Estado Islâmico assume responsabilidade por ataques que mataram 129 em Paris

Publicado em 14/11/2015 09:55
Reuters

PARIS (Reuters) - O Estado Islâmico assumiu neste sábado a responsabilidade pelos ataques coordenados de homens com armas de fogo e bombas que mataram 129 pessoas em diversos pontos de Paris, e que o presidente francês, François Hollande, disse que equivaliam a um ato de guerra contra a França.

Promotor de Paris diz que agressores podem ter atuado em três grupos coordenadosPARIS (Reuters) - Os ataques que mataram 129 pessoas na noite de sexta-feira em Paris, em uma onda de tiroteios e explosões suicidas, parecem ter sido feitos por até três equipes, disse neste sábado o promotor público de Paris François Molins.

Polícia belga faz "várias prisões" após buscas ligadas a ataques em Paris

BRUXELAS (Reuters) - A polícia belga prendeu neste sábado diversas pessoas durante buscas em um distrito de Bruxelas após os ataques em Paris assumidos pelo Estado Islâmico, disse o ministro da Justiça da Bélgica.

Familiares usam redes sociais na busca de desaparecidos em Paris; luto domina postagens

LONDRES (Reuters) - Dezenas de apelos por pessoas desaparecidas circularam no Twitter e marcadores verdes com as palavras "Estou em segurança" apareceram em perfis do Facebook de muitos parisienses neste sábado, dia em que uma avalanche de choque e tristeza com os atentados de sexta-feira dominou as redes sociais.

Presidente da França diz que ataques em Paris foram um "ato de guerra" do Estado Islâmico

PARIS (Reuters) - O presidente francês, François Hollande, disse neste sábado que os ataques em Paris que mataram 127 pessoas foram "um ato de guerra", organizado do exterior pelo grupo Estado Islâmico com a ajuda interna.

Ataques de Paris colocam terrorismo no centro das discussões do G20 na Turquia

BELEK, Turquia (Reuters) - O presidente turco Tayyip Erdogan pediu neste sábado que líderes mundiais priorizem a luta contra o terrorismo em um momento em que se preparam para um encontro no sudoeste da Turquia, dizendo que os ataques em Paris assumidos pelo Estado Islâmico mostram que o momento já não é mais para apenas palavras.

França manterá cúpula climática da ONU com segurança reforçada

PARIS (Reuters) - A França planeja ir adiante com a cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris no final deste mês apesar da série de ataques que mataram 127 pessoas na capital na sexta-feira.

 

Ataques em Paris deixam 127 mortos; Estado Islâmico ameaça França (informações de sábado)

PARIS (Reuters) - Atiradores e homens-bomba atacaram restaurantes, uma casa de shows e um estádio em Paris na noite de sexta-feira, matando 127 pessoas em um ataque mortal sem precedentes que presidente da França, François Hollande, afirma ser trabalho do Estado Islâmico.

O Estado Islâmico lançou um vídeo sem data na qual um militante disse que a França não iria viver em paz enquanto participasse dos ataques liderados pelos Estados Unidos contra seus combatentes.

Uma autoridade da prefeitura de Paris disse que homens armados assassinaram sistematicamente pelo menos 87 pessoas que assistiam a um show de rock na casa Bataclan. Comandos antiterrorismo iniciaram uma ofensiva no local. Os atiradores detonaram cintos explosivos e dezenas de sobreviventes chocados foram resgatados, enquanto corpos ainda estavam sendo removidos na manhã deste sábado.

Cerca de outras 40 pessoas foram mortas em até cinco outros ataques na região de Paris, afirmou a autoridade municipal, incluindo um aparente duplo atentado suicida no lado de fora do estádio nacional onde Hollande e o ministro das Relações Exteriores alemão assistiam a um amistoso de futebol. Cerca de 200 pessoas ficaram feridas.

 

Foi o pior ataque do tipo na Europa desde os atentados aos trens de Madri de 2004, em que 191 pessoas morreram.

Hollande disse que o número de mortos ficou em 127. Autoridades disseram que oito agressores morreram, sete dos quais detonaram cintos com explosivos em vários locais, enquanto um tinha sido morto a tiros pela polícia. Não ficou claro se todos os atacantes foram contabilizados.

