os pesos chileno e mexicano.

No Brasil, contribuía para reduzir as cotações a ausência do BC, que não anunciou para esta sessão qualquer intervenção no câmbio, pelo menos por enquanto. A autoridade monetária vem atuando pesadamente no mercado, principalmente por meio de swaps cambiais reversos, que equivalem a compra futura de dólares.

"Ele preferiu sondar o mercado antes de voltar a entrar. Parece que está dando seu aval para essa queda (do dólar) de hoje", afirmou o operador de um banco nacional que negocia diretamente com o BC.

Investidores também adotavam alguma cautela enquanto aguardavam novidades no cenário político. A Câmara dos Deputados aprovou no fim de semana com folga a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma e a decisão agora precisa ser sancionada por maioria simples no Senado para que ela seja afastada temporariamente, até o parecer final da Casa.

(Por Bruno Federowski)

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Fonte:
Reuters

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