ANP reduz estimativa de produção de petróleo do Brasil a 3,6 mi barris/dia em 2020

Publicado em 22/10/2015 17:16

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produção de petróleo no Brasil em 2020 deverá alcançar cerca de 3,6 milhões de barris ao dia, patamar bem abaixo de estimativas anteriores feitas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), afirmou nessa quinta-feira o diretor da autarquia José Gutman.

A revisão da ANP se deve a um cenário de preços baixos do petróleo, com a Petrobras também reduzindo metas de produção, após um corte de investimentos de cerca de 40 por cento em seu plano plurianual, em junho deste ano.

A estatal prevê elevar a produção de petróleo no Brasil até 2020 para 2,8 milhões de barris por dia, bem abaixo dos 4,2 milhões estimados no plano anterior, após o escândalo de corrupção que teve consequências financeiras e na cadeia de fornecedores.

Gutman destacou que projeções feitas anteriormente pela ANP chegavam a apontar para um produção nacional em 2020 acima dos 5 milhões de barris ao dia.

"Hoje estamos com 2,5 milhões de barris ao dia e algo como 100 milhões de metros cúbicos de gás. Estamos num 'ramp-up' de produção e talvez atinjamos em 2020 uma faixa 3,6 milhões. Já foi maior a previsão... slides meus chegaram a 5 a 5,5 milhões", afirmou Gutman, durante em evento da FGV/Energia.

Mais cedo neste mês, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, havia divulgado revisão na previsão para a produção de petróleo no Brasil para 4 milhões de barris de petróleo entre 2025 e 2026, ante estimativa anterior de 4,5 milhões de barris/dia em 2022.

Gutman ressaltou que, apesar da redução nas projeções, o Brasil ainda é um dos poucos países no mundo que ainda tem perspectiva de ampliar a produção nos próximos anos. "Teve a redução (na previsão), mas continua com crescimento."

O cenário de preços baixos do barril de petróleo está levando as petroleiras a refazer os cronogramas de seus projetos, priorizando os ativos mais lucrativos, o que trará impactos para a produção no longo prazo, segundo a ANP.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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Fonte:
Reuters

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