Dólar opera quase estável ante real após carta de Temer a Dilma
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava perto da estabilidade frente ao real nesta terça-feira, após o vice-presidente Michel Temer enviar à presidente Dilma Rousseff carta apontando o que chamou de desconfiança do governo em relação a ele e ao PMDB, mas dados fracos sobre a economia chinesa evitavam recuos mais fortes.
Embora Temer não tenha proposto explicitamente o rompimento com Dilma, operadores entendem que não há outra alternativa após a divulgação da carta. Eles acreditam que a notícia dá força ao lado que defende o impeachment contra a presidente, perspectiva que tem sido, de maneira geral, bem recebida pelo mercado.
Às 10:16, o dólar recuava 0,02 por cento, a 3,7582 reais na venda.
"Conforme vai se distanciando o PMDB do governo, vai ficando mais forte a hipótese do impeachment", disse o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.
Temer destacou na carta à presidente "fatos reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB", segundo a Vice-Presidência da República.
A notícia vem no momento em que tramita no Congresso Nacional o processo de abertura de impeachent contra Dilma. Foi adiada para esta sessão a eleição da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o tema, contrariando o governo, que quer que a matéria seja votada o mais rápido possível.
Muitos operadores acreditam que eventual mudança no governo poderia facilitar a recuperação da economia brasileira. Alguns ressaltam, porém, que o processo pode paralisar o ajuste fiscal e provocar rebaixamentos da nota soberana do país.
"A reação (à perspectiva de impeachment contra Dilma) agora é positiva, mas é preciso esperar esse processo todo se desenhar para entender como o mercado vai ser afetado", acrescentou Trabbold, ressaltando que a tendência é que o mercado siga volátil.
Nos mercados externos, a divisa norte-americana fortalecia contra as principais moedas emergentes, após as exportações da China caírem mais que o esperado em novembro, levando investidores a evitar ativos de maior risco.
Outro fator que trazia alívio para o câmbio nesta sessão era a atuação do Banco Central, que voltou a anunciar para esta tarde leilão de venda de até 500 milhões de dólares com compromisso de recompra. A operação, segundo a assessoria de imprensa do BC, não tem como objetivo rolar contratos já existentes.
Além disso, a autoridade monetária dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
(Por Bruno Federowski)
Dólar opera em queda, de olho na política local e juros dos EUA
O dólar opera em baixa nesta terça-feira (8), após ter fechado em alta na véspera, invertendo a tendência das quatro sessões anteriores, quando recuou. Investidores ainda estão cautelosos com a tramitação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional e a possibilidade de o Federal Reserve (banco central norte-americano) subir os juros nos EUA.
Às 9h09, a moeda norte-americana caía 0,15%, a R$ 3,753 para venda.
Na véspera, o dólar subiu 0,53%, a R$ 3,7589.
Leia a notícia na íntegra no site G1.
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