Cardozo diz que, se grampo ilegal for comprovado, haverá punições
No G1:
Em depoimento à CPI da Petrobras nesta quarta-feira (15), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que não irá tolerar abuso de poder e que, se ficar provado que a escuta encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef não tinha autorização judicial, haverá punição, inclusive com demissões.
O grampo na cela de Youssef foi encontrado em abril de 2014. A Polícia Federal abriu sindicância para apurar, mas o caso está sob sigilo. No último dia 2, a CPI ouviu, a portas fechadas, dois policiais federais que afirmaram que o grampo estava ativo e foi instalado sem autorização judicial, segundo relator do presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB).
“Se ficar provado [que a escuta não tinha autorização judicial], é um ato gravíssimo. Escutas ilegais jamais podem ser feitas e podem ter absoluta certeza que, pouco importando a razão, haverá punições, sim, para aqueles que praticaram”, afirmou.
“É fundamental que não se admita jamais no meio policial o abuso de poder. Não vivemos mais em uma ditadura. Se alguém acha que pode investigar colocando escutas, ou que pode prejudicar uma investigação colocando escuta, descumpre com sua missão de policial, desrespeita a lei. Polícia que não corta na sua carne é polícia que não se faz respeitar”, disse Cardozo aos deputados.
O depoimento dado pelos policiais federais à CPI desmente conclusão da primeira investigação interna da PF, que apontou que a escuta tinha sido colocada na época em que o traficante Fernandinho Beira-Mar estava preso no local. A PF nega ter feito a escuta ilegal.
Leia a reportagem na íntegra no site do G1
No Último Segundo/IG: “Ministro não pode controlar investigações”, diz Cardozo na CPI da Petrobras
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), rejeitou na abertura de sua fala na CPI da Petrobras que atue para controlar ou direcionar as investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato. A presença de Cardozo na comissão tem por objetivo a prestação de esclarecimentos a respeito de grampo encontrado na carceragem da Polícia Federal em Curitiba na cela do doleiro Alberto Youssef.
“O ministro não pode instrumentalizar investigações. Ele é um fiscal da sua legalidade. Um fiscal de abuso de poder, de abuso de autoridade, um fiscal do desvio de poder. Fora isso, pode ele ter a intenção que quiser. Se ele se imiscuir nesse campo de atuação, haverá de ser sancionado, inclusive criminalmente”, diz o ministro.
Ele admitiu que ministros poderiam eventualmente atuar para atrapalhar de algumas formas o andamento de algumas investigações. “Pode fazer com que pessoas ocupem certos cargos e que situações não sejam apuradas, como se diz engavetadas. Há várias formas ardilosas de poder, mas posso lhe afirmar que enquanto estive e estiver no ministério da Justiça, guardando estrita consonância com a orientação da senhora presidente da República, jamais o ministério da Justiça atuará na perspectiva de controlar ou direcionar investigações”, acrescenta Cardozo.
Leia a reportagem completa no site Último Segundo/IG
Na Agência Brasil : Em CPI, Cardozo diz que não pode interferir em investigações
Começou há pouco a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras que ouve hoje (15) o depoimento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O ministro foi convocado para prestar esclarecimentos sobre uma escuta clandestina encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef, na Polícia Federal (PF), em Curitiba.
Cardozo também deverá explicar a autação da PF, subordinada ao Ministério da Justiça, na Operação Lava Jato.
No dia 2, a comissão ouviu o depoimento de dois policiais federais a respeito do caso. O grampo foi encontrado em 2014 na cela do doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores do esquema investigado na Operação Lava Jato.
Em sessão reservada, os deputados ouviram o agente Dalmey Fernando Werlan, suspeito de ter instalado a escuta na cela de Youssef e em uma área usada como fumódromo pelos presos. O outro policial era chefe de Dalmey e nada tinha a ver com o grampo.
No início da reunião, o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), anunciou a condução coercitiva do presidente da Samsung no Brasil, J. W. Kim, para depor na comissão. Ontem (14), Kim e o presidente da Mitsui, Shinji Tsuchiya, não compareceram à sessão da CPI.
“Estou assinando a coerção coercitiva do presidente da Samsung para prestar depoimento no dia 5 de agosto. O senhor presidente da Mitsui se comprometeu a comparecer no dia 4 de agosto”, acrescentou Motta.
As duas empresas foram citadas em depoimento do doleiro Alberto Youssef. Elas são acusadas de pagamento de propina para favorecimento em seus negócios. Youssef disse ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o PMDB era destinatários de propina paga pelas empresas Samsung e Mitsui, em um contrato de aluguel de sondas celebrado com a Petrobras. O deputado e o partido negam as suspeitas.
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