Capa da 'Economist' alerta para queda do Brasil e prevê desastre em 2016
A tradicional revista britânica "The Economist" escolheu a crise no Brasil como tema de sua primeira capa de 2016. Com o título de "Queda do Brasil" e uma foto da presidente Dilma Rousseff de cabeça baixa, a capa alerta para "ano desastroso" à frente.
Em vez do clima de euforia que seria de se esperar no início de 2016 por causa da realização das Olimpíadas, aponta a revista, o Brasil enfrenta "um desastre político e econômico".
O texto cita a perda do grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch Ratings e a saída do governo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, menos de um ano após assumir o cargo. A previsão de que a economia brasileira encolha até 2,5% ou 3% no ano que vem também é citada. “Até a Rússia vai crescer mais do que isso”, destaca.
Os problemas na esfera política são outro destaque da reportagem, que lembra que o governo tem sido desacreditado por causa do escândalo de corrupção em torno da Petrobras. E que a presidente Dilma, acusada de esconder o tamanho do déficit orçamentário, enfrenta um processo de impeachmet no Congresso.
Veja a notícia na íntegra no site do O Globo
REVISTA BRITÂNICA DEDICA CAPA E EDITORIAL AO PAÍS E AFIRMA QUE 'ESCOLHAS DURAS' PODEM COLOCÁ-LO 'DE VOLTA NOS TRILHOS', MAS QUE DILMA NÃO TEM ESTÔMAGO PARA ELAS (THE ECONOMIST/REPRODUÇÃO)
THE ECONOMIST: DILMA NÃO TEM ESTÔMAGO PARA AS 'ESCOLHAS DURAS'
O Brasil deveria começar 2016, ano em que o País será o primeiro da América do Sul a sediar uma Olimpíada, com um humor "exuberante", mas enfrenta um "desastre econômico e político", afirma a revista britânica The Economist na principal reportagem em sua página na internet nesta quarta-feira, 30, ilustrada com uma foto da presidente Dilma Rousseff. A publicação acredita que o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, pode conseguir realizar mais coisas na política econômica, por ter apoio do PT, mas vê dificuldades no avanço de reformas mais substanciais em meio às discussões sobre o impeachment.
"Apenas escolhas duras podem colocar o Brasil de volta aos trilhos. Mas Dilma Rousseff não parece agora ter estômago pela elas", afirma a Economist na longa reportagem sobre o país, que recebeu o título "A queda do Brasil". A expectativa era de que o Brasil estivesse na vanguarda do forte crescimento dos emergentes, mas ao invés disso tem que lidar com turbulências políticas e econômicas e "talvez com o retorno de uma inflação galopante".
O texto relata uma série de eventos que ocorreu este mês no país, incluindo a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a perda do grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch, a segunda a retirar a nota, este mês, após a Standard & Poor's, em setembro. "Ao mesmo tempo, a coalizão do governo do Brasil tem sido desacreditada por um gigantesco escândalo de corrupção em torno Petrobras", afirma o texto, destacando que Dilma enfrenta ainda a abertura de um processo de impeachment.
A Economist destaca que a previsão é que a economia brasileira encolha entre 2,5% e 3% em 2016, seguindo uma recessão em 2016. Mesmo a Rússia, afetada pela queda livre dos preços do petróleo e sanções dos Estados Unidos e Europa, "deve ir melhor" no ano que vem, destaca a reportagem.
Assim como outros grandes países emergentes, o Brasil vem sendo afetado pela queda mundial dos preços das commodities, afirma a publicação inglesa. Mas Dilma conseguiu tornar as coisas ainda piores, ao tomar medidas de estímulo à economia consideradas pela Economist como extravagantes e imprudentes, que incluem corte de impostos para o setor empresarial.
"Gestores de crise do Brasil não têm o luxo de esperar por tempos melhores para começar a reforma", afirma a revista, destacando que a dívida bruta do país, que beira os 70% do Produto Interno Bruto (PIB), é alta para um país de renda média e tem tendência de crescer mais se nada for feito.
Ministério da Fazenda. Para a The Economist, Barbosa, embora tenha participado do "desastroso" primeiro mandato de Dilma, pode ser capaz de realizar mais coisas na economia. "Ele tem apoio político dentro do PT. Também tem poder de barganha, porque Dilma não pode se permitir perder outro ministro da Fazenda", afirma a reportagem. Um dos primeiros testes do novo ministro será a capacidade de convencer o relutante Congresso a aprovar a CPMF, destaca a publicação.
Apesar das vantagens Barbosa tem, a Economist afirma que é "difícil se sentir otimista com as perspectivas de reforma" no Brasil neste momento. As discussões sobre o impeachment devem dominar a agenda política por meses e o PT não tem apetite por "austeridade" na política econômica, conclui a reportagem. (AE).
