Bolsas da China são suspensas ao bater em 7% de queda; atividade industrial chinesa puxa a queda

Publicado em 04/01/2016 06:29
na Reuters + Folha

Ações chinesas despencam 7% na abertura de 2016; operações são interrompidas pela 1º vez

 

XANGAI (Reuters) - Os mercados acionários chineses despencaram cerca de 7 por cento na sua primeira operação de 2016 nesta segunda-feira, com as pesquisas da atividade industrial fraca e com a queda do iuan aumentando as preocupações sobre a economia em dificuldade, forçando as bolsas a suspenderem as operações pela primeira vez.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, despencou 7,02 por cento, para 3.469 pontos. O índice de Xangai caiu 6,86 por cento, para 3.296 pontos.

Perdas no começo da sessão cresceram rapidamente, com as operações sendo suspensas por volta das 3h30 (horário de Brasília), cerca de 90 minutos antes do horário regular de fechamento.

As vendas se intensificaram após breve interrupção das operações de 15 minutos, quando os principais índices recuavam 5 por cento, e a atividade do dia em Xangai e Shenzhen foi interrompida logo depois.

Esse foi o primeiro dia em que os assim chamados "circuit breakers", destinados a restringir a volatilidade, foram colocados em prática.

Uma pesquisa privada divulgada nesta segunda-feira mostrou que a atividade industrial da China contraiu pelo décimo mês seguido em dezembro, e a um ritmo mais rápido do que em novembro.

Os investidores também se desfizeram de suas ações antes do iminente fim da proibição das vendas de ações dos principais acionistas de companhias listadas, que foi imposto durante as fortes quedas do mercado no verão passado (no hemisfério Norte).

 

Indústria da China encolhe pelo 10º mês seguido em dezembro, mostra PMI


PEQUIM (Reuters) - A atividade industrial da China encolheu pelo décimo mês seguido em dezembro, com o setor lutando contra a fraca demanda, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), afetando as expectativas de que a segunda maior economia do mundo vai entrar em 2016 mais firme.

O PMI do Caixin/Markit caiu a 48,2 em dezembro, abaixo de novembro, quando o indicador ficou em 48,6, e das expectativas do mercado, de 49. Essa foi a leitura mais baixa desde setembro e bem abaixo do nível de 50 pontos que separa contração de expansão.

A pesquisa concentra-se em pequenas e médias empresas privadas. Outra pesquisa oficial divulgada na sexta-feira, que foca as empresas estatais maiores, mostrou o quinto mês de contração, embora a um ritmo ligeiramente mais modesto.

Economistas esperam mais cortes de juros, reduções nas exigências de reservas dos bancos e outros estímulos em 2016, já que a economia tem sido lenta para responder à enxurrada de medidas de apoio, sugerindo que enfrenta desafios conjunturais e estruturais mais profundos.

O indicador de ações japonês Nikkei caiu 3,06 por cento e o de Xangai despencou 6,86 por cento nesta sessão.

 

Bolsas chinesas são suspensas após quedas de 7%

 

Na FOLHA DE S. PAULO

As negociações nas Bolsas da China, Xangai e Shenzhen, foram suspensas nesta segunda-feira (4) após registrarem quedas de 7%.

A baixa do índice CSI300, que aglutina as 300 principais empresas cotadas nas duas Bolsas, forçou a suspensão das cotações, na primeira vez em que foi aplicada a nova norma das autoridades de regulamentação.

Em um primeiro momento, as negociações foram suspensas por 15 minutos, mas a iniciativa não conseguiu evitar a queda.

O objetivo da suspensão é conter a alta volatilidade e evitar a repetição do 'crack' da Bolsa do ano passado.

A queda desta segunda-feira coincide com o anúncio da contração da atividade manufatureira em dezembro na China, pelo quinto mês consecutivo.

No momento da suspensão, o índice de Xangai perdia 6,85%, (242,52 pontos), a 3.296,66 unidades. Em Shenzhen, a queda era de 8,19%, a 2.119,90 pontos.

A norma prevê que se o índice CSI300, que inclui grandes bancos e empresas de petróleo estatais, registrar alta ou baixa de 7%, as negociações devem ser suspensas pelo restante da sessão.

JAPÃO E EUROPA

A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda, a primeira do ano, em queda de 3,06%. O índice Nikkei 225 perdeu 582,73 pontos, a 18.450,98 unidades.

Já a Bolsa de Frankfurt operava em baixa de 3,5%, em meio a fortes quedas provocadas pelas perdas na Ásia. O índice Dax 30 perdia 3,5%, a 10.371,62 pontos, nos primeiros minutos da sessão.

O FTSE-100 de Londres perdia 2,02% e o CAC-40 de Paris 2,57%. A Bolsa de Madri operava em baixa de 1,29%.

 

Ações asiáticas fecham em queda com atividade industrial da China


Por Hideyuki Sano

TÓQUIO (Reuters) - As ações asiáticas fecharam em queda nesta segunda-feira, primeiro dia de operações de 2016, após a atividade industrial chinesa contrair e o banco central do país depreciar o iuan.

