O Globo: Ato do PT em defesa de Dilma vira palanque para volta de Lula
SÃO PAULO - O evento do diretório municipal do PT de São Paulo em defesa da democracia e do governo federal foi marcado por um coro de apoio à volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. Entre os dirigentes que defenderam nova candidatura de Lula estavam o presidente nacional do PT, Rui Falcão; o presidente do diretório estadual, Emídio de Souza; o secretário nacional de comunicação do PT, José Américo; e o presidente do diretório municipal do PC do B, Jamil Murad.
- Sabe o que o pessoal diz no interior? Quando viaja para outros estados? Olha, tudo isso que está acontecendo, a gente entende, que haja corrupção, nós já estamos acostumados. O problema é impedir a volta do Lula em 2018, é disso que se trata. A volta do Lula não é questão de messianismo, nem de salvação nacional, é a continuidade de um projeto que precisa avançar - afirmou Falcão durante o ato, que contou com a participação de pelo menos 700 pessoas em uma universidade de São Paulo.
O presidente do diretório estadual chamou o PSDB de golpista e exaltou as conquistas dos 12 anos de governo do PT.
- Se formos capazes de nos recuperar, e nós seremos, vamos assistir Dilma terminar o mandato e entregar a faixa presidencial para o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva em 2018 - disse Souza.
Falcão também afirmou que é preciso garantir o mandato de Dilma e tomar cuidado com o Congresso.
- Aqueles que efetivamente podem garantir o mandato popular da presidente Dilma é o povo brasileiro. Temos que chamar a mobilização não só da esquerda, mas também de todas as forças que têm interesse na defesa da democracia. Tão importante quanto a defesa da democracia é a defesa de um projeto. Temos que defender o governo da presidente Dilma e o mal. Para isso, não basta apenas assegurar maioria no Congresso porque podemos ser golpeados lá dentro.
O evento organizado pelo diretório municipal do PT de São Paulo foi um ato em resposta ao movimento da oposição que tenta articular um processo de impeachment ou de cassação da presidente Dilma Rousseff e faz parte de uma série de manifestações que a sigla deve promover em todo o país em defesa do governo federal. Em São Paulo, o próximo ato, que está sendo organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), já está marcado para o dia 20.
Rui Falcão, saiu de Brasília - onde esteve na reunião entre a presidente Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ministros - para participar do ato. Ele ainda afirmou que há uma mobilização da sociedade a favor da democracia e acrescentou que a crise política não pode se tornar institucional.
- Teve um ato na Câmara também hoje em defesa da democracia e da Petrobras, e nós vamos caminhando nessa direção, para mostrar a importância de não se agravar questões econômicas potencializando crise política. Com a crise econômica, as pessoas enfrentam algumas dificuldades, ela vem se manifestando aos poucos, o governo está contendo os efeitos dela há alguns anos. A crise política afeta a todos de uma vez só e gravemente. A ditadura militar se precipitou no país e foram 20 anos de sofrimento pra todo mundo. Nós temos que evitar que haja um agravamento da crise política e que isso se transforme em crise institucional.
Falcão também afirmou que é cedo para analisar os reflexos da crise atual nas eleições do ano que vem.
- Com toda a campanha que a mídia monopolizada e a oposição têm feito contra o PT, nós ainda somos o partido de preferência nacional. E temos muito tempo para recuperar a nossa popularidade e ter um desempenho bastante satisfatório nas eleições de 2016.
Apesar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estar se reunindo com frequência com movimentos que apoiam a saída de Dilma do governo, Falcão defendeu o PMDB.
- O PMDB não está participando de nenhuma atitude golpista. O PMDB, através do vice-presidente Michel Temer, tem ajudado na governabilidade, ele é um elemento de estabilização também, faz parte da aliança do governo com outros partidos - afirmou o presidente do PT.
O vice-presidente do PT, Jorge Coelho, entretanto, afirmou que o partido já considera uma vitória se conseguir manter as atuais prefeituras.
- Só de manter as prefeituras já seria uma vitória, principalmente as importantes, como São Paulo. Nós vamos ter que fazer uma campanha cirúrgica em São Paulo, um trabalho de quadra a quadra, uma coisa muito organizada. Só uma campanha de massa, com bom marketing, não vai resolver. Temos que ter bons candidatos a vereador, uma boa aliança e a capacidade de passar para a população o que queremos para o futuro.
Coelho também ressaltou a importância do PMDB para a chapa do PT em São Paulo nas eleições do ano que vem:
- Depois do candidato, o PMDB é o mais importante.
Leia a notícia na íntegra no site O Globo.
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