Levy é internado com embolia pulmonar e cancela ida aos EUA (No Globo):

Publicado em 26/06/2015 18:16 e atualizado em 27/06/2015 03:51

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de 54 anos, deu entrada nesta sexta-feira no Hospital do Coração, em Brasília, sentindo fortes dores no tórax,informou o site do colunista Ancelmo Gois, no GLOBO. As dores foram provocadas por uma embolia pulmonar leve, de acordo fontes do hospital. A doença foi confirmada depois de realizada uma angiotomografia. Devido à embolia, o ministro não poderá embarcar neste sábado para Nova York, conforme previsto. Levy acompanharia a comitiva da presidente Dilma Rousseff em visita oficial aos Estados Unidos. O voo da comitiva de Dilma está marcado para 9h.

Levy ainda tentou convencer os médicos a autorizar a viagem, mas essa hipótese foi descartada. O ministro está sob os cuidados do pneumologista Arthur Vianna, que viajou do Rio a Brasília para atendê-lo. De acordo com o cardiologista Carlos Scherr, a embolia pulmonar é um coágulo que pode ser formado em qualquer parte do organismo e se aloja no pulmão. A princípio, é doença grave e com risco de vida. “É arriscado fazer viagem longa, parado muito tempo numa mesma posição, mesmo que seja na classe executiva, onde o passageiro tem mais espaço. Não aconselharia um paciente fazer a viagem”, disse Scherr.

 Com a longa viagem de avião, a embolia poderia passar de leve para grave. Por essa razão, companhias aéreas costumam recomendar aos viajantes que, em voos longos, mesmo sentados tentem fazer movimentos com as pernas e, se possível, caminhar um pouco.

A agenda do ministro nos Estados Unidos previa encontros com investidores e empresários em Nova York, na segunda-feira, além de uma audiência com o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger. No mesmo dia, ele viajaria a Washington para participar de jantar oferecido pelo presidente americano Barack Obama, na Casa Branca.

A visita oficial de Dilma significa uma reaproximação brasileira com o governo de Obama após o escândalo de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) nas conversas telefônicas de Dilma. No momento em que o Brasil espera impulsionar acordos bilaterais e provar que está no caminho de retomada do crescimento, Levy era parte fundamental da comitiva.

O encontro do ministro com empresários e investidores serviria para apresentar os novos rumos da política econômica e tentar atrair investimentos para o Brasil. Levy, que já morou em Washington e trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI) na década de 1990, é respeitado no círculo de economistas e empresários americanos. O governo contava com sua presença para divulgar a imagem da nova política econômica do Brasil no exterior.

 

 

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Fonte:
O Globo

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