Liderando as perdas, as ações chinesas caíram 7 por cento e acionaram o "circuit breaker" no primeiro dia em que o mecanismo de suspensão de operações foi colocado em prática.

Às 7h49 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 2,61 por cento, no curso de registrar sua maior perda desde o dia 24 de agosto do ano passado.

A queda vem após o índice ter tido desvalorização de quase 12 por cento em 2015 com o esfriamento econômico da China pressionando seus vizinhos asiáticos dependentes do comércio e os preços globais das commodities.

Somando às preocupações sobre a China, o banco central do país corrigiu o iuan para a mínima de 4 anos e meio no primeiro dia de 2016, enquanto as pesquisas da indústria mostraram que qualquer esperança na recuperação do setor é prematura.

"Embora alguma fraqueza no setor de manufatura fosse esperada, ter dois indicadores principais na mesma direção de baixa está claramente impactando o mercado", escreveu o diretor no Shenwen Hongyuan Securities, em Xangai, Gerry Alfonso.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 3,06 por cento, a 18.450 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,68 por cento, a 21.327 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 6,86 por cento, a 3.296 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 7,02 por cento, a 3.469 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 2,17 por cento, a 1.918 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 2,68 por cento, a 8.114 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,62 por cento, a 2.835 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,48 por cento, a 5.270 pontos.

Terremoto no sul da Ásia deixa 9 mortos e quase 200 feridos

Por Biswajyoti Das

GUWAHATI, Índia (Reuters) - Um forte terremoto atingiu o sul da Ásia antes do amanhecer nesta segunda-feira, provocando ao menos nove mortes e deixando quase 200 feridos, e os esforços para resgatar pessoas presas sob os escombros foram prejudicados por quedas no fornecimento de energia e nas telecomunicações.

O Serviço Geológicos dos EUA disse que o tremor de magnitude 6,8 aconteceu a 57 quilômetros de profundidade e teve epicentro 29 quilômetros a oeste de Imphal, capital do Estado indiano de Manipur, no nordeste do país e que faz fronteira com Mianmar.

O terremoto ocorreu num momento em que muitos moradores estavam dormindo, e os telhados e escadas de alguns prédios desabaram na cidade de cerca de 270 mil habitantes

A polícia e hospitais de Imphal informaram que o número de mortos chegou a seis, além de 100 feridos, dos quais 33 em estado grave.

A mídia de Bangladesh, onde o tremor também foi sentindo, disse que três pessoas morreram no país devido a ataques cardíacos provocados pelo terremoto. A polícia disse que ao menos 90 pessoas ficaram feridas.

(Reportagem de Biswajyoti Das, em Guwahati; Krista Mahr, em Nova Délhi; Ruma Paul, em Dhaka; Aung Hla Tun, em Yangon; e Gopal Sharma, em Katmandu)

 

Arábia Saudita corta relações com Irã, diz ministro

 

RIAD (Reuters) - A Arábia Saudita anunciou neste domingo disse o rompimento diplomático com o Irã sobre a invasão da embaixada saudita em Teerã, em uma piora crises diplomáticas entre os rivaisregionais na sequência da execução do clérigo xiita na Arábia Saudita.

O ministro de Relações Exteriores Adel al-Jubeir, disse em entrevista coletiva que a missão diplomática do Irã e entidades relacionadas na Arábia Saudita teriam 48 horas para sair. Ele disse que Riad não permitiria a República Islâmica minar a segurança do reino sunita.

 

Irã diz que Arábia Saudita se beneficia de tensão após corte nas relações diplomáticas


DUBAI (Reuters) - A Arábia Saudita usou um ataque contra sua embaixada em Teerã como pretexto para alimentar as tensões entre os dois países, disse o Ministério das Relações Exteriores do Irã nesta segunda-feira, depois de Riad ter rompido relações diplomáticas com os iranianos.

O Irã está comprometido com a proteção das missões diplomáticas no país, acrescentou o ministério.

Manifestantes iranianos invadiram a embaixada saudita na manhã de domingo, após a Arábia Saudita ter executado o clérigo xiita Nimr al-Nimr, levando o governo saudita a retirar seu corpo diplomático e ordenar a saída dos diplomatas iranianos do reino.

Os manifestantes atearam fogo e danificaram móveis na embaixada antes de serem retirados pela polícia, que prendeu 40 pessoas. Nenhum diplomata saudita se encontrava na embaixada. Autoridades iranianas condenaram o ataque, assim como a execução de Nimr.

“O Irã tem agido de acordo com suas obrigações (diplomáticas) de controlar a ampla onda de comoção popular que se ergueu”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Hossein Jaberi Ansari, em declarações transmitidas pela TV.

“A Arábia Saudita se beneficia e prospera com o prolongamento das tensões... (Os sauditas) têm usado esse incidente como desculpa para alimentar as tensões”, acrescentou.

Ansari disse que os diplomatas iranianos ainda não tinham deixado a Arábia Saudita. No domingo à noite, foram dadas 48 horas para que eles deixassem o país.

 

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Fonte:
Reuters + Folha

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