 

Passaporte sírio é encontrado perto de homem-bomba de estádio de Paris, dizem fontes

PARIS (Reuters) - Um passaporte sírio foi encontrado perto do corpo de um dos homens-bomba que se explodiu na sexta-feira perto de um estádio de futebol Paris, afirmaram fontes próximas à investigação dos ataques mortais em Paris.

Premiê britânico chama reunião de emergência para avaliar resposta a ataques em Paris

LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, convocou uma reunião do comitê para emergência do seu governo para discutir os ataques que mataram 127 pessoas em Paris, enquanto um terminal do segundo aeroporto mais ativo do após foi evacuado por precaução.

Polônia diz que não pode aceitar imigrantes sob esquema da UE após ataques em Paris

VARSÓVIA (Reuters) - A Polônia não pode aceitar imigrantes sob o esquema de cotas da União Europeia (UE) depois dos ataques de sexta-feira em Paris, disse neste sábado Konrad Szymansky, designado para o Ministério de Assuntos Europeus da Polônia.

Bélgica pede a cidadãos que evitem viagens desnecessárias a Paris após ataques

BRUXELAS (Reuters) - O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, pediu aos belgas neste sábado para não viajarem a Paris a menos que seja necessário, horas depois de ataques reivindicados pelo Estado Islâmico matarem 127 pessoas na cidade.

Presidente da França diz que ataques em Paris foram um "ato de guerra" do Estado Islâmico

PARIS (Reuters) - O presidente francês, François Hollande, disse neste sábado que os ataques em Paris que mataram 127 pessoas foram "um ato de guerra", organizado do exterior pelo grupo Estado Islâmico com a ajuda interna.

Jatos turcos atingem alvos curdos no norte do Iraque, diz autoridade

ANKARA (Reuters) - Jatos turcos atingiram alvos militantes curdos no norte do Iraque durante a noite de sexta-feira, afirmou uma autoridade sênior de segurança, conforme o presidente Tayyip Erdogan instou a comunidade internacional a dar prioridade à luta contra o terrorismo na sequência dos atentados de Paris.

Vídeo do Estado Islâmico fala para muçulmanos atacarem na França

CAIRO (Reuters) - O Estado Islâmico divulgou um vídeo sem data neste sábado incitando muçulmanos que não podem viajar para a guerra santa na Síria realizarem ataques na França, um dia após atiradores e homens-bomba matarem pelo menos 127 pessoas em Paris.

Papa condena assassinatos em Paris como injustificáveis, atos desumanos

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco condenou neste sábado os assassinatos em Paris, chamando os ataques de atos "desumanos" injustificáveis que o deixaram abalado e triste.

Estado Islâmico reivindica responsabilidade por ataques a Paris

 

CAIRO (Reuters) - O grupo militante Estado Islâmico reivindicou neste sábado a responsabilidade por ataques que mataram 127 pessoas em Paris, afirmando que enviou combatentes presos a cintos com explosivos e carregando metralhadoras a vários locais da capital francesa.

Os ataques foram planejados para mostrara que a França continuaria a ser um dos principais alvos para o grupo jihadista enquanto o país prosseguisse com suas políticas atuais, disse o grupo em um comunicado.

Atiradores e homens-bomba mataram pelo menos 127 pessoas em ataques de sexta-feira.

Mais cedo neste sábado, o Estado Islâmico distribuiu um vídeo sem data ameaçando atacar a França se bombardeios a seus combatentes continuasse.

 

Vídeo do Estado Islâmico fala para muçulmanos atacarem na França


CAIRO (Reuters) - O Estado Islâmico divulgou um vídeo sem data neste sábado incitando muçulmanos que não podem viajar para a guerra santa na Síria realizarem ataques na França, um dia após atiradores e homens-bomba matarem pelo menos 127 pessoas em Paris.

"Vocês certamente receberam ordens para lutar contra o infiel onde ele estiver - que vocês estão esperando? Há armas e carros disponíveis e alvos prontos para serem atacados", afirmou um militante do Estado Islâmico, ao lado de outros combatentes, no vídeo.

"Mesmo veneno está disponível. Então, envenene a água e a comida de pelo menos um dos inimigos de Alá."

 

China pede solidariedade no G20 em razão de ataques a Paris


BELEK, Turquia (Reuters) - Eventos como os ataques em Paris tornaram crucial para as economias mais importantes do mundo ficarem fortes e aumentarem a sua solidariedade quando se reunirem em uma cúpula neste fim de semana na Turquia, afirmou neste sábado o vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyou.

