Na Folha: Crise pode tirar Temer da articulação política
Com dificuldades de conseguir cumprir promessas de cargos e emendas parlamentares para viabilizar votações no Congresso, o vicepresidente, Michel Temer (PMDBSP), pode deixar a articulação política do governo. Aliados afirmam que ele esperará até agosto para definir se segue no posto.
A eventual saída de Temer da função de negociador junto ao Legislativo poderia convulsionar a frágil relação do Palácio do Planalto com seu principal aliado, o PMDB, legenda que comanda a Câmara e o Senado.
Nesta quinta (2), enquanto Dilma Rousseff ainda voava de volta ao Brasil após missão oficial nos Estados Unidos, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ), expôs publicamente a tensão.
"Se continuar desse jeito, Michel deveria deixar a articulação política", disse ele, acusando parte do PT de "sabotar" o vice ao represar a liberação de emendas e indicações políticas para cargos.
A "senha" dada por Cunha fez ministros de Dilma correrem para evitar que o problema se transformasse em crise. Logo depois de retornar a Brasília, Dilma recebeu seu vice no Palácio da Alvorada e garantiu, ao lado do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que as demandas serão resolvidas. "O que nós queremos é resolver esse capítulo em julho. Vamos acelerar esse processo e botar pressão nos ministérios para que as demandas saiam", disse Mercadante à Folha.
Mais cedo, o ministro já havia soltado uma nota elogiando a atuação de Temer. Afirmou que sua presença na articulação política "representa não apenas um gesto de desprendimento e sacrifício pessoal, como vem trazendo grandes resultados". Foi seguido por Edinho Silva, ministro da Secretaria da Comunicação, para quem o vice desempenha "papel fundamental".
Leia a notícia na íntegra no site Folha S.Paulo.
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