Petrobras pressiona Planalto por reajuste de combustíveis
BRASÍLIA - Com uma dívida total de R$ 506,6 bilhões e reduzindo seus investimentos, a Petrobras tem pressionado o Palácio do Planalto por um novo reajuste dos combustíveis. Embora os preços do petróleo estejam em baixa desde o segundo semestre do ano passado, essa seria uma forma de ajudar a estatal a reequilibrar suas finanças, que foram abaladas, entre outros fatores, pelo escândalo da Operação LavaJato.
— Existe uma pressão nesse sentido (de aumentar os combustíveis) — disse ao GLOBO um interlocutor do Planalto.
A ideia, entretanto, não tem aval da equipe econômica. Um dos motivos é que um novo aumento dos combustíveis teria impacto na inflação, que este ano deve fechar em dois dígitos — 10,33%, segundo a última estimativa da pesquisa Focus, do Banco Central (BC) — e em 2016 já supera o teto da meta, de 6,5%, de acordo com a mesma pesquisa.
Em setembro, a Petrobras reajustou os preços de venda da gasolina em 6% e do diesel em 4% nas refinarias. Os aumentos foram repassados aos consumidores, em muitos casos, em percentuais acima do reajuste dos combustíveis na refinaria, pois muitos postos de gasolina aproveitaram para recompor margens de lucro.
Mesmo com o reajuste, a Petrobras continua com sérias dificuldades de caixa e os técnicos do governo reconhecem que a empresa precisa melhorar sua situação financeira.
Leia a notícia na íntegra no site O Globo.
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