PIB dos EUA cresce 2,1% no 3º tri com revisão para cima
(Por Lucia Mutikani)
WASHINGTON (Reuters) - A economia norte-americana cresceu a um ritmo mais forte no terceiro trimestre do que inicialmente imaginado, sugerindo resiliência que pode ajudar a dar ao Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, confiança para elevar a taxa de juros no próximo mês.
O Departamento do Comércio informou nesta terça-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma taxa anual de 2,1 por cento, contra taxa de 1,5 por cento divulgada no mês passado. O Departamento explicou que os esforços das empresas para reduzir os estoques não foram tão agressivos quanto anteriormente pensado.
A estimativa de crescimento também foi impulsionada por revisões para cima dos gastos corporativos em equipamentos e investimento imobiliário. Embora os gastos do consumidor tenham sido revisados um pouco para baixo, seu ritmo continua acelerado.
Quando medida pelo lado da receita, a economia cresceu a uma taxa de 3,1 por cento, acelerando em comparação ao ritmo de 2,2 por cento do segundo trimestre.
A expansão respeitável do terceiro trimestre deve colocar a economia em condição de alcançar um crescimento de ao menos 2 por cento na segunda metade do ano, em torno do seu potencial de longo prazo. Na sequência do robusto crescimento do emprego em outubro e da forte demanda doméstica, o Fed deve elevar os juros em sua reunião de 15 e 16 de dezembro.
A revisão do PIB ficou em linha com as expectativas dos economistas. As empresas acumularam 90,2 bilhões de dólares em estoques no terceiro trimestre, em vez dos 56,8 bilhões de dólares divulgados no mês passado.
Como resultado, a mudança nos estoques cortou 0,59 ponto percentual do crescimento do PIB do terceiro trimestre, contra 1,44 ponto percentual que o governo divulgou em outubro. Isso, entretanto, sugere que os estoques podem ser um peso maior ainda para o crescimento do quarto trimestre.
Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, cresceram a uma taxa de 3 por cento, contra 3,2 por cento estimados no mês passado.
Uma medida de demanda doméstica privada, que exclui o comércio, estoques e gastos do governo, também foi revisada para baixo, para um ritmo ainda forte de 3,1 por cento 3,2 por cento anteriormente.
O crescimento nas exportações, que têm sido afetadas pelo dólar forte e demanda global fraca, foi revisado para um aumento de 0,9 por cento. Com as importações subindo a um ritmo ligeiramente mais rápido do que informado anteriormente, o déficit comercial subtraiu 0,22 ponto percentual do crescimento do PIB. Anteriormente foi divulgado que o comércio teve um impacto neutro
O investimento em estruturas não residenciais contraiu 7,1 por cento, contra taxa de 4,0 por cento divulgada antes. Entretanto, os gastos das empresas foram revisados para cima para 9,5 por cento, ante 5,3 por cento.
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