Bovespa fecha em alta de 3% com Bradesco e Vale em dia de ajustes técnicos
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em alta de 3 por cento nesta quinta-feira, no segundo pregão seguido no azul, com as ações de Bradesco e Vale entre os maiores suportes.
De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 3,08 por cento, a 40.809 pontos. Na máxima da sessão, chegou a avançar 4,7 por cento, superando 41 mil pontos.
O volume financeiro somava quase 7 bilhões de reais.
Profissionais do mercado financeiro citaram alguma entrada de estrangeiros, mas atribuíram o movimento principalemente a ajustes técnicos, com ações que vinham sofrendo bastante na bolsa apresentando forte recuperação.
Na FOLHA: Bolsa sobe com Vale e Petrobras; dólar fecha em R$ 3,89
O principal índice acionário do Brasil teve alta nesta quinta-feira (4), voltando a operar acima dos 40 mil pontos, influenciado pelo desempenho da Vale e Petrobras.
Profissionais do mercado financeiro atribuíram o resultado principalmente a ajustes técnicos, com ações que vinham sofrendo bastante na bolsa apresentando forte recuperação.
O Ibovespa teve alta de 3,11%, aos 40.821 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,319 bilhões.
Além do ajuste, a alta do preço do minério de ferro influenciou as ações da Vale, que fecharam com alta de mais de 10%.
Os papéis preferenciais da mineradora, mais negociados e sem direito a voto, subiram 11,35, a R$ 7,75, enquanto as ações ordinárias, sem direito a voto, tiveram alta de 14,76%, a R$ 10,34.
Já as ações da Petrobras mantiveram a alta, mesmo com os preços do petróleo voláteis. Os papéis preferenciais da estatal se valorizaram em 5,34%, cotados a R$ 4,73. Já as ações ordinárias subiram 7,92%, a R$ 6,67.
Outra valorização importante para analistas foi a do Bradesco, que viu suas ações fecharem em alta de 5,45%, a R$ 19,73.
DÓLAR
O dólar caiu em relação ao real nesta quinta-feira (4), após o mercado reagir a possibilidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manter a taxa de juros do país estável por mais tempo.
Turbulências nos mercados financeiros globais, dados fracos sobre a economia norte-americana e declarações de autoridades do Fed vêm alimentando apostas de que o banco central norte-americano pode demorar para aumentar os juros novamente.
O dólar à vista, referência para o mercado financeiro, se desvalorizou em 0,77%, cotado a R$ 3,890. O dólar comercial, utilizado no comércio exterior, recuou 0,61%, a R$ 3,896.
A manutenção dos juros americanos favorece mercados emergentes, como o Brasil, que manteriam sua atratividade diante de juros ainda baixos na maior economia do mundo.
Dados mostraram que a produtividade fora do setor agrícola nos EUA caiu no quatro trimestre e pedidos de auxílio-desemprego subiram mais que o esperado na semana passada.
Isso pressionou o dólar, que tem enfraquecido conforme as expectativas por mais altas de juros nos EUA este ano diminuem.
"Se todo esse ambiente financeiro difícil que vimos no começo do ano levar o Fed a adiar o aumento de juros, isso pode acabar sendo positivo para nós", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
Na manhã desta quinta, o Banco Central promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos.
Ao todo, a autoridade monetária já rolou US$ 2,329 bilhões, ou cerca de 23% do lote total, que equivale a US$ 10,118 bilhões.
JUROS
Os juros futuros fecharam em alta nesta quinta-feira.
O contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 14,480% para 14,530%. Já o vencimento para janeiro de 2021 passou de 15,810% para 15,960%.
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