Bovespa tem 3ª alta seguida com siderúrgicas disparando após sinal de ajuda
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta pelo terceiro pregão seguido nesta quarta-feira, com ações de siderúrgicas disparando após notícia sobre estudo do governo para elevar tarifas de importação de aço.
A trajetória positiva dos pregões em Wall Street endossou o avanço local, assim como a repercussão da ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada durante os ajustes de fechamento do pregão local.
O Ibovespa subiu 0,4 por cento, a 47.435 pontos. O volume financeiro somou 5,9 bilhões de reais, novamente abaixo da média diária de 2015 de 6,8 bilhões de reais.
O enfraquecimento dos papéis da Vale e do Itaú Unibanco, que chegaram a subir durante o pregão, e o forte recuo da BRF e de MRV pesaram no índice de referência da Bovespa, que chegou a subir 1,49 por cento na máxima do dia.
Nos Estados Unidos, o índice acionário S&P 500 acelerou os ganhos para mais de 1 por cento, após a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do banco central norte-americano, que reforçou o viés positivo da sessão, que já era amparado pela Apple e ações de saúde.
No documento, um número sólido de autoridades do Federal Reserve defenderam possível alta de juros em dezembro na última reunião, mas também debateram evidências de que o potencial de longo prazo da economia norte-americana pode ter se movido permanentemente para baixo.
=CSN saltou 17,31 por cento, maior alta percentual desde outubro de 2008, guiando os fortes ganhos de siderúrgicas no Ibovespa, em meio à informação de que o governo estuda aumentar as alíquotas de importação de alguns produtos siderúrgicos de 8 a 14 por cento para entre 15 e 20 por cento, conforme reportagem da Folha de S.Paulo. Após audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse a jornalistas que é uma possibilidade aumentar a alíquota de importação de aço, ao ser questionado sobre o assunto. USIMINAS disparou 14,63 por cento e GERDAU ganhou 1,52 por cento. A alta foi amplificada por cobertura de posições vendidas no caso de CSN e Usiminas.
=BRADESCO avançou 0,8 por cento, em nova sessão de recuperação, reduzindo a defasagem em relação ao concorrente ITAÚ UNIBANCO, que cedeu 0,24 por cento. No mês, Bradesco acumula ganho de 8,09 por cento e Itaú 7,88 por cento. No acumulado de 2015, contudo, Bradesco ainda acumula perda de 20,96 por cento, contra declínio de apenas 5,35 por cento de Itaú.
=CCR subiu 2,72 por cento, após o diretor vice-presidente da companhia, José Braz, afirmar que as discussões da concessionária com o governo federal para um aditivo constratual relativo à concessão da NovaDutra, que contempla obras na Serra das Araras (RJ), "estão chegando a um bom termo". O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, espera a assinatura do aditivo até o fim de novembro ou início de dezembro.
=CPFL ENERGIA fechou em alta de 3,66 por cento, beneficiada pela notícia de que bancos públicos e privados devem oferecer financiamento de 5 bilhões a 6 bilhões de reais aos vencedores da relicitação de 29 usinas hidrelétricas, marcada para semana que vem, conforme informou o jornal Valor Econômico citando duas fontes que participam das negociações. TRACTEBEL e ENERGIAS DO BRASIL, que também estão entre as empresas que poderiam participar do certame, subiram 2,69 e 2,12 por cento.
=NATURA avançou 1,48 por cento nesta sessão, véspera de encontro da empresa com analistas e investidores. O BTG Pactual disse em relatório que fabricante de cosméticos deve apresentar no encontro sua nova estratégia de lojas, visando mitigar impacto do cenário macroeconômico e a contração do mercado de cosméticos e produtos de higiene pessoal.
=PETROBRAS fechou em alta de 1,06 por cento nas ações ordinárias e de 0,77 por cento nas preferenciais, abandonando as máximas do dia diante do enfraquecimento dos preços do petróleo. A estatal reportou na véspera alta na produção de outubro, mas queda na base anual, desempenho que analistas avaliaram que não deve afetar significativamente a obtenção da meta da companhia para o ano. Na visão do Credit Suisse, os dados de produção não são um vetor chave para a desalavancagem da companhia neste momento.
=MRV ENGENHARIA caiu 4,33 por cento, liderando as perdas, em meio a movimentos de realização de lucros, uma vez que aparece entre os papéis com melhor desempenho em novembro, com ganho acumulado de cerca de 16 por cento, mesmo após a perda desta sessão.
0 comentário
Dólar tem leve alta na abertura com cautela antes de pacote fiscal e dados dos EUA
Minério de ferro avança com produção de aço mais forte superando dados fracos da China
Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah entra em vigor; civis começam a voltar ao sul do Líbano
Arthur Lira acena para avanço de projetos sobre “Reciprocidade Ambiental”
CMN amplia prazo para vencimento de crédito rural em cidades do RS atingidas por chuvas
Ibovespa fecha em alta à espera de pacote fiscal; Brava Energia dispara