Dólar volta a R$ 3,75 e acumula perda de 4,74% na semana, de olho no Fed
Por Flavia Bohone
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda de quase 1 por cento nesta sexta-feira, voltando ao patamar de 3,75 reais, após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, reforçar as expectativas de que a taxa de juros norte-americana deve subir somente em 2016, mas com os investidores ainda atentos à conturbada cena política e econômica no Brasil.
O dólar recuou 0,90 por cento, a 3,7588 reais na venda, chegando a 3,7213 reais na mínima do dia. No acumulado da semana, a moeda perdeu 4,74 por cento e, nos últimos nove pregões, incluindo este, desabou 8,53 por cento.
"O mercado pega carona com (o cenário) externo. O Fed em cima do muro beneficia a melhora dos emergentes e nós aparecemos nesse bolo", disse o especialista em câmbio da Icap, Ítalo Abucater.
A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgada na véspera, mostrou que o Fed acreditava que a economia do país estava perto de justificar alta de juros no mês passado, mas seus membros decidiram que seria prudente esperar por evidências de que a desaceleração da economia global não está tirando a atividade norte-americana dos trilhos.
A perspectiva de manutenção dos juros quase zerados nos EUA sustenta a atratividade de investimentos em países emergentes, que oferecem taxas mais altas.
Apesar da queda do dólar nesta sessão, as incertezas políticas e econômicas locais seguiram no radar dos investidores, com potencial para voltar a pressionar o dólar.
Entre elas, a análise dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional, adiada duas vezes esta semana por falta de quórum, e a apreciação também pelo Legislativo da rejeição das contas públicas de 2014 feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que abre espaço para eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Não dá para saber até quando essa queda (do dólar) se sustenta", disse o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold. "Se piorar muito, a tendência é voltar tudo", disse, referindo-se à cotação no patamar de 4 reais.
O Banco Central brasileiro deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou 3,581 bilhões de dólares, ou cerca de 35 por cento do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de dólares.
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Li ontem que metade das empresas brasileiras estão inadimplentes. No mercado futuro está uma teta, se falam que vai subir o juro, o real se desvaloriza, se não se valoriza. Então dependendo da fala, compra ou vende, e só. A taxa de juros americana, é o fator mais importante para a economia mundial hoje, o segundo fator mais importante é a taxa de desemprego. Se sobe, não aumenta os juros, se baixa, pelo menos na conversa, os juros irão, iriam, ou algo assim, subir. Acho que a taxa de juros americana vai ficar zero para sempre. Chamam isso de estagnação secular. Ou um século com o freio de mão puxado. Já pensaram? Daqui a cem anos, o FED anunciando que vai subir no ano que vem a taxa de juros? No lado comunista, a China foi a maior fornecedora de bugigangas para os americanos, para o mundo, os Chineses dependem dos EUA, e os exportadores de commodities dependem da China. Para que os EUA continuem comprando produtos Chineses em grande quantidade é preciso valorizar o dólar, só que a valorização do dólar vai quebrar metade do mundo, e o Brasil é o primeiro da lista. Os mais pessimistas dizem que isso é preciso estourar a grande bolha financeira, que colocou os preços das commodities na estratosfera, se isso acontecer, os preços continuarão deprimidos. Há muito tempo os preços não tem relação com oferta e demanda, quem determina preços é a chamada liquidez financeira. Diria que é o controle absoluto sobre os preços pelos Estados, em que grupos de burocratas determinam quais grupos economicos ganham e quais perdem.
Sr. Rodrigo, sou um inocente em finanças, mas se não me engano, ouvi que o mercado futuro do dólar movimenta 10X o PIB mundial. Me corrija se estiver errado, mas diante dessa "vontade" do mercado só o valor (taxas) de administrar essas negociações já é um bom ganho, não acha? Ou seja, quem quiser mexer aí, por exemplo, mudar a moeda em negociações entre países de um bloco, vai sentir o peso da mão de quem manda.
Paulo, esse número não é real, mas o mercado de Forex gira de 4 a 6 trilhões de dolar ao dia. Sim, as corretoras ganham muito com essas negociações. Para ter uma idéia, o giro diaria da bolsa de ações dos EUA gira US$ 200 bi/dia, com milhares de corretoras. Já o mercado de Bons(titulos de divida) é 3 vezes maior e estava só nas mãos dos Bancos as transações até dois anos atrás. Será que é bom.....rsrsrs
Obrigado Berthold. Fui procurar ma "intêrnê" e achei: FOREX (um acrônimo da expressão em inglês foreign exchange, significando Mercado de Câmbio) é um mercado financeiro descentralizado destinado a transações de câmbio, sendo o maior mercado do mundo.[1]
Em termos de volume de dinheiro movimentado, movimenta o equivalente a quase 4 trilhões de dólares estadunidenses diariamente.[2] Segundo dados de 2007, movimentava cerca de 3,43 vezes mais do que a soma de todos os mercados de títulos no mundo, e 9,63 vezes o volume negociado no mercado de ações mundial. É UM DADO DEFASADO, MAS DÁ PARA TER IDEIA DO "MONTANTE" !!!
Sr. Rensi, o Brasil é o último peru com farofa do mundo, o único que paga juros de 15% ao ano, 27% segundo o Banco Central. Esses juros são pagos para atrair dólares ao Brasil numa tentativa de evitar a desvalorização do real. O real é considerado uma moeda exótica, até pouco tempo atrás a maioria das corretoras internacionais nem negociavam reais, até descobrirem como é fácil tirar dinheiro dos brasileiros, através das grandes "jogadas" do nosso governo, o "mais exitoso de toda história, segundo Lula". O banco central já perdeu 120 bilhões em negociações de contratos futuros, quem você acha que ganhou? Sim, os bancos. As corretoras e traders ganharam também? Sem sombra de dúvida, mas a maior parte desse dinheiro foi para os bancos, que coincidentemente apoiam o governo! No Brasil, há essa simbiose entre os grandes empresários e o governo, que junto com o funcionalismo público e a maioria dos politicos, estão arrasando como o País. Preste atenção nas bolsas mundiais amanhã, hoje de madrugada já saberemos. Se cairem, é grande a possibilidade de cair o ibovespa também, quando as quedas coincidem o real se desvaloriza, as commodities caem no mercado internacional e aumentam no Brasil em reais. Tem farra maior que essa? Essa zona que existe no Brasil? Mas o pior de tudo é que os politicos brasileiros organizam a zona e depois põem a culpa nos especuladores.