O Feliz Ano Velho de Dilma, (em VEJA):
A presidente Dilma Rousseff desejou um Feliz Ano Novo aos brasileiros num artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, no qual afirma "estar convicta da capacidade do país de chegar ao fim de 2016 melhor do que indicam as previsões atuais". Mas qual a base para esse extemporâneo sentimento alentador? Dilma responde: "A principal característica das crises econômicas do Brasil, desde os anos 1950, é uma combinação entre crise externa e crise fiscal". É a velha ladainha repetida pela presidente e por seus satélites que consiste em responsabilizar o cenário externo ou seus adversários pelas próprias escolhas teimosas que deram errado. É fato que a autocrítica nunca foi uma virtude de Dilma. Mas, ao evocar o "contexto histórico" e apontar o dedo para os vizinhos, a presidente tenta disfarçar suas responsabilidades pelos desarranjos fiscais do Estado e pela equivocada "nova matriz econômica" - a jogada de marketing do petismo quando a onda era a favor para flexibilizar o tripé econômico (câmbio flutuante, superávit fiscal e meta de inflação). Sobre inflação, aliás, Dilma arrisca um prognóstico perigoso: "Ela cairá em 2016, como demonstram as expectativas dos próprios agentes econômicos". Em 2014, a então candidata à reeleição também assegurou que a inflação não voltaria a assombrar a vida dos brasileiros, como demonstravam as expectativas dos agentes econômicos. Deu errado.
Não é a única frase do artigo que traz à memória palavras ao vento dos tempos de campanha eleitoral: Dilma afirma que "o investimento direto estrangeiro demonstra confiança dos investidores", mas se esquece de dizer que as principais agências de classificação de risco rebaixaram a nota de crédito do Brasil no último trimestre. A petista se autocongratula por uma reforma administrativa, ainda que não tenha coragem de enxugar a máquina e cortar gastos para não desagradar políticos aliados.
A despeito da nau sem rumo da economia e dos inexplicáveis autoelogios em dias difíceis, o texto termina com uma frase honesta, mas que, infelizmente, jamais foi obedecida por quem mais deveria: o partido da presidente da República: "O Brasil é maior do que os interesses individuais e de grupos".(Silvio Navarro, de São Paulo).
Artigo da presidente publicado na Folha deste dia 1º já disputa o troféu do “Ridículo do Ano” (por REINALDO AZEVEDO, EM VEJA.COM)
A presidente Dilma Rousseff não gosta quando tiro férias — ou, vá lá, ao menos um período de descanso. Assídua leitora do blog, quando percebe que eu diminuo o ritmo para conciliar nas areias da praia “o ser contra o não ser universal”, ela chama seus estafetas: “Vamos lá, cutuquem aquele preguiçoso!”. E aí ocorre de ela fazer coisas como a deste 1º de janeiro.
Dilma assina na Folha o texto que vai disputar, neste 2016, o troféu “O Ridículo do Ano”. A íntegra estáaqui. Eu doido para me dedicar aos uivos da “felicidade diabólica”, como escreveu Clarice, e lá vem a governanta a nos lembrar que 2015 só vai acabar quando ela deixar o Palácio do Planalto. Ela me arranca dos abismos da metafísica. E talvez eu não a perdoe principalmente por isso.
De saída, cumpre notar: a presidente manda dizer que, mesmo injustiçada, leitor, não está brava nem com você nem comigo. No fim das contas, sabem como é, Dilmãe nos abraça, apesar das nossas malcriações. Escreve ela: “Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas nem rancores. O governo fará de 2016 um ano de diálogo com todos os que desejam construir uma realidade melhor”.
A primeira parte da declaração nada mais é do que a linguagem balofa e pouco severa que marca fins e começos de ano. A segunda já embute uma ameaça: haverá diálogo com quem quiser construir uma realidade melhor; se diálogo não houver, então é porque a outra parte é do tipo que quer construir uma… realidade pior! O raciocínio é um brocado do pensamento autoritário que, não obstante, quer-se muito tolerante. Na Coreia do Norte, em Cuba ou na China, governantes dialogam com os que desejam “uma realidade melhor”. Só mandam matar os que lutam em favor do contrário.
O artigo se resume a uma cascata que passaria, fosse ela ainda candidata, por mera bobagem eleitoreira. Ocorre que esta senhora tomou posse há exatamente um ano. E está a descumprir cada uma das palavras empenhadas justamente porque o diagnóstico que fez da crise em 2014 era mentiroso. E, para espanto de um mínimo de bom senso, a petista o repete agora. E isso nos dá, então, a certeza de que, enquanto continuar a ocupar a cadeira presidencial, só o abismo nos espreita.
É evidente que não esperava que Dilma admitisse os crimes fiscais que cometeu e os erros grosseiros de operação de política econômica, contra advertências as mais sensatas feitas até por quem está no campo governista, como é o caso de Delfim Netto, para citar um nome. Mas chega a ser acintoso que a governante que vai nos garantir dois anos seguidos de recessão (2015 e 2016), depois de um outro com crescimento de 0,1% (2014), afirme o seguinte:
“Foi um ano no qual a necessária revisão da estratégia econômica do país coincidiu com fatores internacionais que reduziram nossa atividade produtiva: queda vertiginosa do valor de nossos principais produtos de exportação, desaceleração de economias estratégicas para o Brasil e a adaptação a um novo patamar cambial, com suas evidentes pressões inflacionárias.”