Líderes do Grupo das 20 (G20) principais economias do mundo, incluindo os Estados Unidos, China, Japão, Rússia, Canadá, Austrália e Brasil, vão se reunir no domingo e NA segunda-feira no resort mediterrâneo de Antalya, para discutir questões econômicas globais principalmente, mas também os ataques Paris também descobrir.

"Embora reconheçamos os riscos colocados pelo terrorismo e seu grande impacto negativo sobre o desenvolvimento econômico, devemos dar a nossa devida resposta a isso", disse Zhu, em uma entrevista coletiva em Belek, sudoeste da Turquia, falando através de um intérprete.

"Devemos trabalhar juntos, temos de melhorar a nossa solidariedade.

 

Presidente da França diz que ataques em Paris foram um "ato de guerra" do Estado Islâmico


"PARIS (Reuters) - O presidente francês, François Hollande, disse neste sábado que os ataques em Paris que mataram 127 pessoas foram "um ato de guerra", organizado do exterior pelo grupo Estado Islâmico com a ajuda interna.

"Diante da guerra, o país deve tomar medidas adequadas", disse ele, sem explicar o que isso significava.

Hollande disse que iria falar ao Parlamento na segunda-feira em uma reunião extraordinária e que anunciou três dias de luto oficial pelas vítimas dos ataques de sexta-feira.

Os ataques em um estádio, sala de concertos e cafés e restaurantes no norte e leste Paris foram "um ato de guerra cometido pelo Daesh que foi preparado, organizado e planejado de fora (da França)" com a ajuda de dentro da França, afirmou Hollande, usando o acrônimo árabe para Estado Islâmico.

"Todas as medidas para proteger os nossos compatriotas e nosso território estão sendo tomadas no âmbito do estado de emergência", disse.

O ataque coordenado ocorreu no momento em que a França, um dos países fundadores da coalizão que tem realizado ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra combatentes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, está em alerta elevado para atentados terroristas antes de uma conferência climática global no fim deste mês.

 

TERROR EM PARIS – O Estado Islâmico chegou ao Ocidente (por REINALDO AZEVEDO, DE VEJA.COM)

Foi um ataque horripilantemente espetacular, a evidenciar que o mal já está na França — ou, se quiserem, está entre nós. Não é preciso ter muita imaginação para saber a origem: é claro que estamos falando do Estado Islâmico. Ainda que não se constatasse um liame formal com aqueles delinquentes, há um vínculo que é dado, vamos dizer, pelo espírito do tempo. Os franceses participam dos ataques aéreos às bases terroristas na Síria. O primeiro foi desferido no dia 30 de setembro

Pois é…  Depois de um ataque dessa dimensão, a França tem uma dupla preocupação. Com uma enorme população de origem árabe, o terrorismo encontra facilidades extras para se esconder entre pessoas decentes — sempre lembrando que o Estado Islâmico tem conseguido também, o que é espantoso, seduzir jovens ocidentais sem qualquer vínculo anterior com o islamismo.

E dessa realidade factual decorre um problema muito fácil de explicar e muito difícil de resolver. É claro que vão crescer o preconceito e a hostilidade às comunidades islâmicas de maneira geral — e árabes em particular. Por mais que se façam apelos à razão e que se demonstre que a maioria dos imigrantes e descendentes são pacíficos, é muito mais difícil combater o medo do que a efetiva ameaça.

Teóricos de um choque de civilizações entre os muçulmanos e o Ocidente certamente começarão a ser revisitados. Se tais teorias andaram, por um tempo, em baixa, o Estado Islâmico tem se encarregado de renová-las, uma vez que se mostrou capaz não de infiltrar terroristas em países ocidentais, como fazia a Al Qaeda, mas de mobilizar braços que já estão presentes nesses países.

Mais: a Europa vive uma espécie de transe com a chegada em massa de imigrantes muçulmanos, vindo das áreas da guerra, o que tem gerado a reação muitas vezes violenta de grupos xenófobos. É evidente que uma ocorrência como essa tende a acirrar ainda mais os ânimos.

E o pior de tudo é que resta um recado: esse terrorismo que consegue se esconder no seio da própria sociedade é muito difícil de combater. Infelizmente, não se faz isso sem um estreitamento das liberdades individuais e sem que cresça enormemente a vigilância do Estado sobre os indivíduos.

