Ações chinesas despencam 7% na abertura de 2016; operações são interrompidas pela 1º vez

Publicado em 04/01/2016 06:09

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XANGAI (Reuters) - Os mercados acionários chineses despencaram cerca de 7 por cento na sua primeira operação de 2016 nesta segunda-feira, com as pesquisas da atividade industrial fraca e com a queda do iuan aumentando as preocupações sobre a economia em dificuldade, forçando as bolsas a suspenderem as operações pela primeira vez.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, despencou 7,02 por cento, para 3.469 pontos. O índice de Xangai caiu 6,86 por cento, para 3.296 pontos.

Perdas no começo da sessão cresceram rapidamente, com as operações sendo suspensas por volta das 3h30 (horário de Brasília), cerca de 90 minutos antes do horário regular de fechamento.

As vendas se intensificaram após breve interrupção das operações de 15 minutos, quando os principais índices recuavam 5 por cento, e a atividade do dia em Xangai e Shenzhen foi interrompida logo depois.

Esse foi o primeiro dia em que os assim chamados "circuit breakers", destinados a restringir a volatilidade, foram colocados em prática.

Uma pesquisa privada divulgada nesta segunda-feira mostrou que a atividade industrial da China contraiu pelo décimo mês seguido em dezembro, e a um ritmo mais rápido do que em novembro.

Os investidores também se desfizeram de suas ações antes do iminente fim da proibição das vendas de ações dos principais acionistas de companhias listadas, que foi imposto durante as fortes quedas do mercado no verão passado (no hemisfério Norte).

(Reportagem por Samuel Shen e Pete Sweeney)

Ações asiáticas fecham em queda com atividade industrial da China

Por Hideyuki Sano

TÓQUIO (Reuters) - As ações asiáticas fecharam em queda nesta segunda-feira, primeiro dia de operações de 2016, após a atividade industrial chinesa contrair e o banco central do país depreciar o iuan.

Liderando as perdas, as ações chinesas caíram 7 por cento e acionaram o "circuit breaker" no primeiro dia em que o mecanismo de suspensão de operações foi colocado em prática.

Às 7h49 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 2,61 por cento, no curso de registrar sua maior perda desde o dia 24 de agosto do ano passado.

A queda vem após o índice ter tido desvalorização de quase 12 por cento em 2015 com o esfriamento econômico da China pressionando seus vizinhos asiáticos dependentes do comércio e os preços globais das commodities.

Somando às preocupações sobre a China, o banco central do país corrigiu o iuan para a mínima de 4 anos e meio no primeiro dia de 2016, enquanto as pesquisas da indústria mostraram que qualquer esperança na recuperação do setor é prematura.

"Embora alguma fraqueza no setor de manufatura fosse esperada, ter dois indicadores principais na mesma direção de baixa está claramente impactando o mercado", escreveu o diretor no Shenwen Hongyuan Securities, em Xangai, Gerry Alfonso.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 3,06 por cento, a 18.450 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,68 por cento, a 21.327 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 6,86 por cento, a 3.296 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 7,02 por cento, a 3.469 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 2,17 por cento, a 1.918 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 2,68 por cento, a 8.114 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,62 por cento, a 2.835 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,48 por cento, a 5.270 pontos.

(Reportagem adicional Nichola Saminather em Cingapura e Samuel Shen e Pete Sweeney em Xangaai)

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Fonte:
Reuters

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