Não há uma só verdade na passagem. A “queda vertiginosa” das commodities se deu em 2012. Ainda que tivesse acontecido posteriormente, seria só um elemento a agravar o abismo fiscal em que ela própria e Guido Mantega nos meteram ao implementar uma política em que despesa crescia continuamente acima da receita. Isso para não falar nas oportunidades perdidas de operar reformas essenciais, enquanto o outro abismo, o da crise política, ainda não nos espreitava. Ao contrário: Dilma, seguindo os passos de Lula, demonizava as políticas de austeridade, acusando-as de conspirar contra os interesses populares.
Já lembrei aqui e o faço de novo: em dezembro de 2012, o Instituto Lula e uma entidade francesa ligada às esquerdas promoveram um seminário na França. A nossa mestra deu um pito em Angela Merkel e ofereceu o modelo brasileiro como alternativa. Em janeiro de 2013, há meros três anos, esse portento da raça disse o seguinte em rede nacional de rádio e TV:
“Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda.
Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo, entre outras coisas, com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou, os brasileiros estão podendo e sabendo consumir e poupar. Não faltou comida na mesa, nem trabalho. E nos últimos dois anos, mais 19 milhões e 500 mil pessoas, brasileiros e brasileiras, saíram da extrema pobreza.”
Talvez nem fosse necessário observar, mas o fato é que não há uma só corrente do pensamento econômico que assegure ser impossível crescer e distribuir renda. Esses são os inimigos imaginários que o PT combateu, enquanto destruía a economia do país. E, como se nota, as “conquistas” das quais se jactava a presidente, que havia acabado de selar o desastre no setor elétrico, foram para o ralo.
O tom do artigo desde 1º de janeiro de 2016 repete a ladainha mentirosa, arrogante e autorreferente dos tempos em que o desastre estava contratado, sim, mas ainda não havia se manifestado. É estupefaciente que um país que está na iminência de ganhar o selo de “grau especulativo” da terceira grande agência de classificação de risco seja exibido pela presidente como exemplo do destino de investimentos estrangeiros.
O artigo, levado em conta apenas o texto, é menos do que nada e não tem a menor importância. Considerado o contexto, estamos diante de um indício de que viveremos, infelizmente, dias turbulentos. A presidente decidiu fazer de conta que a realidade é apenas uma narrativa distorcida pela má vontade de seus adversários. E esse costuma ser um dos caminhos de diabólicas infelicidades.
2 comentários
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Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR
Hoje o DIA MUNDIAL DA PAZ ! Data em que todos os humanoides com massa cinzenta, cinzenta... (Não é de cinzas, pois cinzas é o produto da "queima" de qualquer substância... Veja como os signos nos atrapalham (cinza, cinzenta, cinzas) são signos das mesmas raízes etimológicas, mas apresentam significados impares). Mas, voltemos aos "causo"(Como fui interrompido pelos meus devaneios e, estes sempre me levam distante do ponto, demoro algum tempo para retornar ao "ponto"). Ah! O "ponto" é que aqueles providos de massa cinzenta e dela fazem uso, têm um "senso comum" de humanidade e, procuram conviver aplicando esses conceitos.
Estou vivendo no dia 1º de um novo ano, mas todas as mazelas do velho ano pesa nas minhas costas, no meu consciente... NADA MUDOU !!! Aí você se pergunta: POR QUE ?? RESPOSTA: Para que as mudanças possam ocorrer, vc tem de PARTICIPAR ATIVAMENTE !!! Neste novo ano que se inicia você tem 364 dias para participar ativamente, pois hoje é "DIA DE PAZ" !!! QUE 2016 SEJA UM NOVO ANO DE RESULTADOS POSITIVOS !!!Ah! Qual é o resultado positivo primordial? MANDAR A ESTOCADORA DE VENTO PARA OS VENTOS QUE A PARIU !!! ... Calma! ... Uma coisa de cada vez !!... A lista é grande !! ... Não vamos nos perder nas precedências !!... O castigo do "papel higiênico" deve vir em seguida !! ... Não sabem quem é o "papel higiênico" ? ... É aquele que sempre viveu próximo das "sujeiras" !! ... Sabem quem é agora ?... Não ?... É o Lula ! Agora ele está mais sujo que "qualquer" papel higiênico !!... Já se tornou num "espalha roda"... Aquele individuo que chega numa roda de pessoas conversando e, em pouco tempo, se vê sozinho.
cordelio antonio lacerda Cristais - MG
Fora Dilma!!!!... se nao tem competencia deixe do poder, logo,... O Brasil nao aguenta mais tanta incompetencia...
e leve o PT junto.....