O terror não mata só pessoas. Mata também as liberdades individuais.

 

Os pelo menos 140 mortos provam que é preciso tratar Estado Islâmico de outro modo

O novo e espetacular atentado terrorista em solo francês demonstra que o Estado Islâmico, que nasceu debaixo do nariz das potências ocidentais, é muito mais perigoso do que se imaginava. Parece-me que é chegada a hora de as tais potências se perguntarem se bastam ataques aéreos para contornar o mal.

Sim, eu sei o que estou perguntando, aparentemente em contradição com os fatos. Afinal de contas, o atentado foi praticado em solo francês. Quando se conhecer a identidade dos terroristas, é possível que haja franceses entre eles — se não forem todos nascidos na própria França.

Ocorre que esses “emissários” ou “representantes” atuam hoje em nome do que está pretendendo se estabelecer como uma pátria. Parece claro a esta altura que simples ataques aéreos são insuficientes para vencer os delinquentes.

Ainda que o terrorismo em rede prescinda de um território específico — os desta sexta, reitero, muito provavelmente são nativos da França —, o fato é que as amplas áreas ocupadas pelo Estado Islâmico dão a impressão de que existe também uma “pátria” pela qual lutar.

Por improvável e até, vá lá, exótico que pareça, chegou a hora de as potências ocidentais se sentarem à mesma mesa de Vladimir Putin e planejar uma ação terrestre e fulminante, com ocupação do território, nas áreas dominadas pelo Estado Islâmico.

Talvez, por um tempo, as ações terroristas no Ocidente até se intensifiquem. Mas chegou a hora de constatar o óbvio: o que se passa por lá e os braços que essa gente mobiliza no mundo agridem a noção mais comezinha de humanidade.

 

TERROR EM PARIS  – Dez meses depois do pior atentado da história da França, um trauma ainda maior

O ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, no dia 7 de janeiro, era, até esta sexta-feira, o pior da história da França. E o trauma na sociedade francesa já não era pequeno.

Parece não haver muitas dúvidas sobre a autoria dos ataques, não é mesmo? Estamos vivendo sob o risco do mal absoluto: o Estado Islâmico. Mas tratarei desse assunto em particular em outro post.

Quando houve o ataque contra o Charlie Hebdo, acusei a delinquência intelectual de certos analistas que, ora vejam, naquele caso, procuraram buscar os responsáveis entre as vítimas.

Mesmo aqui no Brasil teve início um debate asqueroso sobre o ânimo para a provocação do Charlie Hebdo. Nas sublinhas, o que se lia era o seguinte: “A culpa é das vítimas; elas provocaram!”. Por incrível que pareça, teve início uma peroração sobre “os limites do humor”, como se terroristas precisassem de motivos. Não! Ele só precisam de pretextos. E os pretextos estão fora da órbita da razão.

Se o ataque ao Charlie Hebdo tinha algum nexo com as charges de Maomé, os de agora se devem a quê? Os esquerdistas de plantão — que sentem uma estranha atração pelo extremismo islâmico — não queriam nem saber.

Na Folha, um tal Daniel Serwer, professor da Universidade Johns Hopkins, preferiu voltar suas baterias contra a extrema direita francesa, como se esta tivesse invadido a redação do “Charlie Hebdo” para fuzilar pessoas. Raphael Liogier, francês e professor de um observatório de religião, disse, numa fala de impressionante delinquência, que o “desafio real não são os muçulmanos”, mas “o fato de estarmos em uma sociedade em que existe um orgulho narcisista de quem era o centro do mundo e perdeu a influência”. Tudo seria fruto de uma crise de identidade dos europeus, entenderam?

Não por acaso, grupos de extrema esquerda no Brasil e vagabundos financiados com dinheiro público para fazer suas páginas asquerosas na Internet também não condenaram o ataque. Ao contrário: a exemplo dos terroristas que invadiram o jornal, querem controlar a mídia, querem limitar a liberdade de expressão, querem submeter as opiniões e as vontades a um ente de razão, a uma força superior que diga o que pode e o que não pode no país.

Esses novos atentados, 10 meses depois do trauma do “Charlie Hebdo”, serão vistos por muitos como o prenúncio de uma guerra entre dois mundos, mas travada em solo ocidental.

(por REINALDO AZEVEDO)

 

 

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Fonte:
Reuters + Reinaldo Azevedo

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